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Quanto vale a minha empresa?

A avaliação de uma empresa consiste em traduzir todo o seu património, atividade e perspetiva futura num número, ou seja, num montante.

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Quanto vale a minha empresa?

A avaliação de uma empresa consiste em traduzir todo o seu património, atividade e perspetiva futura num número, ou seja, num montante.

A avaliação de uma empresa pode ser feita por razões diversas, com base em métodos distintos, e permite ficar com informação relevante que sustentará a tomada de melhores decisões sobre o futuro de um negócio. 

Assim, importa esclarecer como se processa e como pode traduzir-se numa mais-valia na gestão das empresas. 

Avaliação de uma empresa, em que consiste? 

A avaliação de uma empresa consiste em traduzir todo o seu património, toda a sua atividade e perspetiva futura num número, ou seja, num montante. À partida, conseguir traduzir num número todo o presente e futuro de uma empresa, pode parecer uma tarefa difícil, contudo, é possível e pode assumir-se como uma ferramenta mesmo relevante.  

Atualmente, e cada vez mais, há uma valorização intangível das empresas que é difícil de traduzir em euros. Apesar de toda a subjetividade existente, é importante realizar avaliações. 

Importa, em primeira instância, recordar que a maior parte das empresas são constituídas como sociedades com fins lucrativos porque precisamente ambicionam ter lucros. Partir desta perspetiva financeira, ajuda a perceber como se pode chegar na avaliação a um número. 

Logo, para todas as empresas comerciais com fins lucrativos é importante fazer a avaliação, mesmo que esta não seja a sua única unidade de medida, mas é, na maior parte dos casos, a medida principal.

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Objetivos da avaliação  

A avaliação serve para que todas as entidades envolvidas com a empresa, a começar pelos acionistas ou sócios, mas também pelas instituições financeiras de crédito, o Estado, fornecedores, clientes ou trabalhadores, percebam que tipo de empresa temos.  

Dentro do nosso mundo competitivo, serve igualmente para estabelecer uma hierarquização. Uma empresa que fatura anualmente 1 milhão de euros é, naturalmente, diferente de uma empresa que fatura 100 mil euros.  

Assim, as avaliações procuram, basicamente, olhar para dados históricos dos últimos dois, três ou cinco anos da empresa, analisando detalhadamente qual foi a evolução do património acumulado, e com esta base e/ou outros inputs adicionais, tentam prever o que esta vai gerar no futuro. 

Quando deve ser feita? 

Não existe uma altura ideal para fazer a avaliação de uma empresa. Contudo, a avaliação é mais sustentável e credível quando já existe algum histórico. Se a empresa tiver dois ou três anos de atividade, já terá um histórico que permite fazer uma análise mais sustentada e credível. 

Recorde-se que a avaliação analisa o passado para projetar o futuro e, depois, traduz tudo em números. Assim sendo, se não existirem dados suficientes não será possível ter resultados fidedignos

A avaliação também pode ser feita, a qualquer momento, se surgir a necessidade de, para além de aferir o potencial, tivermos de planear o futuro. Para se fazer a avaliação de uma empresa, é preciso juntar inputs futuros, nomeadamente, quanto é se espera vir a investir; se vai ser necessário recorrer a financiamento; quanto é que se vai gastar nas diferentes rubricas do nosso planeamento, mas também e principalmente quanto é que se espera vender, por exemplo.  

Este é um exercício que traz inúmeras e diversas vantagens aos empresários, já que, para definir um planeamento é necessário ir ao detalhe. Porém, quanto mais informação, melhores decisões vão ser tomadas por quem está a gerir a empresa.  

A imensa dificuldade que encerra a gestão de uma PME (Pequena e Média Empresa), em Portugal, faz com que o tempo para fazer este exercício escasseie. Apesar de muitas empresas serem proativas, as avaliações acontecem, na sua maioria, em resposta a situações como a entrada de novos acionistas; troca de participações; necessidade de financiamento; candidaturas a projetos; venda da empresa ou em sucessões problemáticas.  

Literacia financeira ilustrada por um grupo de pequenos empresários reunidos em ambiente laboral

Quem faz a avaliação? 

Normalmente, as avaliações são feitas por empresas especializadas neste e outro tipo de serviços financeiros. Como é o caso do Doutor Finanças Empresas.  

Por outro lado, o IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, centraliza muitos dos pedidos desta natureza e, portanto, é comummente aceite a utilização do Simulador de Avaliação de Empresas desta entidade.   

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Processo de avaliação 

A base do processo é a informação. Primeiro, têm de ser recolhido o histórico financeiro da empresa, designadamente, balanços, balancetes, relatório e contas, entre outras peças financeiras. Depois, segue-se o trabalho qualitativo. Para tal, é necessário envolver os responsáveis e ouvi-los sobre o que pretendem fazer nos anos seguintes, sendo que o período previsto para a sua existência pode fazer toda a diferença.  

Ao recorrer a diferentes fórmulas, cálculos e métodos, é encontrado o Net Present Value (NPV) ou Valor Atual Líquido da Empresa. 

Quanto ao tempo que vai ter de aguardar pela avaliação, esta pode levar duas horas, duas semanas, dois meses ou dois anos a ser feita.  

Em grande parte, esta questão depende do quão detalhado vai querer o seu relatório. E para tal, voltamos a ter uma série de fatores a ter em conta, nomeadamente, negócios ou projetos que já estejam em andamento e cuja informação seja detalhada, idealmente já adjudicados e assinados e que quanto mais se estenderem no tempo, melhor deixam antever o futuro que aguarda a empresa em análise. 

No relatório final vai, assim, constar um levantamento de dados que sustentam projeções futuras, num misto de análise financeira com um parecer qualitativo.  

Caso a intenção seja vender ou, por exemplo, fechar uma troca de participações, o empresário deve preparar-se para enfrentar um período de negociações, durante o qual a avaliação pode ser uma base crucial, porém não impede que tenha de lidar com a expectável pressão do mercado.   

Validade dos resultados da avaliação 

Não existe um período estanque. Regra geral, os resultados obtidos numa avaliação duram entre um e dois anos. Depende também da natureza do negócio e da sua estabilidade. Caso seja uma empresa estável, os resultados podem estender-se até três anos. No sentido oposto, em casos de crescimento ou declínio acentuados, a validade dos resultados pode não ir além dos três ou seis meses. 

Assim, dependendo do estágio da empresa, a validade dos resultados de uma avaliação encontra-se num intervalo de seis meses a três anos. 

Uma nota final para os custos que envolve fazer a avaliação de uma empresa. Uma vez mais, a dimensão, a natureza e a finalidade com que é feita, entre outros fatores, podem ditar preços diferentes. Contudo, pode esperar na maioria dos casos um valor compreendido entre 2.500 e 10 mil euros, salvo devidas exceções.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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