Crédito Habitação

Comprar ou arrendar: Quantas casas estão pagas ao fim de 30 anos?

Comprar ou arrendar: analisamos os dois cenários. Saiba quantas casas ficam pagas num prazo de 30 anos, em cada possibilidade.

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Comprar ou arrendar: Quantas casas estão pagas ao fim de 30 anos?

Comprar ou arrendar: analisamos os dois cenários. Saiba quantas casas ficam pagas num prazo de 30 anos, em cada possibilidade.

Comprar ou arrendar: eis a questão com que muitos jovens se deparam em algum momento da sua vida. A resposta não é linear e tem muitas variáveis a influenciar. Mas, neste artigo, propomos uma análise mais racional e contabilística. Vamos considerar o cenário de compra e de arrendamento de um mesmo imóvel, por um período de 30 anos. É importante referir que a análise pressupõe cenários hipotéticos, uma vez que não é possível prever a evolução, por exemplo, das taxas de juro nas próximas décadas.

Arrendar por 30 anos é o equivalente a pagar 2,35 casas

Por um apartamento T2 cujo valor de venda é de 280 mil euros, o inquilino que ali permanecesse durante 30 anos, com uma renda que inicia nos 1.300 euros (considerando 12,99€/m2 cobrados em média nas rendas do 2º trimestre de 2024, na Grande Lisboa), e é atualizada em 1% todos os anos, pagaria 542.644 euros. Esse montante equivale a 2,35 vezes imóveis de 230 mil euros. Mas se considerarmos que a esse valor pode ser abatida a dedução de IRS em 15%, o total reduz para 461.247 euros, que - ainda assim - equivalem a 2 imóveis.

Comprar casa com financiamento equivale a pagar 1,46 casas

Olhamos agora para o cenário de compra, em que o mesmo T2 custa 280 mil euros (considerando o valor mediano de venda de 2.801 euros/m2, na mesma região e período). Desses, 252 mil (ou seja 90%) seriam financiados, pelo que, no final do prazo de 30 anos, o proprietário teria pago o equivalente a 1,46 casas, num total de 368.089 euros. Para estes cálculos considerámos uma taxa de juro de 2,7% (Euribor de 2% - que corresponde à média aproximada dos últimos 25 anos, + spread de 0,7%). Neste caso, a prestação média rondaria os 1.022 euros. Ou seja, menos 278 euros mensais que os 1.300 euros cobrados num cenário de arrendamento. Esta poupança poderia permitir, por exemplo, amortizar o crédito, diminuindo o prazo e o valor total cobrado no final do financiamento.

Mas o cenário de compra de casa tem outra grande vantagem: a constituição de património. Ao fim de 30 anos (ou menos, no caso de decorrerem amortizações), o imóvel pertence ao proprietário. O que não acontece num cenário de arrendamento.

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