Quer fazer um crédito, mas está com dúvidas ou com receios? Estando consciente da importância deste passo, sabe que tem de fazer uma análise cuidada para tomar a melhor decisão possível.
O que é um crédito bom?
A utilização que fazemos do crédito é que classifica o crédito como bom ou como mau. Na prática, o crédito pode ser muito bom para a sua vida financeira, mas também o poderá levar à crise financeira, a penhoras no vencimento ou penhoras bancárias ou à insolvência. Em linhas gerais, poderá considerar como bom o crédito que:
- Possibilita comprar um produto ou um serviço considerado essencial à sua vida;
- Permite a redução de custos mensais;
- Possibilita fazer investimentos rentáveis e criadores de valor.
Deixamos-lhe então 6 dicas para ter o melhor crédito pessoal do mercado.
1. Estude e analise o seu caso concreto
O primeiro ponto em todas as análises consiste em determinar o seu estado atual e a necessidade real de pedir crédito. Poderá estar a comprar um produto de que não necessita ou um produto demasiado dispendioso. Pense sempre duas e três vezes e pergunte-se: “Preciso mesmo disto?”-
2. Analise a sua taxa de esforço
Um crédito bom é um crédito que sendo necessário respeita o seu orçamento familiar. Na prática, deverá considerar a sua taxa de esforço que mais não é do que a relação entre as prestações dos vários créditos e o rendimento da sua família.
Poderá considerar uma taxa de esforço razoável até 30%. Em alguns casos específicos poderá ter um pouco mais, especialmente se estivermos a falar da preponderância do crédito habitação no total dos créditos (uma vez que a taxa será muito inferior). Procure manter a taxa de esforço perto de zero para garantir que consegue poupar todos os meses e ganhar dinheiro.
Se não consegue determinar ao certo o valor de todas as prestações e das restantes despesas essenciais à sua vida poderá descarregar o Boonzi, um software de gestão de finanças pessoais que vai marcar a diferença na sua vida (acredite que é verdade).
3. A negociação é palavra de ordem para poupar
O Doutor Finanças é adepto da negociação em tudo o que envolva custos (mas mantendo a justiça). Aliás, a génese do Doutor Finanças é a negociação das condições de créditos de modo a acabar com dívidas.
No contexto do crédito, sugerimos sempre que depois da sua análise se foque na consulta a diversos bancos. Recolha toda a informação para ter maior poder negocial. Foque-se em “vender-se” e pense sempre naquilo que o banco quer ouvir (a palavra garantia é a mais utilizada na banca).
Contacte diversos bancos e instituições financeiras. Negoceie e esteja na disposição de aumentar o envolvimento com o banco de modo a obter descontos comerciais. Faça diversas simulações e tenha em atenção o ponto seguinte.
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4. Olhe para todos os custos
O custo total de um crédito não se resume ao que paga de juros todos os meses. Na prática, existem diversos custos e comissões que terá de minimizar quando negoceia com o seu banco. Por exemplo, falamos de seguros de vida (com prémios exorbitantes e facilmente eliminados), comissões de dossier, de gestão, cartões de crédito. Há até bancos que lhe vendem vinhos e a trotinete do Ruca. Todos estes custos são repercutidos na Taxa Anual Efetiva Global (TAEG), taxa esta que permite comparar a oferta de diversos bancos.
5. Cuidado com o crédito pela internet
Existem diversas instituições financeiras que cobram comissões de análise prometendo a pré-aprovação de contratos de crédito, mesmo antes de estarem na posse de todos os documentos. Fuja dessas instituições pois a grande maioria apenas existe para ficar com o valor da comissão de análise. Para ter uma ideia, considere que a aprovação de créditos ronda os 3%-4% do total de processos carregados… logo, a probabilidade de perder o seu dinheiro é muito perto de 100%.
6. Tenha calma
Os pedidos de crédito melhor sucedidos (em termos de custo e de conveniência) são os créditos que são planeados e estruturados com tempo. Por norma, quando estamos apertados de tempo tendemos a aceitar as primeiras propostas que nos apresentam sem nos ocuparmos da negociação. Aliás, muitas vezes a “falta de tempo” faz-nos descurar a comparação de propostas. A nossa sugestão passa por atuar em antecipação. Planeie o futuro. A pressa é inimiga!
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