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Moeda comemorativa Cristiano Ronaldo: Atenção que é uma burla

A moeda comemorativa Cristiano Ronaldo não passa de uma burla. Conheça a informação divulgada pelo Banco de Portugal e as burlas mais comuns.

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Moeda comemorativa Cristiano Ronaldo: Atenção que é uma burla

A moeda comemorativa Cristiano Ronaldo não passa de uma burla. Conheça a informação divulgada pelo Banco de Portugal e as burlas mais comuns.

Após a divulgação em várias redes sociais e sites estrangeiros do lançamento de uma moeda comemorativa Cristiano Ronaldo, o Banco de Portugal esclareceu que esta informação é falsa, tratando-se assim de uma burla.

Neste artigo, recordamos algumas das burlas mais comuns nos últimos tempos e o que deve ter em conta para se proteger destes esquemas em nome de entidades credíveis.

Leia ainda: Não se deixe apanhar: Conheça as fraudes mais recorrentes 

Burla do lançamento da moeda comemorativa Cristiano Ronaldo

Usar uma entidade de renome ou uma figura pública para burlar pessoas, é um esquema muito comum nas redes sociais, mas não só. Há quem crie sites com notícias falsas, domínios e emails semelhantes aos de certas entidades para que a informação pareça fidedigna.

No caso da alegada moeda comemorativa Cristiano Ronaldo foram publicadas fotografias em redes sociais e sites estrangeiros anunciando a circulação de uma moeda com o rosto do futebolista. Esta informação falsa, afirmava que o Banco de Portugal ia emitir esta moeda comemorativa, com um valor de 7,5 euros.

Perante a tomada de conhecimento desta notícia, o Banco de Portugal reagiu no seu site oficial, referindo que a moeda em homenagem a Cristiano Ronaldo não está em circulação. Além disso, a instituição liderada por Mário Centeno afirmou que não está prevista ser colocada em circulação qualquer moeda comemorativa alusiva ao jogador.

Por fim, o Banco de Portugal esclareceu ainda que a aprovação do Plano Numismático anual é uma competência da Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

Desta forma, quem estiver interessado na compra de moedas comemorativas, deve consultar a loja online da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Assim, tem a certeza das moedas em circulação e quais os valores praticados.

Esquemas fraudulentos e burlas de crédito

Nos últimos anos, as burlas de crédito têm aumentado, através de contactos realizados nas redes sociais (Facebook, Messenger, Whatsapp) e por email. Embora estes esquemas fraudulentos possam assumir vários formatos, o ângulo de abordagem é sempre o mesmo: apresentar soluções de crédito fáceis e rápidas.

Atualmente, a concessão de crédito está mais simplificada. No entanto, é sempre necessário cumprir algumas formalidades, mesmo que o nível de burocracias seja menor.

Por isso, não vá na conversa de soluções quase milagrosas, onde prometem resolver os seus problemas de liquidez em tempo recorde. Se avançar com este tipo de oferta, o mais provável é que a determinada altura exista um pedido de uma contrapartida monetária. Ou seja, quem está por trás da burla, pode pedir-lhe para pagar uma comissão para desbloquear o financiamento ou uma garantia de um imóvel.

Se aceitar, pode ficar sem o dinheiro ou o imóvel que deu como garantia e não receber qualquer tipo de financiamento. Assim, para evitar cair em burlas de crédito, garanta que antes de iniciar o processo está a falar com um intermediário de crédito legal. Para confirmar se a empresa em questão exerce atividade de intermediação de crédito, entre no Portal do Cliente Bancário e confirme se este consta:

No caso de verificar que o intermediário de crédito não consta em nenhuma das listas, termine a conversação e não forneça nenhum dado. Perante uma situação de burla, deve comunicar a mesma ao Banco de Portugal, mas também às autoridades competentes (PSP, GNR, PJ ou Ministério Público).

Leia ainda: Burlas de crédito: Como identificar intermediários legais?

