O preço mediano a que os bancos avaliam as casas no âmbito de pedidos de crédito para a compra de habitação aumentou nove euros em dezembro, face ao mês anterior, para 1.458 euros por metro quadrado. Trata-se de um novo máximo histórico, naquele que foi o segundo mês consecutivo de aumentos, depois da quebra observada em outubro.
Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a maior subida face a novembro verificou-se no Algarve (1,8%) e a menor no Alentejo (0,4%).
Já se compararmos com o mesmo mês do ano anterior (dezembro de 2021), o preço mediano, no conjunto do país, cresceu 13,5%, tendo-se registado o aumento mais expressivo no Algarve (18,1%) e o menor no Norte (11,6%).
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Apartamentos T3 foram os que mais valorizaram
Nos apartamentos, a avaliação bancária aumentou 1,4% em dezembro, face ao mês anterior, o que se traduz num acréscimo de 23 euros para 1.633 euros por metro quadrado.
A região que protagonizou a maior valorização foi a Madeira, com uma subida de 3,3%, que contrasta com os Açores, onde foi observado o aumento mais tímido (0,9%). Apesar disso, é no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa que se encontram as avaliações medianas mais altas, de 2.026 e 1.939 euros por metro quadrado, respetivamente, enquanto a mais baixa é no Alentejo, de 1.057 euros por metro quadrado.
Olhando para as diferentes tipologias, vemos que os apartamentos T3 foram os que mais valorizaram, com a avaliação bancária a subir 25 euros em dezembro para 1.447 euros por metro quadrado. Nos T2 o acréscimo foi mais ligeiro, de 9 euros, para 1.629 euros por metro quadrado.
No seu conjunto, estas tipologias representaram 76,7% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.
Se compararmos com dezembro de 2021, o aumento da avaliação bancária dos apartamentos foi de 15,1%.
Avaliação bancária das moradias inalterada em dezembro
Em relação às moradias, o valor mediano da avaliação bancária no conjunto do país permaneceu inalterado em dezembro, nos 1.148 euros por metro quadrado. Os Açores destacaram-se com a maior subida face a novembro (2,9%), enquanto o Norte registou a única descida (-0,1%). Tal como acontece com os apartamentos, o Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa têm os valores mais altos, de 2.115 euros e 1.997 euros por metro quadrado, respetivamente, ao passo que o Alentejo e o Centro têm os valores mais baixos (951 euros/m2 e 960 euros/m2, respetivamente).
É possível observar comportamentos divergentes nas diferentes tipologias, com as moradias maiores a valorizarem, e as menores a perderem valor na avaliação feita pelos bancos. Isto já que o valor mediano das moradias T2 desceu 34 euros, para 1.042 euros/m2, o das moradias T3 caiu 6 euros, para 1.100 euros/m2 e o das moradias T4 subiu 19 euros, para 1.294 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 87,0% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.
Ainda que o valor mediano no conjunto do país não se tenha alterado face a novembro, aumentou consideravelmente face ao mesmo mês do ano anterior. É um acréscimo de 118 euros face a dezembro de 2021, ou seja, de 11,5%. Nesta comparação anual, a Região Autónoma da Madeira apresentou o maior crescimento (21,7%) enquanto o menor ocorreu no Norte (10,2%).
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Avaliação bancária aumentou 13,7% em 2022
Olhando para o conjunto do ano de 2022, o valor mediano da avaliação bancária em Portugal aumentou 13,7% face a 2021 para 1.400 euros por metro quadrado, segundo os dados do INE.
No ano passado, houve um crescimento do valor de avaliação em todas as regiões NUTS II, tendo o Algarve apresentado a variação mais intensa (16,7%) e a Região Autónoma dos Açores o menor aumento (8,8%).
Por natureza de alojamentos, no ano de 2022, o valor mediano de avaliação bancária aumentou 14,6% nos apartamentos e 11% nas moradias, para, respetivamente, 1.558 euros/m2 e 1.116 euros/m2 (1.359 euros/m2 e 1.005 euros/m2, em 2021).
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