Começa a perceber que há demasiados gastos com dívidas no seu cartão de crédito? A Dica do Doutor sugere que consolide os seus créditos e fique a pagar menos por isso.
No Doutor Finanças falamos sempre da importância de fazer um orçamento mensal, que cubra os seus encargos financeiros e que lhe deixe rendimento para as suas poupanças.
Nesse orçamento, deve ter em conta que há encargos com os seus créditos que, sem o devido controlo e gestão, acabam por ter um peso mais do que recomendável no orçamento familiar, levando a situações em que chegamos a meio do mês e já não temos dinheiro para os restantes dias.
Esta situação é comum ser vivida depois de um período em que se fez compras de valores elevados com os cartões de crédito.
Como os valores são maiores, habitualmente optamos por pagar o valor em mais tempo com prestações mais reduzidas, mas o custo total é demasiadamente elevado e o seu rendimento vai ficar prejudicado.
As dívidas de cartão de crédito são dívidas que podem sair do controlo das famílias. Ao serem usadas especialmente em meses de grandes compras – como o do Natal, férias ou em meses de saldos - são dívidas que só nos aparecem para pagar mais tarde na conta bancária e quando temos de pagar o valor em dívida, já não dispomos do valor total e temos de fracionar o pagamento.
Ao «adiar» o pagamento com as facilidades de pagamento achamos que estamos a contribuir para ter mais folga financeira, quando de facto estamos a endividarmo-nos mais e a aumentar muito significativamente o valor que pagamos no final.
A Dica do Doutor sugere que analise os pagamentos dos seus cartões de crédito e verifique se compensa fazer uma consolidação de créditos e pagar o valor na totalidade.
A consolidação de créditos é juntar todas os créditos num só crédito, que terá uma taxa de juro mais baixa que a dos cartões de crédito e permite pagar a dívida em prestações mais baixas e durante mais tempo.
Esta solução tem vantagens porque os vários cartões de crédito têm as taxas de juro mais altas entre todos os créditos (geralmente acima dos 12%) pelo que em vez de estar a pagar as várias dívidas, coloque todas as dividas num só crédito, com uma taxa muito mais baixa do que a que pagaria com o fracionamento dos cartões de crédito e poderá ajustar o valor da prestação mensal para um valor que possa suportar mensalmente.
Desta forma, poderá pagar as dívidas dos vários cartões de crédito e, se preferir, num só pagamento, e retirar este peso do orçamento familiar.
Reveja as suas dívidas, veja a melhor forma de as pagar e controle o seu orçamento familiar.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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Como é que a Wizink cobra 35% de T.A.E.G. nos cartões de crédito?
Olá, Carlos.
Em princípio, hoje em dia não o pode fazer – as taxas máximas são fixadas trimestralmente pelo Banco de Portugal (para os cartões de crédito, atualmente, 16,1%).
Poderá dar-se o caso de se tratar de um contrato antigo, em que eventualmente essas taxas fossem ainda permitidas?
Dada a discrepância com os valores atualmente praticados tem havido várias pessoas a contactar as entidades emitentes dos seus cartões para renegociar a taxa de juro e tem havido vários relatos de sucesso.