Se é solteiro ou pretende simplesmente comprar casa sozinho com recurso ao crédito habitação como titular único, saiba que sim, é possível. Ou seja, pode existir um “crédito-metade” para si.
Embora as possibilidades de conseguir um crédito habitação possam ser mais elevadas com dois titulares, não importa apenas o número, mas sim o seu perfil de cliente e respetivas condições financeiras.
De quanto dinheiro preciso para pedir um crédito habitação?
Os bancos não financiam a totalidade do valor do imóvel porque o Banco de Portugal impõe um limite máximo de 90%. Por isso, para poder avançar com um pedido de crédito habitação deve ter, no mínimo, 10% do valor da casa. Ou seja, se o imóvel custar 200.000 euros, deve ter, pelo menos, 20.000 euros para dar de entrada.
Ter um montante superior para a entrada da casa também o pode ajudar a conseguir um crédito habitação. Uma vez que o banco pode considerar ser um maior risco ter apenas um titular a assegurar a prestação mensal de crédito.
E atenção! Deve ter ainda capital disponível para os restantes custos. Ou seja, para além do valor da entrada, deve contabilizar os custos da avaliação, os impostos e todos os custos processuais, nomeadamente, no ato da escritura.
Qual a diferença de comprar casa sozinho ou a dois?
Para além da partilha óbvia de despesas, seja no momento da compra, no pagamento das futuras prestações mensais ou de restantes custos associados ao habitação, a verdade é que as instituições financeiras procuram clientes que representam o menor risco de incumprimento. E por isso, muitas vezes, duas pessoas representam mais segurança para o banco do que apenas um titular. Uma vez que na maioria dos casos o nível de rendimentos é maior e existem duas pessoas a quem imputar responsabilidades.
Em suma, o processo de crédito é igual, o que pode variar são as condições oferecidas pelo banco, bem como as suas exigências (solicitar fiador, por exemplo).
O que pode ajudar a ver o crédito habitação aprovado?
São vários os fatores que deve ter em conta e que vão ser analisados. Tais como:
Idade:
O prazo máximo dos créditos à habitação permanece de 40 anos apenas para os mutuários até 30 anos. Para quem tem entre 30 e 35 anos, o prazo máximo recomendado desce para 37 anos. E para quem tem mais de 35 anos, o prazo máximo do contrato recomendado pelo supervisor desce para os 35 anos. Ao diminuir o prazo máximo, as prestações mensais vão pesar mais no orçamento, ou seja, a taxa de esforço vai aumentar.
Estabilidade profissional e financeira:
Quanto mais estável for a sua situação profissional e financeira e da empresa para a qual trabalham, maior será a possibilidade de ter um perfil financiável. O banco vai avaliar os seus rendimentos, com base no seu IRS, recibos de vencimento ou dos recibos verdes.
Histórico bancário:
A instituição bancária vai analisar os seus extratos bancários, cartões de crédito, bem como o Mapa de Responsabilidades do Banco de Portugal. Uma fatura em atraso ou um valor por saldar pode levar à reprovação do crédito.
Montante disponível para entrada:
Como já referido no artigo, vai precisar de pelo menos de 10% do valor do imóvel e ainda capital para impostos e custos associados.
Taxa de esforço:
É através do apuramento desta taxa que um banco vai perceber a sua capacidade financeira para suportar o crédito. Para perceber até quanto pode pagar pela prestação mensal, deve calcular a sua taxa de esforço. Os encargos com um crédito habitação não devem ultrapassar os 30% da totalidade dos seus rendimentos.
Fiador:
Não é obrigatório ter fiador. A exigência do mesmo varia de caso para caso e dependerá do risco que poderá representar para o banco. Quanto maior for o risco que apresentar, maior é a probabilidade de lhe ser exigido um fiador. Essa capacidade financeira é calculada através da sua taxa de esforço.
O Doutor Finanças pode ajudá-lo neste processo
Para conseguir a melhor proposta para o seu caso é importante que esteja atento a todas as variantes que influenciam o valor que vai pagar todos os meses. Além do spread e do prazo, deve dar atenção aos seguros associados e às comissões.
No Doutor Finanças, os nossos especialistas estão disponíveis para o apoiar a encontrar a melhor solução e tomar a melhor decisão. Tratamos da burocracia por si, acompanhamos o seu processo do princípio ao fim e esclarecemos todas as dúvidas que possam surgir. E isto, sem custos!
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