Taxas de Juro

Crédito ao consumo: Taxas máximas no 4º trimestre

Os juros no crédito ao consumo continuam a subir no quarto trimestre de 2024. Aumentos mais expressivos registam-se no crédito automóvel.

Taxas de Juro

Crédito ao consumo: Taxas máximas no 4º trimestre

Os juros no crédito ao consumo continuam a subir no quarto trimestre de 2024. Aumentos mais expressivos registam-se no crédito automóvel.

No quarto trimestre, as taxas de juro máximas no crédito ao consumo voltam a subir na maioria dos tipos de contrato. No entanto, o aumento não é tão expressivo como no trimestre anterior, exceto no crédito automóvel, na modalidade de "Locação Financeira ou ALD: usados". Neste caso, a taxa de juro máxima fixa-se agora nos 7,8%. Ou seja, um aumento de 0,6 pontos percentuais face aos três meses anteriores.

Quanto ao crédito pessoal, se optar por uma finalidade de educação, saúde, energias renováveis ou locação financeira de equipamentos, pode receber uma proposta com uma taxa de juro máxima de 9,3%. Já se o crédito pessoal não tiver uma finalidade específica, a taxa máxima não sofre alterações, permanecendo em 15,8%.

Para quem recorrer a cartões de crédito, a TAEG máxima fixada pelo Banco de Portugal para o quarto trimestre desce para 19,1%.

Embora as taxas de juro no crédito ao consumo estejam a subir desde 2023, atingindo máximos de vários anos, os novos valores estabelecidos pelo Banco de Portugal podem ser indicadores de que está para chegar um período de estabilização, com a possibilidade de uma descida nos próximos trimestres.

Fique a conhecer quais as taxas máximas que podem ser aplicadas nos contratos de crédito ao consumo entre outubro e dezembro de 2024.

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Crédito pessoal: Juros mantêm-se elevados, mas estabilizam

Tal como referido, as taxas de juro máximas no crédito pessoal para o quarto trimestre não sofreram grandes alterações. No entanto, nos contratos com finalidade de educação, saúde ou energia renovável, a TAEG máxima atinge o valor mais alto desde 2010, fixando-se nos 9,3%, o que compara com 9,2% no período entre julho e setembro.

Os juros máximos são mais elevados nos contratos sem uma finalidade específica. Se uma instituição financeira quiser aplicar a TAEG máxima, pode ter um empréstimo com uma taxa de juro de 15,8%. Este valor, que é o mais elevado desde 2014, não sofreu alterações entre o terceiro e quarto trimestre de 2024.

Crédito pessoal

TAEG máxima para o 3º trimestre de 2024

TAEG máxima para o 4º trimestre de 2024

Finalidade Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos

9,2%

9,3%

Outros Créditos Pessoais (sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades)

15,8%

15,8%

Leia ainda: Pedido de crédito pessoal: Conheça as características e os custos

Crédito automóvel: TAEG máxima sobe em todas as modalidades

O crédito automóvel é composto por diferentes tipos de financiamento, e em todos eles pode haver juros mais altos nos últimos três meses deste ano.

A partir de outubro e até dezembro de 2024, a taxa máxima praticada na locação financeira ou ALD de veículos novos pode ir até 6,8% (uma subida de 0,1 pontos percentuais). No caso dos carros usados, a taxa máxima passa de 7,2% para 7,8%. Há quase uma década que as taxas de juro não estavam tão elevadas.

Quanto aos contratos com reserva de propriedade, no quarto trimestre também se registam novas subidas. As TAEG máximas para os carros novos fixam-se em 11,4%, e em 14,5% nos carros usados.

Pode comparar os diferentes valores fixados pelo Banco de Portugal no terceiro e quarto trimestre de 2024 na tabela abaixo.

Crédito Automóvel

TAEG máxima para o 3º trimestre de 2024

TAEG máxima para o 4º trimestre de 2024

Locação Financeira ou ALD: novos

6,7%

6,8%

Locação Financeira ou ALD: usados

7,2%

7,8%

Com reserva de propriedade e outros: novos

11,3%

11,4%

Com reserva de propriedade e outros: usados

14,3%

14,5%

Leia ainda: Crédito automóvel vs. crédito pessoal: Qual a melhor opção?

Juros dos cartões de crédito baixam, mas mantêm-se acima de 19%

Entre todas as modalidades de créditos ao consumo, os cartões e linhas de crédito, as contas correntes e as facilidades de descoberto têm sempre a taxa de juro mais elevada. Esta é a realidade desde que foram definidas as taxas máximas em 2010. Mas, nessa altura, os valores eram muito superiores, sendo possível um cartão de crédito ter uma TAEG de 32,8%.

Esses valores, porém, foram baixando ao longo dos anos. Mas, desde o primeiro trimestre de 2015, que as taxas de juro dos cartões de crédito não registavam tetos tão elevados. Embora no quarto trimestre, o Banco de Portugal tenha fixado a TAEG máxima em 19,1%, este valor representa uma descida de apenas 0,1% face ao trimestre anterior.

Assim, é preciso ter em conta que, ao recorrer a um cartão de crédito, a sua taxa de juro pode chegar aos 19%, quando podia ter uma taxa de juro inferior se recorresse a um crédito pessoal.

Se precisar de um crédito para educação ou saúde, a diferença da sua TAEG pode ser de 9,8 pontos percentuais. Caso esteja indeciso entre usar um cartão de crédito ou pedir um crédito pessoal sem finalidade, saiba que existe uma diferença de 3,3 pontos percentuais entre as duas TAEG máximas no quarto trimestre de 2024.

Outros créditos

TAEG máxima para o 3º trimestre de 2024

TAEG máxima para o 4º trimestre de 2024


Cartões de crédito, Linhas de crédito, Contas correntes bancárias e Facilidades de descoberto

19,2%

19,1%

Nota: Os juros no crédito ao consumo podem variar, consoante a instituição financeira. Contudo, as TAEG máximas são definidas e publicadas pelo Banco de Portugal trimestralmente. Os valores definidos têm em conta os aplicados no trimestre anterior.

Leia ainda: BCE sem pressa para voltar a descer os juros

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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