O crédito pessoal é uma das modalidades abrangidas pelo crédito ao consumo e destina-se a financiar a aquisição de bens e serviços, embora possa ser contratado sem uma finalidade específica. O montante contratado deve situar-se entre os 200 euros e os 75 mil euros e o pagamento do empréstimo deve ser feito no prazo máximo de sete anos.
Durante a vigência do contrato, pode sentir que este crédito está a ter um peso considerável nas suas finanças. Se assim for, procure soluções para baixar a prestação e ganhar uma folga orçamental. Saiba o que pode fazer.
Reembolsar o crédito pessoal antecipadamente
Se tiver capacidade financeira para isso, reembolsar o empréstimo antecipadamente é uma das formas de baixar (ou mesmo eliminar) a prestação, mas não só. Ao fazê-lo, está também a reduzir o custo total do empréstimo, já que deixa de pagar uma parte dos juros que seriam devidos até ao final do contrato.
No reembolso parcial o montante em dívida diminui e, consequentemente, o valor a pagar todos os meses torna-se mais baixo.
Já o reembolso antecipado total resolve o problema das prestações, uma vez que deixa de haver dívida à instituição financeira que lhe emprestou o dinheiro.
Em qualquer um dos casos, deve avisar a instituição num prazo mínimo de 30 dias. Além disso, se o crédito tiver uma taxa de juro fixa, pode ter de pagar uma comissão por reembolso antecipado, dentro dos seguintes limites:
- Se faltar mais de um ano para o fim do contrato: até 0,5% do valor reembolsado;
- Se faltar até um ano para o fim do contrato: até 0,25% do valor reembolsado.
Nos contratos com taxa variável não tem de pagar qualquer comissão por amortizar o crédito antecipadamente.
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Renegociar o crédito
Tal como acontece com o crédito habitação, também o crédito pessoal pode ser renegociado. É possível pedir a alteração das condições do empréstimo a qualquer momento, mas é preciso chegar a acordo com a instituição de crédito para que tal se torne efetivo.
Pode, por exemplo, alterar o regime da taxa de juro ou alargar o prazo para pagar o crédito. Ainda assim, lembre-se de que este tipo de financiamento tem o prazo máximo de sete anos. Ou seja, é mais provável conseguir esta alteração se o período inicialmente contratado for inferior a sete anos e pedir o alargamento até este limite.
Tenha ainda em conta que, se optar por estender o prazo do contrato, vai pagar juros durante mais tempo e encarecer o custo total do crédito.
Por fim, saiba que as instituições não podem cobrar nenhuma comissão pela renegociação do contrato.
Tem mais do que um crédito? Pode poupar ao consolidar
Quais os critérios para aceder ao crédito consolidado?
Se tem mais do que um crédito ao consumo (seja pessoal, automóvel ou cartões de crédito) e não tem prestações em atraso, a consolidação é uma das opções que tem à disposição para reduzir o gasto com o pagamento dos empréstimos.
Na prática, o crédito consolidado permite juntar todos os créditos num só e com uma prestação mais baixa do que a soma de todas as outras. Mas como? No fundo, este novo crédito vai servir para pagar as dívidas dos contratos que tinha a correr.
Com este tipo de financiamento pode conseguir taxas de juro mais baixas do que a média das taxas que pagava pelos outros créditos. Isso, aliado a um prazo de pagamento que começa a contar do zero, pode permitir poupar até 60% por mês.
Ainda assim, e à semelhança do que acontece com a renegociação, deve ter em consideração que, ao alargar o prazo, pode aumentar o total de juros a pagar. Por isso, antes de tomar uma decisão, deve fazer várias simulações e comparar todas as opções.
Uma boa forma de aproveitar ainda melhor as vantagens deste tipo de financiamento é usar a nova folga orçamental para amortizar antecipadamente este crédito. Com isto, vai baixar ainda mais a prestação e diminuir o total de juros a pagar durante o contrato.
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