A taxa de juro implícita nos contratos de crédito habitação foi de 4,513% em junho. Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que este foi o quinto mês consecutivo em que os juros do crédito habitação baixaram, depois de terem atingido o máximo de 4,657% em janeiro deste ano.
E quando a análise se foca apenas nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pelo oitavo mês seguido, passando de 3,845% em maio para 3,729% em junho. Ainda assim, todos os valores são superiores aos que se verificavam há um ano.
Prestação média é 43 euros mais alta do que há um ano
A prestação média no crédito habitação fixou-se em 404 euros em junho, não registando qualquer alteração em relação a maio. Destes, 245 euros (61%) correspondem a pagamento de juros e 159 euros (39%) a capital amortizado.
Quando olhamos para junho de 2023, vemos que a prestação média subiu 43 euros desde então: na altura, era de 361 euros. Além disso, a componente de juros também ganhou peso: há um ano, representava 53% da prestação.
Já nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio devido em cada mês foi de 597 euros. Isto representa uma redução não só em relação a maio (603 euros), mas também a junho de 2023 (609 euros).
Capital médio em dívida sobe 355 euros num mês
O capital médio em dívida para a totalidade dos contratos de crédito habitação subiu de 65.924 euros em maio para 66.279 euros em junho.
Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante em dívida também aumentou, fixando-se em 125.942 euros, mais 1.426 euros do que em maio.
Juros do crédito para aquisição acompanham o comportamento geral
O financiamento para Aquisição de Habitação é o mais relevante no conjunto do crédito à habitação e, até por isso, a evolução da taxas de juro implícitas acompanha a tendência geral. Baixou de maio para junho deste ano (de 4,518% para 4,474%), mas é superior à do ano passado (3,631%).
A prestação média foi de 444 euros no total de créditos para aquisição e de 630 euros nos contratos celebrados nos últimos três meses.
Em relação ao capital médio em dívida, foi de 73.656 na generalidade dos contratos e de 133.530 nos créditos mais recentes.
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