Hoje em dia, os jovens ficam até mais tarde a morar na casa dos pais. Adiam cada vez mais o momento de morar sozinhos. Apesar das vantagens na independência, esta é uma decisão que implica gastar algum dinheiro. Por isso, os jovens ficam mais tempo a morar na sua casa de família, enquanto tentam juntar dinheiro para avançar com esta decisão. Porém, é possível fazê-lo mesmo com um orçamento reduzido.
Morar na periferia ou centro da cidade?
A primeira decisão a tomar quando pensar em ir morar sozinho, é a localização. Morar na periferia das cidades tem as suas vantagens e desvantagens, mas o mesmo acontece em qualquer centro urbano.
As periferias das cidades, são locais afastados de centros urbanos. A principal vantagem de morar nestes locais é que quanto mais longe se encontrar de um centro urbano, maior será a descida no preço das casas. Na verdade, existe uma grande diferença entre os preços do imóveis que dependem, de facto, da zona em que escolhe morar. Muitas pessoas trabalham e estudam no centro urbano, mas vivem nas periferias para ter menos despesas ao nível da habitação.
Porém, também existem as desvantagens. Em primeiro lugar, se vai precisar de se deslocar para o centro da cidade todos os dias, esta pode não ser a decisão mais acertada para si. Apesar da habitação ser mais barata, vai ter mais despesas a nível de transporte. Pode até ter de fazer uso do carro, caso existam poucos transportes públicos ou horários compatíveis com o que precisa. Outra desvantagem é que algumas destas zonas realmente só foram pensadas para dormir, logo pode até ter de se deslocar quando precisar de algum serviço ou simplesmente para usufruir de atividades de lazer.
Por sua vez, morar no centro da cidade é uma decisão mais cara a nível de casa, mas tem tudo aquilo de que precisa a uma curta distância e transportes disponíveis a qualquer hora para o levar onde precisar.
Asim, tem de pensar bem e pesar as suas necessidades e os prós e os contras das duas zonas para encontrar aquela que se ajusta melhor ao seu orçamento.
Casa com ou sem mobília para um orçamento reduzido?
Muitas pessoas optam por arrendar em vez de comprar casa, tendo em conta as despesas acrescidas de comprar. Quando se trata de arrendar, um aspeto a ter em conta é a mobília. Existem algumas vantagens em escolher uma casa já mobilada.
Se não tem dinheiro disponível para investir de imediato em mobília, então uma casa mobilada é a melhor opção. Esta vantagem é ainda maior se apenas quiser habitar por um curto período de tempo, uma vez que não vai precisar de transportar os móveis de uma casa para a outra ou até mesmo ter de os vender porque não se ajustam ao novo espaço.
Existem duas alternativas no que toca à mobília. Pode procurar por uma casa já completamente mobilada, em que não vai precisar de investir em nada mais que acessórios de cozinha, por exemplo, ou então por uma semi-mobilada.
Uma das desvantagens de uma casa já mobilada é não poder escolher de acordo com os seus gostos e ter de haver um cuidado acrescido, uma vez que qualquer descuido pode implicar perder o valor da caução. Uma casa semi-mobilada junta a vantagem de não ser preciso investir uma grande quantia de dinheiro no início, mas existe a possibilidade de comprar alguns artigos à medida que lhe faz sentido. Assim, quem vai morar sozinho pela primeira vez deve procurar casas que têm eletrodomésticos como frigorifico, fogão, forno e máquina de lavar roupa. São equipamentos de que vai precisar de imediato e implicam despesas algo avultadas.
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Comprar artigos sem gastar todo o seu orçamento
Ao mudar para uma nova casa, principalmente se estiver sair de casa dos seus pais para morar sozinho, existem sempre alguns artigos que vai precisar de comprar. Podem ser artigos mais simples e baratos, como por exemplo loiça e utensílios de cozinha, ou artigos um pouco mais caros como algum eletrodoméstico ou mobília.
Existem alguns passos que pode seguir para não gastar todo o seu orçamento. Primeiro, faça uma lista dos artigos que precisa e pense que não tem de comprar tudo imediatamente. Priorize os artigos que são mesmo urgentes e deixe para último aqueles que pode ir comprando ao longo do tempo. De seguida, procure em diferentes lojas os mesmos artigos para comprar preços e encontrar campanhas promocionais.
Porém, existe ainda a opção de comprar estes artigos em segunda mão. Muitas vezes os artigos em segunda mão encontram-se em bom estado e a grande vantagem são os preços mais baixos em comparação com artigos novos. Ao comprar móveis em segunda mão também está a contribuir para uma redução do consumo e uma produção mais sustentável.
Já existem grandes superfícies que têm uma secção com produtos usados, como é o caso do IKEA. Existem ainda algumas lojas de segunda mão como Mobiliário com História, SELIO e Em Segunda Mão.
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Poupar nos serviços essenciais
Para quem vai morar sozinho, o valor das despesas de serviços essenciais como a água, eletricidade, gás e telecomunicações pode ser um "choque". Porém, é possível diminuir estes custos para se ajustarem ao seu orçamento.
Começando pelas telecomunicações, deve escolher o plano mais adequado e que nem sempre é o mais completo. Tem de avaliar o que precisa. Se precisa de uma internet mais rápida, quantos canais lhe faz sentido ter, se quer adicionar a o seu tarifário de telemóvel e se precisa de telefone fixo. Depois de saber exatamente aquilo de que precisa deve começar a procurar os diferentes planos de cada companhia de telecomunicações. Precisa de comprar os diferentes planos e as diferentes empresas.
No que toca às despesas de água, eletricidade e gás, existem vários aspetos a ter em conta. A melhor forma de poupar nestas despesas é ter atenção ao consumo. Procure ter hábitos sustentáveis, ou seja, não deixar luzes ligadas, não deixar a torneira a correr enquanto lava os dentes e tomar banhos mais curtos.
Contudo, ainda existem alguns aspetos que pode repensar relativamente ao gás e à eletricidade. Procure companhias de fornecimento que tenham preços mais baixos ou que ofereçam algum tipo de descontos. Pode ainda alterar a potência e o tipo de tarifa do seu contrato de eletricidade.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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