Imobiliário

Uma Carta de Natal para o Imobiliário

Não sei ainda vou a tempo, pois parece que o OE já começou a ser discutido na especialidade, mas em jeito de brincadeira comecei a escrever uma carta de Natal para o Imobiliário com a esperança de poder pedir a realização de alguns desejos para 2025!

Desejo que este Natal nos traga mais oferta de imóveis

Seria muito bom que o desejo de estímulo ao investimento para capacitar mais e mais rentável produção imobiliária (talvez com um super simplex ou algo parecido) se realizasse, pois parece que o atual não está a ter o efeito pretendido. Este desejo é especialmente forte junto dos segmentos médio e médio/baixo que anseiam por soluções de habitação com preços alcançáveis. Projetos de habitação a custos controlados ou cooperativas de habitação seriam bem-vindos no sapatinho.

Desejo que este Natal traga mais soluções de arrendamento

Não de AL, não de arrendamento clandestino, mas de arrendamento competitivo para todos os envolvidos nesta cadeia de valor que pode muito bem ser uma das alternativas para o equilíbrio do mercado de habitação. Para isso temos de olhar para quem pode fazer “magia” e ajudar investidores que ainda se aventurem neste negócio com muito menor carga fiscal e apoios para o investimento. Voltar a estimular os Fundos de Investimento para este fim também seria uma boa ação.

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Desejo mais agentes imobiliários, mas mais formados, mais competentes e mais credibilizados

A competência é subjetiva, cabe a cada um fazer o seu juízo sabendo que o mercado é soberano e decide implacavelmente quando há que realmente provar a capacidade, resiliência, valor e profissionalismo de cada um. A mediação imobiliária tem evoluído imenso nos últimos anos e acredito que tem tudo para evoluir ainda mais, mas infelizmente, a ética e a legislação não têm acompanhado.

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Desejo mais infraestruturas, o mais rápido possível

Mobilidade. O imobiliário cresce, floresce e vive de tudo o que o rodeia, especialmente da mobilidade em cidades que se querem eficientes, sustentáveis e próximas. Para se desenvolver para fora dos centros das grandes cidades (e não só), e para se evitar a pressão dos preços, será necessário desenvolver mais, melhores e mais comportáveis acessos com soluções de vias-férreas e ligações de transportes de proximidade. A redução do tempo de viagem pode tornar zonas suburbanas muito mais atrativas, onde se pode efetivamente oferecer habitação e vida a melhores preços, com usufruto de urbanismo atual e casas de construção mais eficiente e confortável.

Desejo transações e bancos mais rápidos e mais baratos

Talvez seja pedir muito, mas o serviço da banca continua caro e lento. Mexe-se pelos resultados especulativos e não tanto pelo cliente, o qual sem mercado de arrendamento, se torna numa presa fácil sem alternativa senão recorrer ao crédito à habitação. Players mais digitalizados nesta área começam definitivamente a democratizar-se e a ganhar quota face à denominada banca tradicional, que até tem feito alguns esforços para lá chegar, mas que infelizmente ainda está muito aquém do que é o serviço para a experiência de cliente esperada aos dias de hoje.

Sei que os meus desejos são impossíveis de ser concedidos na sua maioria em 2025, mas desejar não custa e pode ajudar a inspirar um mercado imobiliário mais virado para as pessoas, porque, no fundo, o imobiliário terá de ser sempre pensado de pessoas para pessoas.

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“O imobiliário é a minha vida e a minha vida é lidar com pessoas.” A viver em Lisboa e a trabalhar em Portugal, Espanha e Itália, Massimo Forte é acima de tudo um apaixonado pela área do imobiliário, um negócio que considera ser de pessoas para pessoas. Com mais de 25 anos de experiência nas maiores empresas de mediação imobiliária, hoje dedica-se a consultoria, formação e partilha de conhecimento como um dos maiores Real Estate Influencers em Portugal.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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