O inquérito ao consumo de energia do setor doméstico, que inclui os combustíveis usados nos transportes, mostra que, em 2020, a fatura energética por habitação foi de 1.925 euros. Nesse sentido, os dados do Instituto Nacional de Estatística evidenciam uma tendência de redução do consumo (30%), apesar da fatura ter subido 4,4%. Isto quando comparado com o último inquérito, realizado em 2010.
Ainda que o INE ressalve que as condicionantes da pandemia poderão ter afetado os comportamentos no consumo de energia, sublinha que os resultados “parecem estar em linha com as tendências(...) nomeadamente o aumento dos pesos relativos da eletricidade e do gás natural nos consumos domésticos de energia e a existência de ganhos de eficiência, em parte associados ao tipo de equipamentos utilizados”.
Transporte representa quase metade da fatura
Assim, em 2020, o consumo total de energia no setor doméstico foi de 4.895.423 tep (tonelada equivalente de petróleo), sendo que o consumo de energia do transporte individual representou 45,6% do total.
Já a eletricidade continua a ser a principal fonte de energia consumida no setor doméstico ( 46,4% do consumo total), seguindo-se a biomassa, com um peso de 18,4% no consumo total de energia nas habitações. A expansão da rede de Gás Natural em Portugal ditou o crescimento de quase 10% , enquanto o GPL o gasóleo de aquecimento e o solar térmico continuam com uma expressão reduzida, apesar do consumo de energia solar térmica quase ter triplicado.
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Fatura energética é maior na cozinha
Dentro de casa, a cozinha concentra a maior parte do consumo global de energia (34,8%), seguindo-se o aquecimento de águas (22%) e os equipamentos elétricos (21,4%). Porém, o consumo de energia para o aquecimento do ambiente ficou-se por 19,1% do consumo total.
Do lado dos transportes, e à semelhança do que aconteceu em 2010, o gasóleo foi o principal combustível consumido pelo transporte das famílias, com um peso superior a 70%, enquanto o consumo de gasolina ficou abaixo dos 30%.
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