Investimentos

7 passos para começar a investir

Quer investir, mas não sabe por onde começar? Neste artigo partilhamos sete passos que deve dar para uma estratégia de sucesso.

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7 passos para começar a investir

Quer investir, mas não sabe por onde começar? Neste artigo partilhamos sete passos que deve dar para uma estratégia de sucesso.

Quem nunca investiu tem muitas dúvidas sobre o que fazer, como fazer e quando fazer. As exigências de se investir dependem muito de quem somos, enquanto investidores, e dos objetivos que temos.

Mas há sete passos que qualquer investidor deve dar para uma estratégia de sucesso.

Antes de investir, comece por fazer o orçamento

Pode estar confuso sobre o que é que fazer um orçamento tem a ver com investir. Mas é a base de qualquer estratégia consciente. Antes de investir é recomendado que tenha pleno conhecimento de como estão as suas finanças. Precisa de saber o que ganha, o que gasta, como ganha e como gasta e o que pode melhorar.

Mas fazer um orçamento é muito mais do que isso. É garantir que consegue planear e estipular que valor vai alocar à poupança e ao investimento. O orçamento vai permitir que trace um plano.

Leia ainda: Investir dinheiro a curto ou longo prazo? A importância dos objetivos

Constitua um fundo de emergência

Independentemente dos objetivos de cada um ou do seu perfil de investidor (explicamos mais abaixo), deve sempre garantir que tem um fundo de emergência.

Esta “reserva” deve corresponder ao equivalente às nossas despesas fixas durante três a 12 meses. Ou seja, depois de fazermos o orçamento e percebermos quanto gastamos em despesas fixas todos os meses, devemos multiplicar esse valor por um número entre três e 12 e o resultado é o montante que precisamos de garantir no fundo de emergência.

E se está na dúvida sobre se deve colocar o mínimo ou o máximo recomendado, a resposta depende da sua situação. Se o risco de perder os seus rendimentos (ou parte deles) é baixo, pode juntar apenas o equivalente a três meses de despesas. Se o risco é grande, é melhor guardar o equivalente a 12 meses. Um trabalhador independente, por exemplo, tem um risco maior de perder parte ou a totalidade dos rendimentos de um mês para o outro, por isso, é recomendada maior cautela.

Este fundo de emergência deve ser mantido num produto de capital garantido e de fácil movimentação. As soluções mais recorrentes são os depósitos ou os Certificados, mas há outras soluções. O que temos de garantir é que não corremos o risco de perder o dinheiro e que o conseguimos usar de forma fácil numa situação inesperada.

De realçar que o montante que está “guardado” no fundo de emergência deve representar entre 5% e 10% de uma carteira de investimento.  

Defina os seus objetivos para investir

Outra questão fundamental para se investir é a definição de objetivos. Estamos a investir para quê? O que queremos e quando queremos atingir? Estas são questões a que temos de responder antes de traçarmos uma estratégia de investimento.

Se queremos juntar dinheiro para fazer umas férias longas daqui a um ano, esse valor deve ficar num produto sem risco. Se estamos a querer juntar dinheiro para a reforma, que só daqui a 30 anos se vai concretizar, então podemos pensar em correr alguns riscos. Quais? Depende de quem somos enquanto investidores.

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Conheça-se enquanto investidor

E é aqui que entra o teste mais importante que faremos enquanto investidores. Antes de investirmos, temos de perceber qual a nossa tolerância ao risco, por exemplo. Se colocarmos as nossas poupanças num produto que durante a noite pode registar perdas avultadas, conseguimos dormir bem?

Quanto tempo nos falta até à idade da reforma? Quais as nossas ambições? Qual a nossa capacidade financeira?

Tudo isto terá impacto naquilo que é o nosso perfil de investidor, o que, por sua vez, terá impacto na estratégia e na escolha dos tipos de ativos que devem compor a nossa carteira de investimentos.

A resposta é clara e está á distância de um simples teste. E neste não vale a pena mentir. Quanto mais honestos formos, mais alinhado estará o perfil e, consequentemente, podemos traçar uma estratégia mais adequada a nós.

Algo a ter em consideração é que o nosso perfil de investidor pode ir mudando ao longo da vida. Seja porque vamos sabendo mais e percebendo melhor o mundo dos investimentos, sendo porque nos vamos aproximando da idade da reforma e devemos correr menos riscos.

Se ainda não sabe qual o seu perfil, faça o teste, através do Simulador de Perfil de Investidor.

Escolha o parceiro e o veículo para começar a investir

Qual a forma que nos é mais confortável investir? Hoje em dia, investir está ao alcance de todos, só precisamos de perceber qual o veículo que nos é mais cómodo.

Podemos optar pela banca tradicional, que oferece produtos também mais tradicionais desenhados para massas, ou optar pela banca de investimento especializada, que tem opções desde produtos pensados para vários clientes a produtos desenhados para aquele cliente.

Há, também, inúmeras plataformas que tornam o processo de investir algo muito simples. Através destas, consegue testar o processo de investir e dar os primeiros passos no mundo do investimento. Pode começar, inclusive, por optar por uma versão demo, para perceber como funciona este mundo e quais as consequências das decisões que tomar.

Uma das questões que deve ter presente antes de escolher como investir é perceber que custos pode ter de suportar. Nos investimentos pode haver várias comissões associadas, pelo que precisa de saber quais é que podem ser cobradas na solução que escolher.

Leia ainda: Como investir dinheiro em Portugal? 5 alternativas que deve conhecer

Decidir em que pretende investir e diversificar

É nesta fase que vai ter de escolher os ativos em que vai investir o seu dinheiro. Pode tomar estas decisões sozinho ou com a ajuda de um especialista. É preciso perceber quais os produtos que fazem mais sentido para a sua estratégia.

E seja qual for a sua decisão, e independentemente do parceiro e veículo que escolher, opte apenas por ativos que compreenda. Nos investimentos, correr riscos faz parte, mas só devemos correr riscos que percebamos, mesmo que a promessa de retorno seja muito elevada.

Não se esqueça que, por regra, quanto maior a promessa de retorno, maior é o risco associado. O que significa que poderá perder parte do seu dinheiro. Esta é uma característica dos investimentos, por isso é que é fundamental que, antes de avançar, perceba bem quais os riscos que corre.

E há uma regra que deve sempre cumprir na sua estratégia: diversificar. A diversificação é a chave de um plano de investimentos. E diversificar não significa que tenha de ter 1.000 ativos diferentes. Significa que deve encontrar ativos que tenham características diferentes, cujos riscos sejam distintos. Isto para poder minimizar eventuais perdas.

Esta diversificação pode ser alcançada através da escolha de um único produto. Os fundos, por exemplo, são compostos por vários ativos, por isso podem ser soluções de diversificação.

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Seja paciente 

Numa estratégia de investimento tem de ter paciência (e disciplina) para conseguir manter o plano. É preciso dar tempo aos investimentos para que o retorno seja palpável.  

Temos de traçar os nossos objetivos, perceber como os vamos alcançar e manter o plano. Claro que ao longo do caminho podemos (e devemos) fazer alterações ao plano. Até porque, como já vimos, o nosso perfil de investidor vai mudando e os nossos objetivos também.

Por isso, a receita passa por ter claro quais são os nossos objetivos, traçar uma estratégia para os conseguirmos alcançar e sermos fiéis a nós mesmos. Tudo com uma boa dose de paciência, para dar tempo de vermos os resultados.

Leia ainda: Como faço para perder o medo de investir?

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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