O preço a que os bancos avaliam as casas, no âmbito de pedidos de crédito habitação, registou, em março, a menor subida homóloga em mais de um ano.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor mediano de avaliação bancária fixou-se, em março, nos 1.483 euros por metro quadrado, mais 5 euros do que em fevereiro (1.478 euros), e apenas 2 euros abaixo do máximo histórico registado em janeiro, de 1.485 euros.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, foi uma subida de 11,4%, o que representa o menor crescimento homólogo desde janeiro de 2022 (10,4%).
O Algarve foi a região onde o valor mediano da avaliação bancária mais subiu no último ano (15,9%), enquanto a Região Autónoma dos Açores observou o aumento menos expressivo, de apenas 0,9%.
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Apartamentos explicam subida da avaliação bancária em março
O preço atribuído pelos bancos aos apartamentos explica a subida da avaliação bancária observada em março, face ao mês anterior. Enquanto nas moradias, o valor desceu, nos apartamentos observou-se um aumento em cadeia de 0,1% para 1.664 euros por metro quadrado. São mais 2 euros face a fevereiro (1.662), mas menos 8 euros em relação a janeiro, mês em que a avaliação bancária dos apartamentos atingiu os 1.672 euros por metro quadrado, o valor mais elevado desde que o INE começou a reunir estes dados, em janeiro de 2011.
A Região Autónoma dos Açores registou a maior subida (6,5%) e o Centro a descida mais intensa (-0,7%). O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 17 euros, para 1.662 euros por metro quadrado, tendo os T3 subido 7 euros, para 1.482 euros por metro quadrado. No seu conjunto, estas tipologias representaram 78,4% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.
Na comparação com o mesmo mês de 2022, o valor mediano da avaliação bancária dos apartamentos cresceu 12,7%, com os Açores a protagonizarem a maior subida (18,2%) e o Norte a menor (11,4%).
Tal como nos meses anteriores, é no Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa que se observam as avaliações mais elevadas, de 2.070 e 1.984 euros por metro quadrado, respetivamente.
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Avaliação bancária das moradias em mínimos de agosto
No que respeita às moradias, o valor mediano da avaliação bancária desceu 1%, passando de 1.147 euros, em fevereiro, para 1.135 euros, em março. Este foi o segundo mês consecutivo de quedas em cadeia, e o valor por metro quadrado mais baixo desde agosto do ano passado (1.126 euros).
A maior descida aconteceu no Alentejo (-2,2%) e a única subida no Algarve (1,3%). Esta última região, juntamente com a Área Metropolitana de Lisboa, são as zonas com o valor mediano mais alto para as moradias, de 2.119 e 1.940 euros por metro quadrado, respetivamente.
No conjunto do país, o valor mediano das moradias T2 desceu 23 euros, para 1.056 euros por metro quadrado, tendo as T3 subido 8 euros, para 1.105 euros e as T4 descido 24 euros, para 1.277 euros. Estas tipologias representaram 88,6% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a avaliação bancária das moradias subiu 6,4%, com o Algarve a apresentar o maior crescimento homólogo (16,7%) e o Centro (0,6%) o mais baixo.
Número de avaliações bancárias cresce 6,6%
Para o cálculo do valor mediando da avaliação bancária, em março, o INE considerou 21.660 avaliações (14.045 apartamentos e 7.615 moradias), menos 32,4% do que no mesmo mês de 2022, e menos 34,6% em relação a maio, mês em que se registou o máximo da série.
Face a fevereiro, porém realizaram-se mais 1.349 avaliações bancárias, o que corresponde a um aumento de 6,6%.
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