Poupar, numa altura em que as condições salariais não são as melhores e a inflação continua a pressionar o preço dos produtos nos supermercados, pode ser uma missão complicada de cumprir. No entanto, existem formas bastante simples de se organizar e conseguir economizar. Conheça alguns truques e dicas que podem ajudar.
1 - Aproveite a luz do dia para poupar na eletricidade
A par da renda ou prestação do crédito à habitação, e da alimentação, a eletricidade é uma das maiores despesas das famílias portuguesas. Em média, os portugueses gastam cerca de 751€ anuais com a fatura da eletricidade, o que se traduz em, aproximadamente, 63€ por mês. No entanto, pode tentar reduzir este valor.
Apesar de exigir um investimento inicial, pondere, por exemplo, mudar para lâmpadas LED em casa. Pode poupar uma quantia significativa no final do ano se decidir renovar as suas lâmpadas. De forma similar, se os seus eletrodomésticos são antigos, então o mais certo é que sejam pouco eficientes. Embora produtos mais eficientes tenham um custo inicial superior, a médio e longo prazo as poupanças mensais fazem a diferença.
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2 - Compre em maiores quantidades nas promoções
Esta dica é uma das mais eficazes para poupar a longo prazo. Inicialmente, pode parecer-lhe que está a gastar muito dinheiro, o que na verdade, até está correto. No entanto, ao comprar em maiores quantidades e a um custo reduzido comparativamente com o preço inicial, não compra o produto ao preço incial, mais alto. Além disso, garante que não precisa de se dirigir ao supermercado tantas vezes.
Por exemplo, no caso dos produtos de higiene, quando têm um desconto significativo, faz sentido comprar mais unidades. Assim, consegue armazenar um produto tendencialmente caro e, provavelmente, não vai necessitar de comprar o produto ao preço original.
Isto, assumindo que repete este processo. Sempre que exista um produto que deseja a um preço bastante acessível, compre em maiores quantidades para durar até à próxima vez que o preço baixar. Quando efetivamente o preço se encontrar com uma boa promoção, compre novamente em maiores quantidades e repita o processo.
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3 - Tome o café da manhã antes de sair de casa
Apesar de poder ser tentador tomar café fora de casa, sobretudo quando vai a caminho do trabalho, no entanto, estas despesas diárias, ainda que pareçam ínfimas, a médio prazo, podem representar centenas de euros.
Por exemplo, se tomar um café todos os dias antes de ir para o trabalho, vai custar-lhe cerca de 16,5€ ao final do mês (para 22 dias de trabalho e se o café custar 0,75€). No final do ano, neste ato simples, vai ter uma despesa de 200€. Se tiver o hábito de também tomar um café depois do almoço, vai gastar o dobro, perfazendo um total de 400€.
Assim, para poupar, tente criar o hábito de tomar café em casa. Pode mesmo levar o café que fez de manhã para o trabalho e, assim, já não necessita de gastar mais.
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4 - Leve o almoço para o trabalho para poupar nas refeições
Da mesma forma que levar o seu café feito em casa para o trabalho é uma boa prática, o mesmo se aplica para o almoço. Ainda que tenha direito ao subsídio de alimentação, pode poupar parte deste valor se levar almoço para o trabalho.
O valor máximo diário isento de tributação em cartões de refeição para o subsídio de alimentação situa-se nos 7,63€. Para efeitos de exemplo, vamos considerar este valor diário. Para um mês com 22 dias de trabalho, tem direito a 167,86€. Se, ao invés de levar marmita para o trabalho, decidir almoçar fora, muito provavelmente não vai conseguir economizar sequer uma parte deste valor. Se a comida feita em casa lhe custar, em média, 3,5€ por refeição, vai economizar 90,86€. Ao final do ano, poupa cerca de 1000€ só com o subsídio de alimentação.
A somar a isto, além do fator financeiro, deve também ter em atenção a sua saúde, já que pode sempre fazer opções mais saudáveis e adequadas às suas necessidades. Por isso, opte por proteger a sua saúde e a sua carteira e faça o 'esforço' de levar o almoço para o trabalho.
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5 - Pague as suas compras em dinheiro
Ver o dinheiro a sair da carteira, ao contrário de "apenas" passar o cartão no terminal de pagamento, pode fazer uma diferença significativa. Com as tecnologias mais recentes, basta até encostar o cartão e nem o código pessoal precisa de inserir.
Embora estas novas tecnologias tragam vantagens, podem também retirar o chamado "peso na consciência" quando se gasta muito dinheiro. Por isso, se para si é difícil manter a disciplina financeira necessária para não fazer compras por impulso, opte pelos métodos tradicionais.
Levante sempre primeiro o dinheiro de que precisa, e estabeleceu para os seus gastos, e só depois siga para as lojas.
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6 - Negoceie para poupar no seu tarifário de telemóvel
Atualmente, existem diversos tarifários e redes disponíveis no mercado. Cada um tem as suas vantagens e serviços extra, mas pondere se precisa de tudo o que está disponível. Embora a grande maioria dos tarifários já ofereçam determinados serviços, o que já por si pesa na fatura, existem alguns mais básicos que pode aproveitar. Logo, de forma a aumentar as suas poupanças, avalie o que realmente necessita e procure um tarifário que vá de encontro unicamente às suas necessidades.
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7 - Automatize as suas poupanças
A automatização também pode ajudá-lo a poupar todas as semanas. Ou seja, defina um determinado valor para ser transferido da sua conta à ordem para a sua conta poupança. Assim, não tem de se preocupar em gerir manualmente esta operação.
Por exemplo, na primeira semana pode definir que será transferido 1€ da sua conta à ordem para a poupança. Depois, na segunda semana, transfere 2€ e vai aumentando a sua contribuição todas as semanas até ao final do ano. Isto significa que, por cada semana, vai poupar o valor equivalente ao número dessa semana. Este desafio é conhecido por "Desafio das 52 semanas" e já tem adeptos em todo o mundo.
A grande vantagem deste desafio é que, quase sem aperceber, está a poupar quase 1400€ por ano. Se para si não for possível fazer aumentos de um euro por cada semana, tente com aumentos de 50 cêntimos. Mesmo com essa pequena quantia, vai chegar ao final do ano com mais 689€ no seu pé de meia. Pode parecer pouco num ano, mas não se esqueça que o contributo semanal é simbólico. Mesmo assim, consegue poupar uma quantia considerável que pode ajudar a resolver uma emergência.
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