Comprar uma casa com crédito habitação requer uma grande pesquisa prévia, para ter resposta a todas as perguntas que podem surgir no processo. O banco não financia 100% do valor de aquisição do imóvel pelo que tem de dar uma entrada. E, além disso, ainda existem despesas de processo mais impostos que vai ter de pagar. Ou seja, tem de reunir ainda um valor elevado para que possa avançar.
Por isso, é necessário conhecer todos os custos e começar a planear uma poupança. Neste artigo, damos-lhe algumas dicas para que se organize e junte dinheiro para este processo.
1. Fale com o seu banco
Antes de qualquer passo, deve falar com o seu banco. Em primeiro lugar, de modo a perceber que condições são necessárias para que possa ser elegível para um crédito habitação. E depois para que tenha uma noção do custo que pode ter: entre despesas de processo, impostos, e a entrada inicial que vai ter de bancar.
Preciso de ter imóvel escolhido para pedir uma pré-aprovação de crédito habitação?
Atenção, o banco empresta, no máximo, 90% do valor de aquisição ou avaliação (o valor mais alto) do imóvel. Ou seja, tem de dar o valor em falta de entrada.
Ao conversar com o banco, este vai analisar as suas condições de financiamento e a sua taxa de esforço, para saber o valor máximo que a sua situação financeira permite oferecer.
Caso a sua situação atual ainda não permita adquirir um imóvel através de crédito habitação, como ainda terá algum tempo para poupar dinheiro, pode tentar reunir as condições necessárias nesse período.
Assim, fica a saber o custo total que contratar um crédito habitação pode implicar, dependendo do valor a que pretende comprar o imóvel. Para que possa, desta forma, estabelecer um valor a juntar e iniciar a sua poupança.
2. Faça um orçamento mensal
Já sabendo, por alto, o valor que tem de alcançar na sua poupança para a entrada do crédito habitação, comece a organizar-se através de um orçamento mensal.
Aponte, por exemplo, numa tabela, as suas despesas mensais fixas e variáveis. Coloque um valor máximo que pode gastar nas despesas que variam. Isto para que não ultrapasse esse teto e consiga estabelecer limites no que gasta.
Não se esqueça de apontar também um valor a retirar de parte mensalmente para a sua poupança.
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3. Analise despesas e veja onde pode cortar
Analise, minuciosamente, as despesas que tem no orçamento mensal para que perceba se existe alguma onde pode cortar.
Por exemplo, tem despesas fixas com prestações de subscrição de serviços? Pondere se, nesta fase em que pretende poupar, pode ficar sem esses serviços.
Nas despesas variáveis, tente diminuir os valores que gasta. Não precisa de mudar o seu estilo de vida, mas existem sempre soluções para não gastar tanto.
Exemplificando, se for jantar fora, procure descontos online. O site The Fork comumente oferece descontos nos restaurantes, caso faça a sua reserva na app.
4. Aposte na rentabilização do seu dinheiro
Se já tiver algum dinheiro poupado, pode tentar rentabilizá-lo para conseguir gerar ainda mais poupança.
Atualmente, existem algumas opções para rentabilizar o seu dinheiro, consideradas de baixo risco, com capital reduzido e taxas de remuneração. Como:
- Certificados de Aforro – Os Produtos de Aforro do Estado são produtos de capitalização com um retorno automaticamente aplicado para gerar um novo retorno. Reflete a força dos juros compostos através de juros que rendem sobre juros, sobre juros. São procurados por quem quer fazer uma rentabilização do seu dinheiro com baixo risco;
- Seguros de Capitalização – Os Seguros de Capitalização são produtos fiscais com capital garantido. Isto é, têm uma taxa de juro garantida anualmente, mas variando com a renovação da apólice. Mas atenção pois algumas apólices destes seguros têm uma componente variável que resulta de uma fórmula de cálculo sobre os lucros da companhia de seguros.
Apesar de serem considerados produtos de baixo risco, deve informar-se detalhadamente antes. Consulte as condições de resgaste e consequências caso precise, por exemplo, de recorrer ao dinheiro que aplicou antes do prazo acordado.
Outra dica é não investir todo o seu dinheiro, para que não comprometa as suas finanças e mantenha sempre um fundo de emergência em caso de alguma eventualidade.
5. Rentabilize os seus hobbies
De forma a poupar para a entrada do crédito habitação, também pode rentabilizar algum hobbie que tenha à parte da sua atividade profissional.
Atualmente, consegue rentabilizar pequenos negócios através do mundo digital. Com as redes sociais, passou a ser mais fácil divulgar trabalho.
Por isso, se tiver um hobbie como: fotografar, gravar, cozinhar, fazer bijuteria, escrever, desenhar ou artes manuais, porque não aposta em vender os seus serviços online?
Então, crie uma página com exemplos do que faz, para dar a conhecer o seu trabalho e possa ganhar dinheiro online extra.
Leia ainda: 10 dicas de poupança que o/a vão ajudar a rentabilizar o seu dinheiro
6. Coloque o dinheiro junto de parte
Para que não tenha a tentação de utilizar o dinheiro que está a poupar e ter uma maior noção de quanto está a conseguir juntar, tente colocá-lo de parte.
Pode fazê-lo de várias formas: levantar o dinheiro e guardá-lo num mealheiro ou cofre, colocá-lo numa conta poupança ou conta secundária, ou online através, por exemplo, do Paypal.
7. Procure a melhor proposta
Quanto estiver perto de alcançar a poupança para a entrada do crédito habitação, comece a fazer uma pesquisa exaustiva do mercado para encontrar um bom negócio.
E um bom negócio e rentável a longo prazo também passa pela contratação do crédito habitação. Por isso, é importante que analise várias propostas de diferentes instituições bancárias, para encontrar a melhor.
Para isso, pode sempre contar com a ajuda do Doutor Finanças que o poupa de burocracias e procura a melhor oferta para o seu caso.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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2 comentários em “Crédito habitação: Dicas de poupança para a entrada inicial”