Se está agora a iniciar esta caminhada ou pretende mudar a sua estratégia de poupança, deve ter em conta que existem diferentes método que o ajudam a poupar, assim como diferentes formas de os adaptar à sua realidade.
Comece sempre pelo orçamento
A ideia de fazer um orçamento pode ser aborrecida, mas é algo muito simples, ajuda na organização e abre uma série de possibilidades de poupança. Isto porque fazer um orçamento consiste no apontamento total dos rendimentos e das despesas, o que nos permite saber exatamente o que o que ganhamos e o que gastamos. Desta forma, é possível definir objetivos de curto, médio e longo prazo.
Através desta análise consegue perceber quais são as categorias onde gasta mais dinheiro, onde e como é possível cortar gastos. E, acima de tudo, aumentar a sua poupança.
O porquinho mealheiro
Certamente que conhece o tradicional “porquinho mealheiro” e a sua principal função. É através dele que se cria o hábito de guardar dinheiro, uma vez que só se consegue resgatar se o partir. Muitas das vezes o usual porquinho surge ainda na infância e acompanha-o durante longos anos. Começa com o simples gesto de colocar dentro do mealheiro dinheiro que anda perdido na carteira, mas pode ser usado para estabelecer metas financeiras.
Pode adaptar este conceito a algo mais tecnológico, como os depósitos. Pode acordar com o seu banco a transferência de um valor fixo para uma conta poupança, mensalmente. Como este processo é automático não tem a tentação de gastar o dinheiro, até porque está "guardado" numa outra conta. Com o tempo, e tendo em conta a sua realidade financeira, pode ir ajustando esse valor.
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Método 80/20
Este método de poupança já é mais exigente e requer disciplina. Consiste em dividir os rendimentos. Num lado, 80% dos ganhos para as suas despesas fixas e gastos e os restantes 20% são canalizados para a poupança. Esta é uma percentagem elevada, que pode ajustar, consoante as suas possibilidades. Pode sempre ajustar as percentagens mediante os seus objetivos e o seu estilo de vida. Pode definir 10%, 5% ou 2%. São metas menos ambiciosas, mas que podem ser a forma de começar a poupar. Mas, se não tiver muitos encargos pode aumentar a parcela que coloca nas poupanças, definindo, por exemplo, que 60% ficam para gastar e os restantes 40% serão para colocar "naquela" conta de poupança.
É importante perceber qual é a capacidade de guardar dinheiro e não definir metas irrealistas. Por um lado, porque deve ser rigoroso e cumprir com o estipulado, por outro, se definir metas muito ambiciosas e não as cumprir pode criar frustração, o que vai desmotivá-lo.
Método 50/30/20
À semelhança do método anterior, e sempre com o objetivo de poupar, este modo também divide os seus rendimentos, no entanto em três parcelas.
Metade do vencimento (50%) deve ser destinado às necessidades, 30% aos desejos e os restantes 20% destinados à poupança.
Como necessidades deve considerar as despesas que são essenciais para viver, nomeadamente casa, alimentação, transportes, gás, luz, água e outras que sejam indispensáveis. Como desejo deve considerar todas as outras que lhe acrescentam valor enquanto pessoa ou aquelas que simplesmente gosta, como livros, cursos, esteticista, roupas, artigos de decoração…. Deve fazer a distinção correta entre necessidades e desejos e ir ajustando as despesas às categorias corretas.
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Aplicações facilitam a poupança
Já abordámos alguns métodos de poupanças. Mas nem sempre é fácil fazer a gestão. Para facilitar este processo existem soluções que ajudam no controlo do orçamento. Há várias aplicações disponíveis para android e IOS que ajudam no controlo das suas despesas, umas gratuitas e outras pagas. O recurso a este tipo de aplicações é uma forma simples de ir acompanhando os seus gastos e adaptar o seu consumo de acordo com os seus objetivos.
Deve tomar consciência que poupar é fundamental e que existem diversos métodos que pode adaptar à sua realidade. É também importante ter em conta a sua situação financeira e a estratégia a adotar para conseguir baixar os seus consumos, de forma a obter sucesso com as suas poupanças.
O importante é começar, nem que seja a guardar um euro por dia.
Pensar no futuro não significa que tenha de deixar de viver o presente. Significa, sim, que tem a capacidade de escolher o melhor para si, equilibrar os seus consumos e transformar a sua mentalidade. Ter poupanças é a garantia de uma rede de segurança na eventualidade de passarmos por um período conturbado.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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