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Seguro de Crédito: Saiba como proteger a sua empresa do incumprimento

Com a crise, os empresários foram obrigados a valer-se de todas as ferramentas de gestão. O seguro de crédito é uma delas.

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Seguro de Crédito: Saiba como proteger a sua empresa do incumprimento

Com a crise, os empresários foram obrigados a valer-se de todas as ferramentas de gestão. O seguro de crédito é uma delas.

Com a inesperada chegada da pandemia da Covid-19, o nosso país voltou a ter de lidar com uma crise económica de dimensão mundial que avançou em várias frentes e ameaça a sobrevivência do tecido empresarial. Neste contexto, os empresários foram obrigados a redefinir estratégias e a valer-se de todas as ferramentas de gestão. O seguro de crédito é uma delas, na medida em que engloba a área financeira, comercial e jurídica.  

Com a internacionalização como plano, não só de saída, mas também de consolidação do crescimento das empresas, o seguro de crédito garante que a empresa não seja afetada pelo incumprimento dos clientes, fruto da instabilidade dos mercados, razão pela qual pode ser uma mais-valia, pois garante a cobertura de riscos de não pagamento das prestações mensais

Se por um lado, a proteção do crédito através de um seguro, permite estar atempadamente segurado em caso de incumprimento, por outro, também permite ter acesso a um conjunto especializado de cobrança e recuperação de dívidas comerciais por parte de entidades acreditadas.  

Segundo a legislação em vigor, existem alguns seguros obrigatórios em Portugal, contudo, o seguro de crédito é facultativo.

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10 Razões para fazer um seguro de crédito 

  1. Aumentar as vendas. Com segurança e de forma estratégica, a empresa pode, a partir deste ferramenta, otimizar a gestão da sua carteira de clientes e ainda avançar para a sua expansão. 
  2. Aprovação, mais rápida, dos limites de crédito. Contando com uma maior celeridade, a empresa garante que não perde oportunidades. 
  3. Manter cash-flow e liquidez. Esta movimentação advém da capacidade de mitigar o risco de incumprimento no pagamento das vendas a crédito.
  4. Mais informação sobre quem são os clientes. O risco é igualmente mitigado quando é possível conhecer a fundo com quem se trabalha. Evitam-se surpresas, previnem-se perdas. 
  5. Aumentar capital disponível. É possível aumentar o capital com base na segurança de transformar as vendas a crédito em ativos, podendo, em alguns casos, contar com melhores taxas). 
  6. Maior competitividade no exterior. Este seguro fornece condições mais competitivas, nomeadamente através do suporte de informação, que sustentará o aumento das vendas nos mercados externos. 
  7. Maior eficácia na gestão do crédito. Através do acesso a uma equipa especializada na prevenção e recuperação de créditos, os departamentos de crédito das empresas passam a contar com uma ajuda extra.  
  8. Gerir a concentração do risco. Esta ferramenta também foi desenvolvida a pensar na melhor forma de monitorizar a evolução dos riscos, por isso, as empresas podem seguir constantemente a performance dos seus parceiros. 
  9. Otimizar relação com clientes. As empresas também podem aumentar a competitividade através da qualidade das suas relações comerciais, assim estejam garantidas as condições de crédito desejadas.  
  10. Aliviar stress e pressão. Riscos cobertos e pagamentos garantidos... tudo aquilo que, idealmente, permitirá a qualquer empresário “dormir descansado”.
mãos de duas pessoas sentadas numa secretária a analisar folhas e um tablet

Onde fazer? Estas entidades públicas podem ajudar 

A oferta é ainda muito restrita em Portugal. A par de especialistas privadas (como a Crédito Y Caución, Cesce e Coface), a COSEC - Companhia de Seguros de Crédito, SA é a entidade mandatada pelo Estado, que gere os seguros de crédito para as PME (micro, pequenas médias empresas) mas também para as grandes empresas e multinacionais. A seguradora, especialista nos ramos do crédito e caução, disponibiliza soluções de apoio à gestão e controlo de créditos no mercado interno e externo. É também responsável pela cobertura e gestão dos riscos de crédito, caução e investimento, principalmente para países de risco mais agravado. 

Além das ferramentas para evitar perdas previsíveis e do auxílio técnico, detém um conjunto de seguros de crédito caracterizados por uma oferta Standard (seguros de crédito com garantia do Estado), e por um Programa Capitalizar Mercados Externos (programa vocacionado para a internacionalização). 

Outra das entidades a que as empresas podem recorrer é a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI). No portal do financiamento do IAPMEI é possível consultar soluções integradas de financiamento e seguros de crédito. A agência pública, sob tutela do Ministério da Economia, assume a promoção da competitividade e crescimento empresarial, e ainda a gestão de apoios públicos e financiamento para a inovação e o empreendedorismo. 

No referido portal online, as empresas podem ainda realizar uma simulação, e mediante a oferta existente nesse momento, é possível consultar os requisitos e toda a informação útil de cada seguro. Informação esta que detalha o seu objetivo, beneficiários, operações elegíveis e não elegíveis, condições de elegibilidade do beneficiário, cobertura do seguro, riscos cobertos e entidades a contactar. 

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Incumprimento: Outras formas de diminuir o risco 

Para além do seguro de crédito, as empresas contam com outras ferramentas para diminuir os riscos decorrentes do crédito, nomeadamente, o Auto Seguro, o Factoring e as Cartas de Crédito. 

Auto Seguro é uma reserva para situações peculiares, compensando o défice, caso alguns clientes não consigam cumprir com as obrigações. Contudo, afeta outras áreas de custo, designadamente, investimentos em recursos de gestão de crédito, sistemas e aquisições de informação, análise e monitorização; impacto nas vendas e na afetação de capitais. Regra geral, não conta para perdas grandes e inesperadas. 

Factoring é um mecanismo financeiro que pode ser usado em caso de dificuldade de gestão da tesouraria e consiste na aquisição de créditos de curto prazo (faturas), resultantes do fornecimento de bens ou serviços. Este instrumento permite às empresas ter um acesso direto ao capital, em troca de uma percentagem dos créditos assumidos, acrescido de uma taxa.   

Carta de Crédito é um acordo do banco para garantir que o pagamento de uma obrigação do comprador será realizado dentro do tempo e valor determinados. Nesta situação, o comprador tem de solicitar ao banco esta solução, que tem a desvantagem de reduzir a sua capacidade de empréstimo. Caso se refira a mercados em desenvolvimento, pode ser necessário garantir dinheiro. 

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