Viajar é uma atividade que pode enriquecer-nos culturalmente, mas também enquanto seres humanos. Dentro dos amantes de viagens, há quem prefira conhecer a fundo o seu país, há quem goste de descobrir um ou dois novos destinos por ano, mas também há quem prefira fazer uma viagem mais longa e conhecer vários países.
Embora os preços das viagens estejam cada vez mais acessíveis, é preciso juntar dinheiro para partir à descoberta de novos locais, uma vez que este tipo de objetivo tem um impacto na sua carteira. Assim, é essencial que conheça algumas formas de poupar para viajar.
Neste artigo, conheça seis dicas que pode colocar em prática nas suas próximas viagens.
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1 - Comece a poupar para viajar com antecedência e de forma regular
Consoante o tipo de viagem que pretende fazer, a quantia que precisa de poupar pode ser mais ou menos significativa. No entanto, se este é um objetivo que tem, quanto mais cedo começar a poupar, mais dinheiro consegue reunir para a sua viagem. Afinal, se contar apenas com o seu subsídio de férias, o dinheiro pode não chegar e ainda ficar com o seu orçamento familiar em risco.
Assim, é importante que defina um valor mensal para alcançar este objetivo. Supondo que a sua próxima viagem vai acontecer daqui a 10 meses, comece já a pôr algum dinheiro de parte todos os meses. Essa quantia deve ser definida tendo em conta o seu orçamento familiar.
Primeiro deve fazer o orçamento, perceber quanto dinheiro precisa para fazer face às suas despesas mensais. A partir daí deve estabelecer um objetivo de poupança mensal. E desse valor, pode direcionar metade desse valor para a sua viagem e a outra metade para o seu fundo de emergência, para precaver-se de eventuais imprevistos.
E, para não falhar este objetivo, transferira, logo no início de cada mês, o valor definido para outra conta bancária à parte da que usa para fazer a sua gestão mensal. Não mexa neste valor até ter de pagar despesas relativas às suas férias, como bilhetes de avião ou a sua estadia.
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2 - Direcione rendimentos extras para esta meta de poupança
Quando tem metas de poupança traçadas, uma forma de alcançá-las mais rápido é direcionar os seus rendimentos extras para esses objetivos. Podem considerar-se como "rendimentos extras", trabalhos esporádicos como freelancer sendo trabalhador por conta de outrem, subsídio de férias e subsídio de natal, dinheiro relativo a heranças ou outro tipo de dinheiro que ganhou de forma imprevista.
Imagine que num espaço de 10 meses juntou 900 euros. Caso tenha a possibilidade de fazer alguns dias de trabalho enquanto freelancer e direcionar uma parte dos seus subsídios, pode conseguir adicionar à sua poupança outros 900 euros. Assim, terá no mínimo 1.800 euros para a sua próxima viagem.
3 - Utilize estratégias que podem ajudá-lo a poupar para viajar
Além das estratégias referidas anteriormente, existem outras formas de poupar para viajar. Se está determinado a aumentar o orçamento para a sua viagem, deve olhar para o seu orçamento familiar e rever os gastos que não são essenciais. Ao cortar na maioria destes gastos, a sua folga financeira aumenta. E assim, pode direcionar uma grande parte deste valor para a sua conta poupança.
Caso tenha mais de dois créditos ao consumo, estude a possibilidade de recorrer a um crédito consolidado. Através da consolidação de créditos, fica a pagar apenas uma prestação com uma única taxa de juro. Na maioria dos casos, esta taxa é mais baixa em comparação a outros créditos, principalmente se tiver cartões de crédito por liquidar.
Consoante os montantes em dívida, prazos dos contratos e outras condições, há clientes que conseguem poupar até 60% do total das suas prestações com um crédito consolidado. Embora o prazo do seu empréstimo possa ser maior, se está à procura de uma folga financeira, esta pode ser uma boa solução para si. Contudo, faça contas e veja se é a melhor alternativa para o seu caso.
Outra estratégia também utilizada por muitas pessoas é colocarem as moedas que sobram no final de cada dia num mealheiro. Se adotar esta estratégia durante 10 meses, e definir que apenas vão para o mealheiro moedas de 50 cêntimos, 1 euro e 2 euros, pode conseguir amealhar um valor significativo para a sua viagem.
Supondo que com a redução dos encargos não essenciais consegue poupar 80 euros por mês, ao fim de 10 meses vai poupar mais 800 euros. Caso o seu crédito consolidado resulte numa poupança mensal de 120 euros, até à data da sua viagem terá mais 1.200 euros. Se em moedas conseguir juntar no seu mealheiro cerca de 300 euros (média de 1 euro por dia durante 10 meses), no total vai obter uma poupança de 2.300 euros.
Ou seja, a juntar os 2.300 euros aos 1.800 euros que poupa mensalmente e que teve dos seus rendimentos extra, iria conseguir reunir 4.100 euros. Embora seja interessante aumentar substancialmente o valor que tinha para a sua meta financeira com estas estratégias, para manter as suas finanças saudáveis o ideal é que não aplique a totalidade desse valor nas suas férias.
Lembre-se que reforçar o seu fundo de emergência é essencial para ter estabilidade financeira, mas que também deve poupar para a sua reforma ou até pensar em investir uma parte do seu dinheiro em certos tipos de investimento, consoante o seu perfil de investidor.
