No ano de 2023, foram matriculados cerca de 81.362 veículos elétricos (BEV+PHEV) em Portugal, e os motivos são bastante claros. Com os preços altos dos combustíveis e uma consciencialização ambiental cada vez maior, a transição para a mobilidade elétrica é uma opção cada vez mais considerada.
Porém, ainda existem muitas dúvidas relacionadas com o carregamento do veículo elétrico. Se instalar um ponto de carregamento numa moradia é algo relativamente simples, em condomínios esta questão torna-se um pouco mais complexa e exige mais reflexão.
Neste artigo, a ChargeGuru partilha algumas dicas para a escolha de um carregador elétrico:
Determine a potência de carregamento necessária para carregar o seu carro elétrico
Para saber qual o carregador que deve comprar, aconselhamos que confirme a potência de carregamento adequada às suas necessidades. Na verdade, nem todos os pontos de carregamento têm a mesma potência. No entanto, esta escolha vai influenciar o tempo de carregamento do seu veículo.
As potências dos pontos de carregamento elétrico variam entre 2,2 kW e 22 kW, e quanto maior for a potência, mais rápido será o carregamento. Para o carregamento doméstico, geralmente, é aconselhado um carregador de 7kW, compatível com uma instalação elétrica monofásica e permitindo, por exemplo, carregar um carro elétrico com uma bateria de 50 kWh em aproximadamente 7 horas.
Tendo em conta o seu veículo
O primeiro passo na escolha de um carregador elétrico é determinar a potência suportada pelo seu veículo elétrico. Por exemplo, a potência máxima de carregamento do Renault Zoe é de 50 kW (em carregadores públicos), em comparação com 150 kW para um modelo como o Audi Q8 e-tron (em CC).
Portanto, deve identificar e confirmar quais são as suas necessidades atuais e futuras. Caso seja proprietário de um veículo híbrido, por exemplo, um ponto de carregamento de 3,7 kW será suficiente. Por outro lado, se está a considerar adquirir um veículo 100% elétrico, provavelmente vai precisar de uma potência maior.
Tendo em conta os seus hábitos
Escolher a potência de um carregador de veículos elétricos deve basear-se na autonomia que necessita para cumprir as suas necessidades diárias.
Quando a potência do carregador de veículos elétricos aumenta, a velocidade de carregamento também aumenta, proporcionando benefícios mais rápidos e eficientes.
Caso percorra poucos quilómetros por ano e/ou se o seu veículo estiver frequentemente parado, uma potência limitada (2,2 ou 3,7 kW) será mais do que suficiente. Por outro lado, se percorrer uma distância anual maior e/ou se necessitar de carregar rapidamente o seu veículo, é preferível optar por uma potência superior (7,4 ou 11 kW).
Leia ainda: Como escolher uma solução de carregamento elétrico para o condomínio?
Esteja atento às funcionalidades
Além da conectividade, a escolha de um carregador elétrico passa também pela análise das funcionalidades disponíveis. É importante saber que existem carregadores inteligentes que podem ajudá-lo a:
- Interromper o carregamento em caso de consumo excessivo de energia
- Programar o carregamento para horários em que o custo da eletricidade é menor
- Configurar acessos por cartão RFID ou através de uma App móvel
- Controlo remoto
Garanta a segurança e eficácia da instalação
A segurança é um dos critérios de seleção mais importantes na compra do seu carregador. Uma instalação mal realizada pode ser a origem de uma sobrecarga elétrica, incêndio, curto-circuito, que causam danos à bateria do veículo elétrico.
Assim, tão ou mais importante do que escolher o carregador com as características certas, é a instalação do ponto de carregamento.
Esta deve ser realizada por um eletricista qualificado em Soluções de Carregamento para Veículos Elétricos). Saiba porque deve recorrer a um instalador especialista em carregamento elétrico para instalar o seu carregador.
Leia ainda: Compensa investir num carro elétrico?
E claro, informe-se sobre os custos
O preço de um carregador varia em função de alguns fatores:
- A potência; quanto mais potente for o carregador, maior será o preço
- As funcionalidades existentes
- A instalação: Os custos variam de acordo com a complexidade do projeto (por exemplo, dependendo do comprimento dos cabos necessários). Para uma solução completa (carregador e instalação) para um particular, os preços podem ir desde os 950 até aos 1300 euros (com IVA).
Relativamente ao carregamento do carro em casa, o preço do kWh varia em função do seu fornecedor de energia, do contrato, do tipo de energia (eletricidade verde ou não), ou de serviços adicionais (fatura eletrónica, débito direto…) e do tipo de plano contratado.
Para saber quanto custa carregar o seu carro em casa, deve multiplicar o custo de kWh que tem contratado pelo consumo da wallbox /carregador de veículo elétrico.
Considerando os valores de 0,20€/kWh em tarifa simples e 0,13€/kWh em tarifa bi-horária, segundo os Gurus do carregamento elétrico, carregar 100 km de autonomia em casa num veículo elétrico como o Opel Corsa-e, por exemplo (bateria de 50 kWh) custa:
- 3,4 euros se tiver uma tarifa simples
- 2,21 euros se tiver uma tarifa bi-horária
Ainda tem dúvidas? A ChargeGuru criou um guia completo com uma checklist e informação útil que o poderá ajudar na escolha do carregador para o seu carro elétrico.
Conclusão:
Não há dúvidas de que os veículos 100% elétricos são o futuro. Contudo, com a compra de um veículo elétrico, surgem muitas dúvidas relacionadas com o carregamento, sobre o modelo do carregador a escolher e a realização da instalação.
Para fazer a escolha certa, há várias questões a ter em consideração:
- A potência adequada para carregar o seu carro, tendo em conta o modelo da sua viatura e as suas necessidades de deslocação
- As funcionalidades do carregador
- A segurança e eficácia da instalação
- Custos associados
Leia ainda: Carro a Autogás vs. carro elétrico: Qual a melhor opção?
A ChargeGuru é um especialista europeu em carregamento de veículos elétricos. A sua missão é projetar soluções de carregamento de VE fáceis e preparadas para o futuro para acelerar a transição para energia sustentável.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
Deixe o seu comentário