Burlas financeiras em nome do seu banco

Quanto às burlas financeiras em nome de instituições bancárias onde tem produtos financeiros estão cada vez mais difíceis de identificar. Afinal, estas são realizadas por redes criminosas, onde os participantes têm acesso aos seus dados pessoais e bancários, realizando os esquemas por chamada telefónica e links fraudulentos.

Geralmente, o esquema é feito da seguinte forma: recebe um telefonema e do outro lado da linha existe alguém que se identifica como funcionário do seu banco da secção cibercrime. Mas também pode identificar-se como responsável por detetar transações ou movimentos estranhos em contas bancárias, ou em cartões de crédito. Depois, é indicado pelo falso funcionário que foi detetada uma ou mais transações anormais na sua conta bancária. Contudo, como foi identificada pelo banco, está pendente de validação ou necessita de ser cancelada urgentemente.

Por norma, estes criminosos têm acesso aos dados pessoais das vítimas e usam os mesmos a seu favor. Para ganhar a confiança, confirmam o nome completo, NIF, morada e até movimentos bancários da vítima. E como estas informações são confidenciais, é normal as pessoas sentirem-se seguras e a querer resolver a situação o mais breve possível.

É aqui que a burla começa. O objetivo é levar a vítima a indicar os códigos pessoais enviados para o telemóvel. Desta forma, o criminoso passa a ter permissão para efetuar transações financeiras rapidamente. Se fornecer os seus códigos pessoais, pode ficar sem o dinheiro que tem na sua conta bancária, ver o plafond do seu cartão de crédito esgotado ou até serem contratos créditos pessoais de fácil aprovação. Dito isto, nunca forneça os códigos pessoais enviados para o seu telemóvel. Se achar a chamada estranha, desligue e ligue para o número oficial de apoio ao cliente do seu banco.

Leia ainda: Burlas financeiras: Não forneça códigos enviados para o telemóvel

Phishing e smishing continuam a ser das fraudes mais recorrentes

Em julho de 2024, o Centro Nacional de Cibersegurança publicou o relatório Riscos e Conflitos que veio confirmar que o phishing e o smishing continuam a ser das fraudes mais recorrentes.

Embora a maioria das pessoas já tenha ouvido falar destas fraudes, o phishing é uma forma de burla em nome de outra entidade, onde as potenciais vítimas recebem emails para clicarem em links que permitem o acesso dos criminosos a informações pessoais.

Quanto ao smishing, a técnica é semelhante, mas em vez do email é tentativa de burla é realizada por SMS.

Mas como estas burlas são feitas? Por norma, são enviadas mensagens disfarçadas de comunicações fiáveis de empresas como a EDP, CTT, FedEx ou até do seu banco. Já os assuntos mais recorrentes, remetem para as seguintes mensagens:

  • "A sua encomenda está sujeita a taxas alfandegárias”;
  • “EDP: A sua fatura tem um valor em atraso";
  • “Problema com a conta bancária” (saldo negativo ou irregularidades no cartão).

Para diminuir a probabilidade de cair neste tipo de fraudes, é aconselhável:

  • Verificar o endereço de email antes de abrir uma mensagem e confirmar se o número de telefone corresponde à empresa em questão.
  • Nunca clicar numa hiperligação sem antes colocar o cursor do rato sobre o link. Desta forma, consegue ver se o endereço para onde é direcionado parece genuíno.
  • Procurar por erros ortográficos e de gramática, pois são habituais neste tipo de fraude;
  • Ter atenção à saudação da mensagem. Se esta for genérica, como "Caro Cliente", deve desconfiar. 
  • Não reagir rapidamente a mensagens onde dizem que a sua conta foi suspensa ou está em dívida. Lembre-se que o objetivo é que clique rapidamente em links ou forneça os seus dados.

Leia ainda: Burlas informáticas: O que devo fazer para me proteger?

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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