Investimentos

Vale a pena fazer reforços num PPR?

Pensa fazer reforços num PPR, mas não sabe se esta é a estratégia mais vantajosa? Saiba o que deve ter em consideração.

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Vale a pena fazer reforços num PPR?

Pensa fazer reforços num PPR, mas não sabe se esta é a estratégia mais vantajosa? Saiba o que deve ter em consideração.

Se tem um ou mais PPR, é natural que já se tenha questionado se vale a pena fazer reforços regulares ou pontuais neste tipo de produto. A resposta dependerá sempre do PPR que subscreveu, a finalidade, mas também do valor do reforço que pretende fazer.

casos em que compensa fazer reforços num PPR, principalmente se estiver interessado em obter os benefícios fiscais à entrada deste produto. Contudo, em certas situações, pode ser mais vantajoso diversificar o seu investimento. De seguida, saiba o que deve considerar antes de fazer reforços num PPR.

Leia ainda: Guia sobre PPR: Chega de dúvidas sobre Planos Poupança Reforma

O que são reforços num Plano Poupança Reforma

Fazer um reforço num Plano Poupança Reforma não é mais do que adicionar um valor extra ao que já tem aplicado neste produto financeiro. Os reforços num PPR podem ser pontuais, ou ter alguma regularidade, como mensal ou trimestral.

No fundo, um reforço serve para aumentar a quantia aplicada num PPR, podendo assim também aumentar o retorno do seu produto.

Como fazer reforços num PPR?

O processo para fazer reforços num PPR não é igual em todas as entidades gestoras ou companhias de seguros. Afinal, cada entidade define os seus próprios procedimentos para subscrições e reforços de cada produto financeiro.

No entanto, existem formas mais comuns de fazer reforços em Planos de Poupança Reforma. Por exemplo, em muitas entidades basta preencher um formulário/documento de reforço que costuma estar disponível no site da entidade. Depois, dependendo do método de pagamento que pretende, deve verificar os dados para o pagamento e guardar o comprovativo do valor do seu reforço. Por fim, existe um endereço de email para o qual deve enviar o formulário e comprovativo de pagamento. Normalmente, é pedido que os clientes indiquem o seu nome e NIF no email para ser mais fácil a identificação do cliente e do PPR.

No caso de querer fazer reforços regulares através de débito direto, é importante que, ao preencher o documento de reforço, assinale o campo do débito direto e indique o montante com que pretende reforçar o PPR e com que periodicidade. Não se esqueça de esclarecer junto da entidade qual é a data em que o débito direto é feito.

Se tiver contratado o seu PPR na instituição financeira onde tem uma conta à ordem, este processo pode ser mais simples. Isto porque, em alguns casos, basta aceder à sua área de cliente e nos seus investimentos vai encontrar esta opção. Por norma, nestes casos, não tem de enviar qualquer comprovativo, uma vez que se trata de uma transferência financeira "interna".

Nota: Em qualquer um dos casos, deve informar-se junto da entidade sobre as condições e procedimentos para fazer reforços num PPR.

Fazer uma transferência de PPR para reforçar outro PPR

Se quiser reforçar um PPR com o dinheiro que tem aplicado em outro PPR, vai ter de fazer uma transferência de PPR. Na maioria dos casos, precisa de enviar a carta de transferência endereçada à atual gestora, preenchida e assinada, e anexar o documento de reforço do PPR.

No caso de ter um PPR com capital garantido, esta transferência envolve, por norma, o pagamento de comissões de transferência. Contudo, esta comissão não pode ultrapassar o custo máximo de 0,5% do valor transferido. Se o seu PPR não tiver garantia de capital, não podem ser aplicadas comissões de transferência de acordo com o regime jurídico dos Planos de Poupança Reforma, aprovado em 2009.

Nota: Aconselhamos que consulte os termos e condições do seu PPR e faça contas para ver se esta é a melhor solução para reforçar o Plano Poupança Reforma que possui. Além disso, deve consultar a cláusula sobre a imposição de permanência ou sobre o período de carência para transferência do seu PPR.

Leia ainda: Posso transferir o meu PPR?

Que implicações existem cada vez que faz um reforço?