4 - Faça um plano da viagem que quer fazer
Planear a sua viagem com o máximo de antecedência permite-lhe poupar bastante dinheiro, uma vez que pode marcar as suas férias para uma época média ou baixa. Afinal, se fugir aos meses de verão, as viagens de avião e o alojamento vão ter preços mais baratos. Além disso, se ainda não tem as suas férias marcadas, pode ser mais flexível nas datas disponíveis para viajar, podendo assim encontrar promoções bastante atrativas.
Depois do destino estar escolhido, então foque-se na compra de bilhetes (caso decida ir para o estrangeiro de avião, comboio ou autocarro) e nos locais onde vai pernoitar. Em termos de alojamento, tente não se precipitar, uma vez que existem vários sites onde pode acesso a campanhas promocionais e valores bem distintos.
De seguida pense em como será o roteiro da sua viagem. Dependendo dos dias da sua viagem defina o que vai visitar, como pode chegar até esses locais, onde vai fazer as suas refeições, que atividades existem nas zonas escolhidas, etc.
Ao ter o seu próprio roteiro não precisa de gastar dinheiro em "tours" para turistas. Além disso, se este for bem organizado, nunca vai andar de trás para a frente, e tem toda a liberdade para conhecer zonas locais menos turísticas. Contudo, informe-se bem para não colocar em risco a sua segurança, consultando sites fiáveis de roteiros turísticos.
5 - Defina as suas prioridades e o que é imprescindível na sua viagem
Nem todas as viagens têm o mesmo propósito. Há viagens que servem para conhecer zonas históricas, monumentos emblemáticos e descobrir bem o local onde vai ficar. No entanto, existem outras viagens onde a prioridade passa por desligar-se de tudo e descansar ao máximo.
Consoante o tipo de viagem que pretende fazer, é preciso definir quais são as suas prioridades e o que é que é imprescindível para ter umas boas férias. Por exemplo, se vai andar sempre de um lado para o outro, os alojamentos vão servir apenas para recarregar baterias para os dias seguintes. Logo, talvez não precise de ficar num hotel luxuoso, com várias piscinas, spas, entre outras comodidades. Mas se o objetivo é descansar ao máximo numa zona "paradisíaca", então, é natural que uma das prioridades passe por escolher um bom resort para esse efeito.
O mesmo se aplica na necessidade ou não de aluguer de um meio de transporte. Ou seja, tendo em conta os seus objetivos e o local escolhido, vale a pena alugar um veículo? Os meios de transporte funcionam bem nessa zona e pode comprar um passe de transportes públicos para os dias em que vai estar de férias? Antes de marcar as suas férias deve ter estes fatores em consideração.
Caso pretenda poupar, talvez seja interessante procurar um alojamento onde consiga preparar as suas próprias refeições. Assim, mesmo que queira almoçar ou jantar fora em certos dias, nos outros pode ir ao supermercado e cozinhar as suas refeições.
6 - Antecipe os custos para traçar um orçamento total da viagem
Se já conseguiu poupar para viajar ao longo do ano e tem um plano definido para a sua viagem, neste momento faltam-lhe definir dois pontos essenciais: o orçamento total para a viagem e todos os encargos que o esperam. Claro que estes dois pontos andam de mãos dadas, uma vez que não pode definir um orçamento final sem antes conhecer os custos essenciais da sua viagem.
Assim, comece por fazer um levantamento de quanto vão custar os bilhetes, a estadia, os custos com deslocações no local (transportes públicos ou aluguer de veículo), alimentação, atividades e visitas a monumentos, seguro de viagem, compras e lembranças. Depois de ter estes dados, pode definir o orçamento final para a sua viagem.
Uma boa forma de gerir o seu orçamento é definir um montante máximo diário de quanto pode gastar. Assim, será mais fácil perceber se está ou não a cumprir o seu orçamento à risca.
Outros pormenores a ter em consideração
Para estar devidamente protegido, se a sua viagem for feita dentro da União Europeia ou ainda em países como a Islândia, Liechtenstein, Noruega, Suíça e Reino Unido, é aconselhável que trate do seu cartão europeu de seguro de doença. Esta é uma forma de ter acesso a todos os cuidados de saúde em qualquer entidade pública durante a sua viagem. Se quiser pedir este cartão, pode fazê-lo nos serviços de atendimento da Segurança Social.
Por último, se vai viajar para fora da União Europeia tenha em conta as comissões bancárias que podem ser cobradas, como taxas de câmbio/conversão na hora de trocar o euro pela moeda do destino onde vai viajar.
Mesmo que viaje dentro da UE, se usar o seu cartão de crédito ou débito também podem ser cobradas comissões. Por exemplo, paga comissões se levantar dinheiro num ATM ou no pagamento de compras ou serviços (comissão de serviço interbancário, serviço internacional e imposto do selo).
Já em relação ao cartão de crédito, se levantar dinheiro, tem de pagar a comissão ao sue banco por utilizar o cash advance e ainda as comissões de serviço interbancário, internacional e imposto do selo.
Dito isto, se quer fugir de todas estas comissões, pode sempre utilizar cartões de pagamento pré-pagos ou outras soluções isentas destes encargos.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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