O montante das novas operações de empréstimos baixou pelo terceiro mês consecutivo, em junho de 2024. Se em maio totalizaram totalizaram 2.552 milhões de euros, em junho caíram 235 milhões para 2.317 milhões de euros. As novas operações incluem contratos novos e renegociados para as finalidades de habitação, consumo e outros fins.
De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, os novos contratos de empréstimos representaram 1.934 mil milhões de euros (menos 178 milhões) e as renegociações 383 milhões de euros.
Neste último caso, a queda de 57 milhões de euros face a maio deve-se quase na totalidade às renegociações no crédito habitação, que baixaram 50 milhões de euros, talvez à boleia da descida das taxas de juro e de uma eventual menor urgência em rever os contratos.
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Juros baixaram em todas as finalidades
Os juros das novas operações de crédito baixaram em todas as finalidades. No crédito habitação, a taxa nas novas operações diminuiu pelo novo mês consecutivo, para 3,68%. Aqui, os novos contratos registaram juros mais baixos do que os empréstimos renegociados, com taxas de 3,59% e 4,03%, respetivamente.
O juro médio das novas operações de crédito habitação em Portugal foi o sétimo mais baixa da Zona Euro e inferior à media deste conjunto de países (3,73%).
No crédito ao consumo, o juro médio das novas operações baixou pela segunda vez este ano, passando de 9,55% para 9,52%. No financiamento para outros fins, caiu de 5,03% para 4,94%.
Taxa mista volta a ser a preferida no crédito habitação
Ainda compensa contratar uma taxa mista?
É uma tendência que começou em setembro de 2023. A taxa mista voltou a ser a mais escolhida nos novos empréstimos para habitação própria permanente. Em junho, foi escolhida em 78% dos contratos e aumentou a relevância no total de contratos em vigor de 24% para 26%. Para se ter uma ideia do crescimento, em dezembro de 2022 representada apenas 6,4% do stock de empréstimos.
Ainda assim, a taxa variável é a que continua a dominar quando olhamos para a totalidade dos contratos (69,4%). No entanto, de maio para junho, caiu de 20% para 17% nas novas operações. Por fim, a taxa fixa continua a ser a menos relevante, registando 5% tanto nos novos empréstimos como no total de contratos.
As amortizações antecipadas caíram de maio para junho e forem feitas em apenas 0,82% dos contratos. Destas, 90% foram reembolsos totais, ou seja, extinguiram a dívida ao banco.
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Remuneração dos depósitos a prazo cai pelo sexto mês seguido
Não foram apenas os juros dos novas operações de empréstimos que caíram em junho. A rentabilidade média dos novos depósitos a prazo também diminuiu e fechou o mês com 2,72% (tinha sido 2,66%, em maio).
Os depósitos até um ano são os que pagam mais (2,68%) e representaram 96% do montante aplicado pelos consumidores, que ascendeu a 10.061 milhões de euros (menos 545 milhões do que em maio). Os depósitos entre um e dois anos foram os únicos em que a remuneração subiu, passando de 2,16% para 2,22%.
O número de novas operações manteve-se em linha com os dois meses anteriores, o que se explica pela "reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em junho sem renovação automática", diz o Banco de Portugal.
A queda da remuneração dos depósitos a prazo aconteceu também na Zona Euro, que, ainda assim, registou uma média (3,03%) superior à de Portugal.
Empréstimos às empresas aumentaram 532 milhões de euros
O montante das novas operações de crédito às empresas foi de 2.364 milhões de euros, em junho. O aumento de 532 milhões de euros deve-se aos novos contratos, cujo montante aumentou 549 milhões de euros, para 2063 milhões de euros. Do lado das renegociações, houve uma queda de 17 milhões de euros. O juro das novas operações baixou de 5,63% para 5,46%.
Do lado dos depósitos, a remuneração baixou ligeiramente para 3,27% e o montante caiu 96 milhões de euros, para 7.479 milhões de euros.
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