Está a ponderar mudar de emprego, mas tem muitas dúvidas? Há uma série de questões que deve ponderar antes de o fazer. É que além do impacto que a mudança pode ter nas suas finanças pessoais e familiares, esta mudança terá grande influência em aspetos menos mensuráveis, como a concretização e o bem estar no dia a dia. Afinal, são, em média, 8 horas diárias dedicadas à atividade profissional.
Pegue num papel e numa caneta e anote os vários pontos sobre os quais deve refletir. Faça o exercício dos prós e contras. Ou simplesmente leia e guarde este artigo para voltar a ele quando necessário.
Reflita sobre o seu percurso profissional
A mudança de emprego é um novo passo em frente no percurso profissional. Ou pelo menos é assim que deve ser encarado. Por isso, antes mesmo de analisar as características da nova oportunidade ao detalhe, pense numa perspetiva macro. Este novo passo faz sentido no percurso profissional que fez até agora e que quer continuar a fazer?
Não espere que o colaborador de Recursos Humanos lhe faça esta pergunta, antecipe-se e responda para si próprio: onde quer estar daqui a 5 ou 10 anos? Este passo está na mesma direção do lugar onde vai querer estar? É importante estar certo destas respostas quando tomar a decisão de mudar de emprego.
Quais podem ser as alterações no cenário financeiro ao mudar de emprego?
Sabe, com certeza, quais são as suas despesas fixas e quais são os valores alocados mensalmente a projetos de curto, médio e longo prazo. Sabe, portanto, qual o valor mínimo que pode aceitar enquanto proposta de salário pelo novo empregador. Se precisa de rever estas contas, veja neste vídeo como fazer um orçamento pessoal.
Considere uma evolução também neste campo. Negoceie de forma a que possa acrescentar mais receita no seu orçamento, mas considere também outras remunerações acessórias. Utilize o Simulador de Salário Líquido do Doutor Finanças, para saber o valor exato que chegará à sua conta todos os meses.
E outras condições?
Juntamente com a proposta financeira, deve analisar outras condições oferecidas pelo potencial empregador, como os subsídios de alimentação, de transporte ou os seguros de saúde, de vida, vales-infância, planos PPR. Tudo isto são remunerações que, não sendo diretas, podem refletir uma carga menor nas suas despesas mensais. Deve, por isso, analisá-las cuidadosamente e incluí-las na equação dos prós e contras para um novo emprego.
Saiba o que são remunerações acessórias e como geri-las.
Identifica-se com a empresa?
Por último, mas não menos importante: procure conhecer a empresa em questão. Por vezes o foco está apenas no campo financeiro, mas deve ser dividido também por este lado mais “emocional”. Cada vez mais a identificação com a empresa e com os seus valores pesa nas decisões de mudança de trabalho. Procure conversar com alguém que já ali trabalha há mais tempo (através do LinkedIn, por exemplo). Questione sobre o ambiente de trabalho, as dinâmicas, as "atividades" promovidas e - se possível - sobre a cultura organizacional. O objetivo é que seja feliz no novo desafio, que se sinta motivado e integrado. Se isso não acontecer, não haverá salário atrativo que o faça manter a vontade de continuar ano após ano. Seja realista e sincero consigo próprio.
Se depois destas reflexões o balanço para a mudança é positivo, avance!
Integre esta nova oportunidade de emprego, numa nova fase das finanças pessoais. Muito sucesso!
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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