A formação ao longo da vida é cada vez mais importante, mas nem sempre é possível concretizar os objetivos por falta de dinheiro. Nestes casos, o crédito para estudantes pode ser uma opção para quem não quer perder oportunidades de carreira.
Alguns bancos e instituições financeiras disponibilizam soluções de crédito para estudantes universitários (e não só!), ajudando a financiar o percurso formativo. Descubra então como ter acesso no guia que facilitamos.
O que é o crédito para estudantes e quais as principais características
Fazer uma licenciatura, um mestrado, uma pós-graduação ou até mesmo um curso técnico-profissional com equivalência ao ensino secundário já não tem de ser um sonho adiado para quem não tem possibilidade de pagar as despesas associadas. Afinal, o crédito para estudantes pode ser a solução ideal para quem procura financiamento.
Trata-se de um crédito pessoal para estudar e permite financiar qualquer tipo de formação, em diferentes graus de ensino, dentro ou fora de Portugal, em instituições públicas ou privadas. Os prazos variam entre um e dez anos, conforme a oferta de cada banco ou instituição financeira.
Para aceder a um crédito para estudantes, basta ser estudante ou candidato a cursos profissionais, superiores ou a outro tipo de formação e apresentar um documento comprovativo da despesa necessária.
Tome nota das despesas elegíveis para pedir um crédito formação:
- Propinas de escolas privadas em Portugal e no estrangeiro;
- Propinas de Licenciaturas, Mestrados e Doutoramentos em Portugal e no estrangeiro inseridos no Acordo de Bolonha;
- Despesas com cursos técnico-profissionais, politécnicos, especialização, programas para executivos e MBA, pós-graduações em Portugal e no estrangeiro fora do Acordo de Bolonha;
- Material associado à formação, nomeadamente, equipamento informático.
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O que distingue um crédito pessoal de um crédito para estudantes?
Taxas de juro mais baixas e períodos de carência são as principais diferenças entre um empréstimo pessoal sem finalidade específica e um crédito para estudantes. Estas duas características podem ser fulcrais na altura de pagar o financiamento. Afinal, as prestações são mais baixas e não precisa de começar a pagar de imediato.
Taxa de juro mais baixa
O Banco de Portugal define trimestralmente as taxas máximas que as entidades podem cobrar por cada tipo de crédito. Num crédito pessoal, a TAEG é sempre mais elevada — 15,8% para o terceiro trimestre de 2024 —, apesar de bancos e instituições financeiras de crédito fazerem frequentemente campanhas com taxas mais atrativas.
Já no crédito para estudantes, a taxa máxima para o terceiro trimestre deste ano é de 9,2%, significativamente inferior do que para os outros créditos ao consumo.
De salientar que, habitualmente, a TAEG é mais baixa no crédito formação com taxa de juro indexada ao Euribor e um pouco mais elevada quando é contratada taxa fixa.
Montante financiado
O financiamento é de até 100% da despesa apresentada, sendo que o valor varia de acordo com os bancos e financeiras. No entanto, há opções entre os 1.000 e os 75.000 euros.
A disponibilização do capital é feita por intermédio de tranches, que podem ser mensais, trimestrais, semestrais ou anuais.
Reembolso mais longo
Nesse sentido, o prazo de pagamento de um crédito para estudantes pode ir até aos 10 anos, dependendo do tipo de formação frequentada e da instituição bancária.
Período de carência
Para facilitar a vida de quem estuda – pois muitas vezes ainda não trabalha –, o crédito para estudantes tem a possibilidade de dilatar o pagamento através de um período de carência.
Em geral, e dependendo da formação e da entidade financiadora, este período de carência pode ir até aos quatro anos. Isto é, durante este tempo pagará apenas os juros, o que torna a prestação muito mais baixa.
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Quais os requisitos para pedir crédito formação?
À semelhança de outros tipos de financiamento, o crédito para estudantes pressupõe a entrega de alguns documentos para que o banco possa analisar a sua capacidade de pagar o empréstimo.
- Cartão de Cidadão que verifique idade igual ou superior a 18 anos;
- Comprovativo de inscrição numa universidade pública ou privada, ou documento que comprove o custo da formação a fazer;
- Indicação de fiador, caso não trabalhe (nesta situação, o fiador terá de entregar os documentos comprovativos da sua situação profissional e dos rendimentos);
- Último recibo de vencimento e última declaração de IRS;
- Comprovativo de morada;
- Mapa de responsabilidades do Banco de Portugal do titular e do fiador.
Se quer investir no seu futuro com uma nova formação, o financiamento através de crédito para estudantes é uma solução mais atrativa e que garante mais facilidade de acesso. No entanto, faça bem as contas e verifique se esta é a melhor opção para a sua situação.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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