Comprar um novo computador, telemóvel, consolas ou outros dispositivos eletrónicos pode envolver uma disponibilidade financeira elevada. A solução muitas vezes “oferecida” pelos comerciantes para facilitar a compra é o pagamento em prestações. No entanto, neste processo é muito importante ler todas as condições contempladas nas “letras pequeninas” para não encontrar custos indesejados. Saiba quais os cuidados a ter neste processo e conheça ainda uma alternativa às tão atrativas prestações.
Sem juros pode não significar sem comissões
“Sem juros” é um dos chavões usados em muitas campanhas publicitárias para a compra de tecnologia. Á primeira vista parece muito aliciante. A possibilidade de dividir o custo da compra em três ou mais partes, sem ter encargos adicionais com isso, é tentador. Mas acontece que sem juros pode não significar sem comissões.
Para poderem oferecer a possibilidade de parcelamento do pagamentos, os comerciantes estabelecem parcerias com entidades financeiras. O cliente, ao aderir a esta solução passa, também passa a ser cliente destas entidades e, em alguns casos, tem que suportar custos de formalização do contrato ou de processamento mensal do pagamento. Vejamos o seguinte exemplo: um computador pode custar 600 euros e ser pago em 10x sem juros, o que significaria um encargo mensal de 60 euros. No entanto, o cliente pode ter que suportar, a título de exemplo, 10 euros de comissão de formalização e 2 euros mensais para processamento do pagamento. No final do 10 meses o cliente terá pago 630 euros (600 euros do computador + 30 de comissões).
Para não encontrar estes gastos inesperadamente, deve consultar a TAEG (taxa anual de encargos efetiva global) que reflete a percentagem destes custos extra. Assim saberá exatamente quanto estará a pagar a mais pelo objeto que quer comprar, se o fizer na modalidade de prestações.
Cuidado com os incumprimentos de prazos de pagamento
Os pagamentos destas prestações são bastante rigorosos e pressupõem penalizações elevadas em caso de atraso no pagamento. Por norma essas penalizações são contabilizadas ao dia e em apenas alguns dias pode somar-se um valor quase tão elevado quanto o custo do próprio produto. Deve consultar o preçário e estes custos mesmo antes de formalizar a compra e evitar ao máximo atrasar o pagamento. Dica prática: assinale no calendário a data de pagamento da prestação ou o dia anterior para garantir que tem saldo suficiente para que esta seja processada sem problemas.
Pondere a poupança como alternativa à compra de tecnologia em prestações
Se tiver disponibilidade para aguardar alguns meses pela compra e juntar o valor necessário para a fazer, talvez seja mais benéfico do que avançar para a mesma sem disponibilidade financeira e hipotecar parte dos rendimentos com esse novo encargo nos meses seguintes. O pagamento a pronto permite uma melhor gestão do orçamento pessoal e familiar, porque tem impacto apenas num momento, permitindo um equilíbrio mais rápido das contas.
Voltando ao exemplo: em vez de comprar o computador e ficar a pagá-lo durante 10 meses, pondere fazer um esforço adicional durante metade do tempo para juntar o valor necessário e compre-o a pronto. Ou seja: durante 5 meses procure poupar e colocar de parte 120 euros e no fim desse período, compre o computador sem mais preocupações.
Conseguir essa folga para a poupança pode ser um verdadeiro desafio, mas comece por enumerar as despesas fixas e veja onde pode reduzir, renegociar ou mesmo cortar. Outra opção pode ser a consolidação de créditos: se tem crédito pessoal, crédito automóvel ou pagamentos mensais cartões de crédito, pondere uni-los num só e conquistar a folga desejada. Esta pode ser uma alternativa à compra de tecnologia em prestações mais saudável para a sua carteira.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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