Um dos problemas que surgiu quando as empresas adotaram o trabalho remoto foi o “excesso de comunicação síncrona, excesso de ferramentas de comunicação”, admite Gonçalo Hall, fundador do Remote Work Movement. As empresas passaram a utilizar duas a três ferramentas para comunicar e Gonçalo Hall defende que só se deve utilizar uma. Já "as empresas 100% remotas abraçaram a comunicação assíncrona".
Outro conselho que dá para que a comunicação seja assíncrona é a necessidade de documentação. "A criação de documentação e gestão de comunicação acaba por ser essencial". Ligado a isto, explica, está o facto de ter de haver uma medição de produtividade em vez de uma medição de horas. "Nós queremos medir o fluxo de produtividade, queremos que as pessoas sejam produtivas e para serem produtivas têm de reduzir o fluxo de comunicação."
Por fim, é importante "reeducar as empresas que a cultura não tem de acontecer dentro dos escritórios". Gonçalo Hall defende que o escritório deve ser só um local onde os trabalhadores vão para fazer uma conexão e um ponto de situação com a equipa.
“Estou surpreendentemente feliz com o estado do trabalho remoto em Portugal”
Devido à pandemia, Gonçalo Hall deu algumas conferências a empresas portuguesas sobre o trabalho remoto e afirma que "toda a educação estava lá", porque em Portugal temos a sorte "de ter muita gente a criar conteúdo".
Isto ajudou na adaptação ao trabalho remoto em Portugal, assume Gonçalo Hall, porque assim que foi preciso adaptámo-nos "super bem". "Fiquei muito surpreendido, porque eu era um bocado hater do meu próprio país".
Algumas destas medidas levaram então a que Portugal esteja agora "bastante bem a nível de implementação de trabalho remoto”. "Estou surpreendentemente feliz com o estado do trabalho remoto em Portugal", conclui.
Veja ou reveja o episódio na íntegra: Conversas sem Preço com Gonçalo Hall.
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