Começar por construir um fundo de emergência, de forma a amenizar o efeito de despesas inesperadas, é um bom princípio de gestão e poupança. No entanto, nem sempre o dinheiro disponível neste pé de meia é suficiente. Saiba identificar alguns dos sinais que indicam que necessita de aumentar o seu fundo de emergência.
Cartões de crédito para pagar emergências
Se atualmente tem a necessidade de recorrer a cartões de crédito para pagar imprevistos, então está diante de um sinal claro que deve aumentar o seu fundo de emergência. Por vezes, não queremos "tocar nas nossas poupanças". Seja porque lhe custou imenso a poupar, ou porque ainda é um valor pequeno. No entanto, esta relutância acaba por levá-lo a tomar decisões financeiras que não vão ser favoráveis a longo prazo. O facto de recorrer a um cartão de crédito para "não sentir tanto o peso dos pagamentos" leva-o a perder dinheiro. Além disso, coloca-se numa posição frágil, em que se falhar o compromisso, tem de pagar juros e outras penalizações. Para evitar esta situação, deve colocar como prioridade uma poupança mensal, de forma a aumentar consideravelmente o seu fundo de emergência. Caso contrário, sem haver um aumento de rendimentos, vai perpetuar a necessidade de recurso a crédito para pagar despesas.
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Necessidades educativas dos seus filhos
Muitas vezes, ao longo da educação de um filho, pode ser preciso recorrer ao serviço de explicações sobre determinadas disciplinas. Atualmente, existem 244 mil alunos que usufruem destes serviços, sendo que 70% recorrem a explicadores particulares. Tendo em conta que todos estas despesas inesperadas são consideráveis, o seu fundo de emergência deve contemplá-las. E, ao contrário de despesas imediatas, em que só paga uma vez, as explicações são algo periódico. Por essa razão, pode existir a necessidade de fazer um sacrifício mensal para conseguir atender às necessidades educativas do seu filho. Se o seu fundo de emergência atual não lhe permite dispor dessa quantia mensal, então também está na altura de aumentar as suas poupanças.
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Preocupação com eventual desemprego
Um fundo de emergência não só o protege de despesas inesperadas, como o ajuda a garantir que consegue pagar as suas contas atuais, caso fique de repente sem rendimentos. Por essa razão, se estiver na eminência de perder o seu emprego atual, contribuir para um fundo de emergência deve tornar-se uma prioridade. Numa situação de emergência, ter uma quantia que lhe dê segurança financeira durante, pelo menos, seis meses sem rendimentos, é uma mais-valia. Assim, consegue manter-se minimamente estável durante esse período, sem quaisquer dívidas ou recurso a crédito para pagar contas, até encontrar um novo emprego.
Se mesmo depois de obter esse pé de meia, não se sentir confortável, então significa que, provavelmente, necessita de contribuir mais para o seu fundo de emergência. A quantia deste fundo varia de caso para caso, dependendo das despesas atuais que tenha, facilidade ou não de encontrar um novo emprego, responsabilidades que não pode falhar, entre outras razões. Por isso, se o seu pé de meia atual ainda o preocupa, está na hora de fazer esforços para aumentar a sua almofada financeira.
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Não consegue suportar um ligeiro aumento da renda
Outro sinal que indica que o seu fundo de emergência não tem a dimensão suficiente para albergar as suas despesas, é o facto de não conseguir suportar um ligeiro aumento de renda. A necessidade de ter de procurar repentinamente outra habitação pode ser stressante. Por exemplo, no ano de 2020, as rendas subiram 5,5% comparativamente com o ano anterior. Por isso, o facto de não conseguir suportar uma mensalidade ligeiramente superior deve ser entendida como um sinal de que o seu pé de meia necessita de ser reforçado. Caso contrário, estes pequenos ajustes na renda podem colocá-lo numa situação complicada.
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Fugir do incumprimento
Um fundo de emergência, além de cobrir despesas inesperadas, tem como objetivo garantir que não entra, em qualquer circunstância, em incumprimento. Muitas vezes, devido à falta de poupanças, existe um recurso ao crédito para pagar despesas, provocando um aumento considerável do endividamento das famílias. Por isso, se os imprevistos que teve ultimamente excedem o seu pé de meia, é altura de aumentar as suas contribuições. Isso significa que o fundo de emergência ainda é demasiado pequeno para abarcar uma despesa inesperada, tendo em conta o seu estilo de vida.
Como sugestão, comece por poupar todos os meses uma percentagem do seu rendimento, de forma a atingir uma quantia que cubra cerca de três meses de despesas. Por exemplo, imagine que o seu rendimento mensal se situa nos 800 euros. Se as suas despesas mensais forem de 500 euros e conseguir contribuir com 10% do seu rendimento (80 euros) todos os meses para esse fundo, então vai demorar 1 ano e meio para atingir a referida almofada financeira (1500 euros). Pode parecer muito tempo, mas este esforço vai trazer-lhe mais segurança e capacidade para aguentar "dias chuvosos".
Depois de ter esta almofada financeira, deve focar-se no segundo objetivo: aumentar essas poupanças para que alberguem seis meses de despesas. Como já atingiu o primeiro objetivo, a questão da disciplina financeira necessária já não se coloca, pois já se acostumou a contribuir mensalmente para esse fundo. Assim, progressivamente vai melhorando a sua estabilidade financeira e boas práticas de finanças pessoais.
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Dependência apenas de uma fonte de rendimento
Caso pertença a um agregado familiar, no qual o seu rendimento é a única entrada de dinheiro, então a contribuição mensal para um fundo de emergência torna-se prioritário. Isto porque não pode contar com outro rendimento caso perca o seu emprego ou para fazer face a uma despesa inesperada. Por isso, deve focar-se em contribuir mensalmente para o seu pé de meia, de forma a ter uma quantia suficiente para abarcar com despesas durante três a seis meses. Se com apenas um rendimento não conseguir poupar o necessário, então deve considerar se um trabalho extra não lhe traz uma maior estabilidade financeira. Em tempos incertos, ter uma boa almofada financeira pode fazer toda a diferença entre conseguir sustentar todas as suas responsabilidades, ou colocar-se numa posição de incumprimento.
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Constantemente preocupado com dinheiro
Um fundo de emergência tem como objetivo tranquilizá-lo e garantir a sua segurança financeira em situações imprevisíveis. O facto de saber quanto dinheiro tem disponível para estas fatalidades torna tudo mais simples de resolver. No entanto, toda esta tranquilidade e segurança só são possíveis se o seu fundo de emergência for grande o suficiente. Especialmente, se esse pé de meia atender às despesas indispensáveis durante alguns meses. Por isso, se se encontra constantemente preocupado com ter ou não dinheiro para salvaguardar estas situações, deve aumentar a quantia atualmente disponível no seu fundo de emergência.
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Sem margem para imprevistos
Um estudo do Eurostat, concluiu que, em Portugal, cerca de 33% das famílias não têm capacidade para fazer face a imprevistos. Ter a capacidade de pagar despesas pequenas, como uma mudança de óleo no seu automóvel ou um microondas novo, não deixa de ser uma coisa boa. No entanto, muitas vezes não é suficiente. Se tiver uma despesa inesperada mais elevada, como por exemplo um cano que rebentou em sua casa ou um problema elétrico, pode já não conseguir pagá-la e ficar numa posição complicada. Se sentir que esta realidade se encaixa no seu caso, então deve começar já a construir ou a aumentar as suas contribuições para o seu fundo de emergência. Assim, consegue garantir que, em caso de ter de recorrer às suas poupanças, os seus compromissos mantêm-se inalterados.
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