Já negociou o spread e os produtos associados, mas a prestação continua a ser um fardo no orçamento familiar? A solução pode passar pela taxa mista.
Apesar de as taxas Euribor estarem a dar sinais de alívio, não se espera que a descida seja muito significativa nos próximos meses. Ou seja, as prestações também não vão registar um grande recuo. Este pode ser o momento ideal para optar por uma taxa mista, com juros fixos nos primeiros anos. Há bancos com taxas fixas abaixo dos 3%, o que torna esta solução atrativa para muitas famílias. Relembramos que, apesar da ligeira contração, as taxas Euribor mantém-se perto dos 4% (a que se soma sempre o valor de spread, por muito baixo que seja).
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Poupança imediata é considerável: Pode chegar a centenas de euros por mês
Se compararmos a prestação de um contrato de crédito indexado a uma taxa Euribor com a prestação de um contrato associado a uma taxa mista, a poupança imediata é considerável. Vamos aos cálculos:
Num financiamento de 201.887 euros, a 30 anos, com um spread de 1,15% e Euribor a 12 meses, a TAN (taxa anual nominal, que representa a totalidade dos juros) é de 5,31%. O que resulta numa prestação de 1.122,35 euros.
Numa situação de taxa mista, com taxa fixa de 2,9% nos primeiros 24 meses, o mesmo valor de financiamento e o mesmo prazo, a prestação desce para 840,32 euros. São 282,03 euros de poupança mensal imediata. Depois dos 2 anos de taxa fixa, o spread a aplicar é de 0,7%.
Mesmo com spreads já negociados, a taxa mista pode ser a solução para poupar ainda mais no crédito habitação.
No caso de um empréstimo de 237.701 euros, a 35 anos, com spread já negociado de 1% e indexado à Euribor a 6 meses, a TAN a pagar era de 5,115%, a partir de dezembro, data da revisão da prestação. O valor mensal seria superior a 1.217 euros.
Mas com uma solução de taxa mista, com taxa fixa a um ano de 2%, mantendo o mesmo valor e o mesmo prazo, a prestação desce para 787 euros. Uma poupança bastante considerável de 430 euros por mês. Após os 12 meses de taxa fixa, o spread a aplicar será de 0,85%.
Taxa mista é a solução com maior impacto neste momento
Após as "guerras de spreads" e o surgimento de vários mecanismos para conter o efeito da subida das taxas de juro, a taxa mista é das alternativas que mais impacto pode ter nas prestações. Apenas se e quando o BCE decidir descer a taxa de juro de referência é que as taxas no crédito habitação vão cair de forma mais expressiva. Até lá, as famílias terão de suportar o encargo do crédito habitação com ajustes mínimos.
Se pretende poupar mais no seu crédito habitação, esteja um passo à frente: não espere pela descida das taxas de referência. Encontre, com o nosso apoio, as melhores alternativas do mercado. Sem qualquer custo associado.
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