Na nossa vida profissional, existem variáveis que nos podem ajudar a ter um rendimento financeiro mais estável. Entre estas variáveis, encontram-se duas que nos acompanham a vida toda e que se fizermos um uso racional das mesmas, podemos conjugar o melhor de dois mundos: rendimento ativo e rendimento passivo.
O rendimento ativo é todo o rendimento que provém do esforço, do tempo investido a fazer determinada atividade.
O trabalho por conta de outrem é o exemplo mais concreto. Este género de rendimento é pago logo a partir do momento em que começa a trabalhar e finda quando a sua ligação à empresa que o/a contratou termina. Ou seja, se trabalhar, tem rendimento, se não trabalhar, não obtém rendimento.
Já o rendimento passivo não depende do tempo investido a fazer determinada atividade, ou seja, é feito um investimento que ao longo do tempo vai trazendo retorno, sem uma contínua e direta intervenção da pessoa.
Quando se fala em rendimento passivo, a primeira ideia que nos vem à cabeça é acções, mas as ações e o seu investimento estão, por norma, associados ao investimento num curto prazo, com uma maior tolerância ao risco, e à constante necessidade de acompanhar com bastante regularidade, a chamada evolução do mercado.
Outro rendimento passivo que deve conhecer é a compra de imobiliário.
Exemplo: investiu na aquisição de um imóvel e em seguida colocou esse mesmo imóvel no mercado de arrendamento, é provável que os esforços do capital investido vão ser recompensados com o pagamento da renda do inquilino, que mensalmente paga um valor pela casa alugada. Isso vai gerar um rendimento passivo, pois não está a «viver» na casa para ela ser paga ou a trabalhar para pagar.
O rendimento passivo é considerado um complemento extra ao seu rendimento activo.
Pode ser uma segunda fonte de rendimento, ainda que não possa de todo ser considerado como se de um segundo trabalho se tratasse.
O rendimento passivo também pode ser adquirido seguindo uma estratégia de investimento mais ativo e também investimento passivo.
O investimento passivo é aquele cuja aplicação de capitais financeiros disponíveis tem como finalidade o longo prazo, que vão gerar fluxos regulares de dinheiro durante um determinado período de tempo.
Aqui é trabalhada a máxima popular: devagar se vai ao longe. O principal objetivo é ir gradualmente aumentando os ganhos ao longo do tempo, numa lógica de pensamento em que no longo prazo o mercado irá gerar um rendimento bastante positivo, apesar de poder ter de pagar algumas comissões associados ao ganho.
Já no investimento ativo existe uma elevada componente emocional na tomada de decisão, onde apesar do risco ser grande, a probabilidade de retorno é também ela elevada, embora aqui o desempenho dos investimentos aplicados se situe um pouco abaixo da média, gerando custos e comissões mais altos.
Robert Kyosaki simplifica o rendimento ativo e o rendimento passivo no seu livro Pai Rico, Pai Pobre: ativo é tudo aquilo que coloca dinheiro no seu bolso enquanto que passivo é o contrário, ou seja, tudo aquilo que tira dinheiro do seu bolso.
Para o autor, a prestação do crédito habitação por exemplo é considerado um passivo. A poupança familiar com investimento em aplicações financeiras é considerado um rendimento ativo. Mas quando passamos para os investimentos na perspetiva de termos uma base financeira mais sólida, o caso muda de figura pois nem sempre estas definições abarcam a negatividade que normalmente está ligada às palavras empregues.
Para termos um maior conforto financeiro, precisamos de rendimentos ativos e rendimentos passivos.
O segredo é atingir um equilíbrio na sua complementação como forma de aumentar com o tempo e de forma exponencial os seus ganhos e poupanças. A melhor forma de começar é poupar um montante todos os meses para o poder aplicar em soluções que lhe permitem obter ganhos no futuro, sem ter de trabalhar por isso.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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