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Tenho duas propostas de emprego: qual é a melhor?

Descubra neste artigo o que deve ter em conta quando compara propostas de emprego.

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Tenho duas propostas de emprego: qual é a melhor?

Descubra neste artigo o que deve ter em conta quando compara propostas de emprego.

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, quer para empresas, quer para profissionais. Com a taxa de desemprego a baixar e cada vez mais profissionais qualificados no mercado, em muitas indústrias são as empresas que se deparam com dificuldades no momento de contratar.

Os melhores profissionais são frequentemente abordados com propostas aliciantes. Muitos, em momentos de escolha entre duas propostas de emprego, sentem dificuldade em decidir o seu futuro com base na pouca informação que têm.

O que devemos ter em conta quando comparamos propostas de emprego? O Doutor Finanças traz-lhe um pequeno resumo dos principais pontos a avaliar. Assim, poderá tomar a decisão da forma mais benéfica para o seu futuro profissional.

Compare o salário e os extras

Muitas pessoas lhe dirão que o dinheiro não é tudo, e têm razão. No entanto, muitas vezes, o principal fator que leva um profissional a ponderar uma mudança de emprego é a insatisfação com o salário. É muito comum que os recrutadores apresentem pacotes salariais compostos não apenas pelo salário base, mas também por extras (para além do subsídio de alimentação).

Estes extras podem ter vários formatos, desde prémios de produtividade a subsídios de risco. Estas remunerações acessórias dependem sempre da profissão, tarefas inerentes, acordo coletivo de trabalho, etc. Ao ponderar uma oferta, é importante que não veja o pacote salarial apenas como um todo. Deve refletir sobre o impacto que esse pacote terá nas suas finanças atuais e no futuro (em termos de carreira contributiva, por exemplo).

Faça as contas ao salário líquido. E pondere a possibilidade de fazer um Plano Poupança Reforma para complementar os descontos para a Segurança Social. Assim, poderá garantir maior estabilidade económica na reforma.

Pergunte-se para onde (e como) vai?

O segundo fator a ter em conta é a localização física da empresa que lhe fez a proposta. Imagine que recebeu uma proposta com condições muito mais vantajosas do que aquelas que tem hoje. O único senão é que, em vez de 30 minutos de trajeto diário para chegar ao seu local de trabalho, terá de fazer mais de uma hora. Será que compensa?

Pergunte a si mesmo que alterações terá de fazer na sua vida para se adaptar a esta nova realidade. Terá de passar a ir de transportes? Existe uma rede completa de transportes para o levar de casa ao trabalho? Quanto pagará, mensalmente, pelo passe?

Por outro lado, se o único meio disponível para chegar ao novo destino de trabalho é o automóvel, some todos os gastos inerentes a este meio de transporte. Isto inclui combustível, portagens, estacionamento, desgaste do carro e consequente aumento de revisões mecânicas… Se, ainda assim, achar que compensa, vá em frente!

Leia ainda: Como otimizar o uso de combustível (e poupar dinheiro!)

objectivos de trabalho

Cultura, valores e missão… São assim tão importantes?

Este é um aspeto frequentemente esquecido por quem procura um novo emprego. As condições salariais, as tarefas e o cargo e todos os outros aspetos inerentes ao novo emprego são obviamente importantes. Mas também o é a cultura da empresa! A missão e os valores da empresa refletem um pouco do ambiente diário que se vive na mesma. Mas também a forma como os profissionais trabalham e de como a própria empresa atua no mercado.

Valores como, por exemplo, a flexibilidade de horários e a avaliação pela produtividade são cada vez mais importantes para trabalhadores e empresas. Por isso mesmo, muitas empresas têm vindo a adotar políticas de flexibilidade. Estas estendem-se às horas de entrada e saída (ausência de um período fixo de trabalho), à possibilidade de trabalhar de forma remota e de tirar dias de folga (remunerados ou não) para tratar de assuntos pessoais.

Uma empresa com políticas de flexibilidade será, à partida, uma empresa com uma cultura de compromisso e produtividade. Isto quer dizer que o que é avaliado não é o número de horas que passa sentado no escritório, mas os resultados que o seu trabalho produz.

Se estiver em dúvida entre duas propostas de trabalho, investigue a cultura das empresas através dos websites corporativos da empresa. Mas explore também contactos de pessoas que trabalhem ou já tenham trabalhado na mesma e de websites como o Glassdoor (onde pessoas de todo o mundo partilham as suas experiências nas mais diversas empresas).

Questione até onde pode chegar?

Como profissionais, gostamos de aprender e de fazer cada vez mais e melhor. Naturalmente, gostamos de desafios. Por isso, é importante que, ao analisar duas propostas de emprego diferentes, também avalie a oportunidade de progressão de carreira. Empresas multinacionais podem oferecer uma progressão mais rápida e internacional.

Por outro lado, empresas nacionais podem oferecer maiores desafios. Ambos os cenários podem ser benéficos e não existem escolhas erradas. Apenas cenários que se podem (ou não) adaptar melhor ao seu perfil, necessidades e desejos.

Antes de avaliar as propostas, faça uma auto-análise. Onde gostaria de estar, em termos profissionais, daqui a 2 anos? Quais são as suas ambições? Está preparado para aceitar uma carreira internacional, mesmo que isso implique viver no estrangeiro? Gosta de estar constantemente em viagem, ou prefere um emprego que lhe permita uma maior estabilidade em termos de localização?

Decidir sem pressas

Leve o seu tempo a decidir. Não queremos com isto dizer, obviamente, que poderá passar meses a pensar nas propostas de emprego. Contudo, a maioria das empresas e recrutadores compreendem a necessidade de pesar todos os benefícios e desvantagens, pelo que também poderá contar com a compreensão para reservar algum tempo até à decisão.

Não se esqueça de que uma mudança é sempre uma mudança. Irá precisar de tempo para se adaptar ao novo trabalho, novos chefes, novos colegas. Levará algumas semanas a encontrar o seu espaço e a sentir-se confortável na sua nova posição. Este período de adaptação é expectável e saudável. Peça ajuda aos novos colegas e não tenha medo de perguntar! Afinal, também eles já estiveram na sua posição.

Se já pesou todos os prós e os contras e está seguro da sua decisão, vá em frente! Abrace um novo desafio. Quem sabe senão irá mudar o rumo da sua vida?

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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