Ter um histórico na sua garagem e que anda pouco na estrada, não significa que não possa ter incidentes. Assim, é da máxima importância ter um seguro para carros clássicos para proteger não só o seu veículo como a si próprio.
Em seguida, explicamos como funciona este tipo de seguro, quais as suas coberturas, requisitos que deve cumprir e ainda as vantagens e desvantagens desta opção.
O que é considerado um carro clássico?
Segundo a FIVA (Fédération Internationale de Véhicules Anciens), “é considerado como veículo histórico todo aquele que tem mais de 30 anos e se encontra preservado na sua originalidade”.
Falamos, assim, em carros que, para além do tempo, "marcaram uma geração e que se distinguem pela sua qualidade e carisma", sendo que enquanto um carro normal é usado diariamente, um clássico é usado pontualmente.
Em Portugal, para se considerar um carro clássico, este tem de:
- Ter mais de 25 anos;
- Estar devidamente preservado – a nível técnico e estético.
- Ter um certificado do modelo.
Por outro lado, um carro não é considerado "clássico" apenas porque tem muitos anos. Nesse caso, considera-se apenas antigo. Além disso, regra geral, o clássico é mais valioso hoje do que na data da sua comercialização.
De acordo com o ACP, os carros que cumprem as condições acima e que têm:
- Entre 20 e 29 anos, são pré-clássicos (são modelos prestes a ficarem descontinuados, havendo um reduzido número em circulação);
- Entre 30 e 49 anos - clássicos;
- Por fim, com mais de 50 anos - super clássicos.
7 exemplos de carros clássicos que vão valorizar
Tendo em conta tudo o que já foi dito, em seguida, indicamos alguns exemplos de carros clássicos que podem igualmente ser uma boa opção de investimento, tendo em conta a sua crescente valorização. Por exemplo:
- Porsche 911 (993) - Em 1963, no Salão Automóvel de Frankfurt, a Porsche apresentou ao mundo aquele que seria, até aos dias de hoje, o seu modelo de maior sucesso: o Porsche 911;
- BMW M3 E30;
- Ferrari F355 (Caixa manual);
- Volvo P1800;
- Mercedes SL;
- Land Rover Defender;
- Por fim, Audi RS2.
Estes são apenas alguns exemplos que nos permitem ter uma ideia do perfil que um carro clássico deve apresentar.
Onde posso certificar um clássico?
As seguradoras costumam ter uma listagem dos modelos de carros que são considerados clássicos. Ou seja, não basta apenas o carro ter uma "certa idade".
A certificação de um carro como clássico pode ser feita junto das seguintes entidades:
- Clube Português de Automóveis Antigos;
- Automóvel Clube de Portugal;
- ou ainda, no Museu do Caramulo.
O que devo ter em conta ao contratar um seguro para clássicos?
Se não quer correr riscos de danos ou furto do seu clássico, é da máxima importância contratar um seguro para carros clássicos. Este seguro visa proteger o seu “clássico” de eventuais incidentes que possa sofrer. Nesse sentido, as coberturas mais comuns para este tipo de seguro são:
- Furto;
- Roubo;
- Ou ainda a assistência em viagem.
Leia ainda: O que deve avaliar antes de escolher um seguro?
Requisitos para contratar este tipo de seguro
Se pretende contratar um seguro para carros clássicos, então deve reunir as seguintes condições:
- O carro tem de ter 25 ou mais anos;
- Ter inspeção do veículo realizada e aprovada;
- Ser proprietário de um veículo de uso diário, igualmente com um seguro válido.
Ou seja, se reúne estas três condições, pode deslocar-se a uma seguradora e ver quais são as opções que tem à sua disposição para fazer um seguro para o seu “carro de estimação”.
Quais os tipos de seguro para carros clássicos?
Existem vários tipos de seguro para carros clássicos, cada um com diferentes coberturas, como por exemplo:
- Seguro de responsabilidade civil;
- Assistência em viagem.
Coberturas
Um seguro de responsabilidade civil para carros clássicos inclui as seguintes coberturas:
- Assistência em viagem em caso de avaria ou acidente;
- Proteção dos ocupantes e condutor para automóveis;
- Proteção dos ocupantes e condutor;
- Proteção contra furto ou roubo;
- Proteção contra incêndio, raio ou explosão;
- Por fim, proteção contra fenómenos da natureza e atos de vandalismo para automóveis.
Ainda assim, pode haver variações consoante a modalidade que escolher.
E exclusões?
Também nesta matéria existem exceções. Ou seja, existem riscos que não são cobertos. Por exemplo:
- Estragos em materiais transportados no carro;
- Danos resultantes de libertação de calor ou explosão;
- Estragos provocados em atividades desportivas;
- Entre outros.
Leia ainda: Como escolher o seu seguro automóvel?
Existem limites de utilização do carro clássico?
As condições de um seguro para carros clássicos variam consoante a seguradora. Assim, enquanto:
- uma pode limitar a utilização a um determinado número de quilómetros (5000 kms, por exemplo);
- outra pode não ditar qualquer limite.
Importa referir que, a utilização do carro clássico não pode ser diária mas sim pontual.
Em que países é válido o seguro para clássicos?
Com um seguro para clássicos, em caso de viagem, tem proteção assegurada de acordo com as coberturas contratadas nos seguintes países:
- União Europeia,
- Países membros do Espaço Económico Europeu (Islândia, Liechtenstein e Noruega);
- Suíça,
- Croácia,
- Ilhas Faroé,
- Ilhas da Mancha
- Gibraltar,
- Ilha de Man,
- São Marino,
- Estado do Vaticano,
- Andorra
- Por fim, países aderentes ao Acordo da “carta verde”.
Seguro temporário para exposições e eventos de carros clássicos
Tal como acontece para o seguro automóvel, é possível fazer temporariamente um seguro para carros clássicos. Por conseguinte, o seguro temporário pode ser feito no prazo mínimo de um mês.
Com este tipo de seguro, fica coberto para alguma eventualidade que possa acontecer durante esse período, como por exemplo, num evento ou exposição do seu clássico.
Quais as vantagens?
É sempre aconselhável ter um seguro, sendo que os carros clássicos não fogem à regra! Assim, as vantagens são:
- proteção em caso de incidente;
- isenção no IUC (Imposto Único de Circulação);
- por fim, preço reduzido quando comparado com um seguro automóvel.
Quais os custos?
Conforme já referido no ponto anterior, é mais barato que um seguro automóvel. Ainda assim, o custo deste tipo de seguros depende:
- da idade do carro;
- e da seguradora.
Assim, no seguro para clássicos é assumido que o carro não anda tanto na estrada, por isso o valor a pagar pelo seguro é menor.
Por outro lado, quanto mais antigo o seu clássico, mais barato é o preço do seguro.
Porém, existem outros fatores que podem influenciar o preço a pagar pelo seguro. São eles:
- os antecedentes do condutor (existência ou não de sinistros);
- e a contratação de seguros na mesma companhia.
A título de exemplo, um seguro para carros antigos pode custar:
- mais de 60 euros - para um carro com mais de 20 anos;
- cerca de 40 euros - para carros antigos com mais de 25 anos.
Onde posso fazer um seguro para clássicos?
Pode fazer o seguro numa seguradora ou corretora de seguros. Para isso, pesquise as diferentes soluções no mercado e faça várias simulações até encontrar a opção que melhor se adequa a si.
Leia ainda: Sabe verificar o seguro pela matrícula do seu automóvel?
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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