O processo de escolha do melhor crédito habitação pode ser complexo. Além do "financês" difícil de decifrar, há muitas variáveis a considerar nas propostas. E esta é uma a decisão tem um grande impacto na gestão do orçamento mensal e anual. Por isso, apresentamos quatro dicas que podem fazer a diferença na hora de decidir por uma proposta. Conheça-as:
1. Não olhe só para o spread: É apenas uma das variáveis que pesam no montante final que terá que pagar
Embora o spread seja importante e varie de banco para banco, para fazer uma comparação eficaz, deve olhar para valores agregadores como:
- A TAEG (Taxa Anual Efetiva Global). Esta taxa mostra-lhe, em percentagem anual, o custo total do seu crédito habitação.
- O MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor). O MTIC corresponde ao preço que vai ter de pagar ao banco durante todo o período do seu empréstimo. E aqui não entra só o valor financiado e os juros. Há mais despesas englobadas no MTIC, como comissões, impostos, entre outros encargos imputados pela instituição de crédito. Trata-se efetivamente do total que irá pagar por conta do crédito habitação.
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2. Confirme se está prevista a aquisição de outros produtos na proposta de crédito
Algumas entidades bancárias bonificam (ou seja, reduzem) o spread em troca da venda de outros produtos - como os seguros, cartões de débito ou crédito. No entanto, estes produtos têm custos associados e isso pode tornar a proposta - que inicialmente parece mais interessante - na mais dispendiosa.
3. Confirme o prazo de financiamento
Para poderem ser comparadas, o ideal é que as propostas tenham a mesma premissa. E qual é o prazo de financiamento ideal? Depende de caso para caso. A recomendação do Banco de Portugal é que se fixe nos 30 anos, sendo possível estender até aos 40 anos de financiamento apenas para jovens com, no máximo, 30 anos de idade.
No entanto, pode simular cenários com um prazo mais reduzido, com a consciência de que quanto menor o prazo, mais altas são as prestações.
4. Taxa de juro variável, fixa ou mista
Com os valores da Euribor em máximos históricos, esta foi uma das questões mais colocadas nos últimos meses. Historicamente, a taxa preferida pelos portugueses é a taxa variável - que depende da Euribor. No entanto, a taxa mista ganhou popularidade, uma vez que, num primeiro momento, a taxa de juro é fixa, passando depois a variável, o que assegura alguma estabilidade inicial. Já na taxa fixa, a taxa de juro é definida quando o contrato é celebrado e o valor da prestação é igual durante todo o período do empréstimo. O cliente não é exposto ao risco nesta última modalidade.
No Doutor Finanças ajudamos diariamente dezenas de pessoas a encontrar o melhor crédito habitação para o seu caso. Apoiamos na recolha da documentação que é utilizada para conseguir as pré-aprovações junto dos vários bancos. Depois apoiamos na comparação das melhores propostas e esclarecemos todas as dúvidas que possam surgir no processo. Acompanhamos todas as fases até ao feliz dia da escritura.
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