Investimentos

Saber evoluir com o processo de investimento

Investir é um processo que vai sendo afinado com o tempo. As experiências, negativas e positivas, são fundamentais para a evolução nas tomadas de decisão.

Numa fase inicial, quando nos iniciamos no mundo fascinante dos investimentos mobiliários, temos sempre algum receio e somos muito cautelosos. Como em tudo, a rotina, a ambientação e a normalização do processo podem-nos dar a aparência de que investir afinal é fácil! Nada mais de errado nesta perceção. A definição de investimento nunca pode passar por ser fácil ou difícil. Investir é um processo, durante o qual devemos ter a capacidade de nos mantermos racionais e focados. Não nos devemos deixar levar pelas emoções quando as coisas não nos correm bem, assim como não devemos pensar que já sabemos tudo e que temos uma capacidade acima de todos os outros que estão no mercado. O processo de investimento é contínuo. Com frequência recebemos informação, que devemos saber processar e que nos deverá validar (ou não) o nosso posicionamento em cada momento e em cada contexto.

Crescer com o erro

Com os nossos erros e com os erros dos outros aprendemos muitas coisas. Dificilmente alguém poderá dizer que todos os investimentos que efetuou foram bem-sucedidos. O sucesso e o insucesso andam de mãos dadas. No mundo dos investimentos, o objetivo é conseguir ter um maior número de investimentos positivos. Contudo, é importante percebermos que, muitas vezes, crescemos mais nas derrotas do que nas vitórias. As experiências negativas são lições que devemos aprender e guardar. Estes momentos, por norma, são fundamentais para podermos continuar a evoluir, sempre com os pés bem assentes no chão e com uma maior capacidade para tomar decisões no futuro. Nos investimentos financeiros, por exemplo, as experiências negativas fazem-nos ser mais cautelosos e fazem-nos questionar o caminho que estamos a seguir. É na resposta às questões mais inquietantes que percebemos se estamos ou não a seguir o caminho certo.

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Tentar ser mais inteligente

Nos mercados financeiros há quem se dedique a tentar encontrar os melhores timings de entrada/saída ou antecipar o que vai acontecer em determinado momento. Estes tipos de investidores não têm mais informações do que todos os outros. Contudo, acreditam que têm uma capacidade de perceção diferente da maior parte dos investidores e que conseguem interpretar o que a grande maioria não consegue. Se analisarmos os dados com rigor, percebemos que aqueles que tentam acertar no timing de mercado têm uma performance, no longo prazo, bastante inferior aos que se focam no seu processo de investimento.

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Disciplina é a base para o sucesso

Se todos conseguimos ter acesso à informação sobre a economia ou sobre as empresas e se é praticamente impossível tentar antecipar os timings de entrada ou saída, ou as reações dos mercados financeiros, então em que se deverá basear a nossa estratégia de investimento? De uma forma simples, devemos ter disciplina, seguir o método que cada um define para si, perceber o racional que está por trás da decisão e dar tempo ao tempo. É ainda importante interpretar o contexto em que estamos inseridos e os motivos pelos quais as nossas decisões continuam ou não validadas.

Como não temos a capacidade de acertar em todas as decisões que tomamos, torna-se igualmente fundamental saber dar um passo atrás e sair de uma posição que não nos vai dar o que estimámos numa fase inicial. O mais importante é percebermos que, num investimento, devemos ser focados, adotar uma estratégia diversificada, conhecer os riscos e ter uma ótica de longo prazo, de forma a que o nosso processo possa ser validado e possamos retirar os frutos das nossas decisões.

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Apaixonado pelo desporto e economia, foi jogador profissional de Futebol, tendo atuado em clubes como S.L. Benfica, Estoril, entre outros. Conciliou a carreira desportiva com a académica, terminando a licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (NOVA SBE). Continua ligado às suas duas paixões profissionais, desempenhando a função de Financial Advisor e colaborando como analista desportivo na CNN Portugal. Foi comentador residente no programa Jogo Económico do JE e Presidente do Conselho Fiscal da Federação Portuguesa de Footgolf. (FPFG). Participa com regularidade em eventos sobre Literacia Financeira.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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