Não é a primeira vez que lhe falo da extraordinária oportunidade que está a ter com os Certificados de Aforro. Numa crónica anterior chamei a sua atenção para o facto de os Certificados de Aforro terem atingido, no início de 2023, o valor máximo previsto por lei (3,5% de taxa base + prémios de permanência). É muito mais do que qualquer depósito a prazo disponível atualmente, com a possibilidade de poder movimentar o seu dinheiro sem limitação após 3 meses e 1 dia.
Juros altos dos Certificados de Aforro podem não durar
O alerta que lhe quero deixar é que já começo a ver sinais de que esta oportunidade pode acabar a qualquer momento. Alguns governantes e pessoas influentes no setor bancário falam cada vez mais na “necessidade” de fazer baixar os juros dos Certificados de Aforro para não fazerem tanta concorrência aos bancos.
No passado, sempre que o Estado considerou que já estava a pagar demais aos cidadãos, baixou sem aviso as taxas de juro dos seus produtos financeiros. Normalmente, é a uma sexta-feira, já depois de os Correios terem fechado para fim-de-semana. Terminam com uma série e começam outra com rendimentos inferiores e condições menos vantajosas. Não tenho nenhuma informação privilegiada neste sentido, mas é o senso comum e falo com base na experiência.
Portanto, se tiver dinheiro à ordem sem utilização, em depósitos a prazo ou em Certificados do Tesouro, resgate esse dinheiro e subscreva Certificados de Aforro assim que puder. Não terá muitas oportunidades assim. Aproveite!
Depois de subscrever o valor que entender (o mínimo é 100 euros) manterá estas condições durante 10 anos. E pode fazer novas subscrições sempre que quiser. Se vier uma nova série, já será com outras condições.
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Subscrições aumentaram em 10,7 mil milhões este ano
Entre abril do ano passado e março deste ano, a subscrição de Certificados de Aforro subiu 125%. O Ministério das Finanças está a ser surpreendido com esta corrida aos Certificados de Aforro. Em março até teve de duplicar o valor previsto no Orçamento para os Certificados de Aforro. Será que o fará novamente, se a corrida continuar?
Só em março, os portugueses subscreveram 3,5 mil milhões de euros. Desde o início do ano, as aplicações em Certificados de Aforro aumentaram 10,7 mil milhões de euros, uma média de 2,6 mil milhões por mês. Quase 8 mil milhões desse valor saíram diretamente dos depósitos nos bancos, que estão a render quase nada. Não admira que estejam preocupados e que estejam a pressionar o Governo para não fazer tanta concorrência.
Se tem Certificados anteriores à série E, mantenha-os. Compensam ainda mais.
Repito: subscreva Certificados de Aforro enquanto ainda tem estas condições vantajosas. Quem o avisa…
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Pedro Andersson nasceu em 1973 e apaixonou-se pelo jornalismo ainda adolescente, na Rádio Clube da Covilhã. Licenciou-se em Comunicação Social, na Universidade da Beira Interior, e começou a carreira profissional na TSF. Em 2000, foi convidado para ser um dos jornalistas fundadores da SIC Notícias. Atualmente, continua na SIC, como jornalista coordenador, e é responsável desde 2011 pela rubrica "Contas-Poupança", dedicada às finanças pessoais. Tenta levar a realidade do dia a dia para as reportagens que realiza.
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