A avaliação bancária dos imóveis em Portugal voltou a aumentar em setembro, depois da quebra registada no mês anterior, que foi a primeira desde o início da pandemia.
Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os preços atribuídos às casas pelos bancos para efeitos de concessão de crédito habitação aumentaram 15 euros para um valor mediano de 1.429 euros por metro quadrado, um novo máximo histórico. Trata-se de uma subida de 1,1% face ao valor observado em agosto (1.414 euros por metro quadrado), e de 15,6% relativamente ao mesmo mês do ano passado.
Recorde-se que, em agosto, a avaliação bancária desceu ligeiramente face a julho, uma descida em cadeia que já não acontecia desde março de 2020, um mês marcado pelo primeiro confinamento em Portugal devido à pandemia da Covid-19.
Madeira lidera subidas
Olhando para as diferentes zonas do país, é possível constatar que foi na Região Autónoma da Madeira que a avaliação bancária das casas mais subiu em setembro, com um crescimento de 1,1% face ao mês anterior.
No entanto, o crescimento estendeu-se a todas as regiões do país, com exceção da Região Autónoma dos Açores, onde foi observada uma queda de 0,6%.
Considerando a evolução do último ano – ou seja, a comparação face a setembro de 2021 – a Região Autónoma da Madeira teve o menor aumento, de 10,5%, enquanto o Algarve, pelo contrário, registou a maior subida, com o valor mediano a crescer 17,8%.
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Apartamentos T2 e T3 alargam diferença de preço
A avaliação bancária dos apartamentos, que já ultrapassa a das moradias em 455 euros por metro quadrado, voltou a aumentar no mês em análise. A subida foi de 0,9% face a agosto, elevando o valor mediano para 1.591 euros por metro quadrado, no conjunto do país.
Esta subida foi motivada sobretudo pelos apartamentos T2, cuja avaliação mediana aumentou 10 euros para 1.607euros/m2. Nos apartamentos T3, pelo contrário, o valor baixou 1 euro para 1.402 euros/m2. Estas duas tipologias representaram 78,8% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.
A maior subida face a agosto foi observada na Região Autónoma dos Açores (3,2%) e a menor no Norte (0,3%). Contudo, os valores mais elevados registam-se no Algarve (1.949 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.888 euros/m2), enquanto o mais baixo observa-se no Alentejo (1.024 euros/m2).
Se considerarmos a evolução face a setembro do ano passado, a avaliação bancária dos apartamentos aumentou 16,2%. Nesta comparação, também é a Região Autónoma dos Açores que se destaca nas subidas, com um acréscimo de 27,2%, enquanto a Região Autónoma da Madeira apresentado o menor crescimento (7,3%).
Moradias em Lisboa com maior aumento da avaliação bancária
Tal como nos apartamentos, a avaliação bancária das moradias cresceu 0,9% em relação ao mês anterior para 1.136 euros por metro quadrado. O aumento estendeu-se a todas as tipologias, mas foi mais expressivo no caso das moradias com dois quartos: o valor mediano dos T2 subiu 38 euros para 1.118 euros/m2, enquanto o dos T3 subiu 1 euro para 1.108 euros/m2 e o dos T4 29 euros, para 1.227 euros/m2.
A Área Metropolitana de Lisboa, que já é a segunda região do país com o valor mais alto para as moradias (1.961 euros/m2), foi também a que apresentou o crescimento mais acentuado face ao mês anterior, com uma subida de 1,8%. Com um valor mais alto só mesmo o Algarve, onde as moradias são avaliadas pelos bancos a 2.019 euros por metro quadrado (valor mediano).
No polo oposto, os valores mais baixos encontram-se no Alentejo e no Centro, de 907 euros/m2 e 923 euros/m2, respetivamente.
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