Em termos de implicações, saiba que, cada vez que faz um reforço, o mais provável é estar sujeito ao pagamento de comissões. Ou seja, quando cria um PPR é cobrada uma comissão de subscrição, que está estipulada em percentagem na ficha do PPR ou na apólice. Mas, na maioria dos casos, esta comissão mantém-se sempre que realizar reforços, quer sejam pontuais, mensais ou até anuais.

Contudo, o valor da comissão varia de produto para produto. Por isso, é fundamental que se informe sobre a comissão aplicada cada vez que faz um reforço. Afinal, dependendo do valor desta comissão, o reforço pode ou não ser vantajoso em termos de investimento.

Leia ainda: Quanto pago para ter um PPR?

Fazer reforços para obter o valor máximo dos benefícios fiscais à entrada

Se está a pensar reforçar o seu PPR para garantir o valor máximo dos benefícios fiscais à entrada, deve saber que é possível deduzir à coleta (na declaração de IRS) 20% dos valores aplicados por ano. No entanto, existem limites máximos anuais, que são:

  • Até 35 anos: Tem de fazer um investimento de 2.000 euros para ter uma dedução à coleta de 400 euros.
  • Dos 35 anos aos 50 anos: Precisa de investir por ano 1.750 euros para ter uma dedução de 350 euros.
  • Após os 50 anos até à idade da reforma: O investimento anual de 1.500 permite-lhe uma dedução à coleta de 300 euros.

Mas atenção. Se pedir o reembolso do seu PPR fora das condições legais previstas, tem de devolver os benefícios fiscais de que usufruiu, acrescidos de uma penalização de 10% por cada ano que tiver passado. Legalmente, só não perde o direito ao benefício em caso de morte ou se já tiverem passado cinco anos desde a respetiva entrega.

Excecionalmente, até dia 31 de dezembro de 2024, estão em vigor regras temporárias que permitem que as famílias utilizem os capitais aplicados em Planos Poupança Reforma para pagar prestações de crédito habitação, amortizar o capital em dívida do empréstimo da casa ou pagar outras despesas, sem qualquer tipo de penalização.

Leia ainda: PPR: Famílias podem resgatar mais de 12 mil euros para pagar crédito da casa

Outras vantagens de fazer reforços num PPR

Fazer reforços num PPR tem outras vantagens além de poder usufruir de benefícios fiscais. Afinal, estamos a falar de criar uma poupança a longo prazo que lhe permite rentabilizar o seu dinheiro. Consoante o tipo de PPR (Fundo PPR ou Seguro PPR) e o nível de risco do produto, pode conseguir um complemento financeiro bastante atrativo para a sua reforma.

No entanto, tenha em conta que, quanto maior for a rendibilidade potencial de um PPR, maior será o risco associado a este produto. E o que é que isto significa? Que pode correr o risco de perder o seu dinheiro. Na maioria dos casos, estamos a falar de Fundos PPR sem capital garantido e com um risco superior a 4.

Leia ainda: PPR: Vantagens e desvantagens destes instrumentos de poupança

Quando é que não compensa reforçar um PPR?

Há situações em que pode não compensar o reforço de um determinado PPR. Imagine que tem um Seguro PPR, com uma rendibilidade muito baixa e este ano já atingiu o teto máximo dos benefícios fiscais para a sua idade.

Neste caso, se tiver um valor extra que pretende investir, e se quiser aumentar as possibilidades de maximizar o seu dinheiro, talvez deva estudar outras soluções de investimento mais rentáveis. Embora o risco possa ser mais elevado, pode diversificar a sua carteira de investimentos e encontrar um produto adequado para si que seja mais rentável a longo prazo.

Já se tiver uma pequena quantia para acrescentar ao seu PPR, fazer um reforço pode não ser muito vantajoso se as comissões aplicadas forem elevadas.

Dito isto, antes de reforçar um PPR, deve traçar uma estratégia de investimento de acordo com os seus objetivos. Esta é uma forma de saber até que valores compensa reforçar um PPR anualmente e quando é que vale a pena investir em outros produtos financeiros.

Lembre-se que a chave do sucesso no mundo de investimentos é ter uma carteira composta por produtos diversificados, com riscos e rendibilidades distintas.

Leia ainda: Como posso fazer crescer o meu dinheiro para a reforma?

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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