Ganhar dinheiro em casas de apostas online "não são favas contadas". E ainda existe o risco de se tornar um vício. Ainda assim, se gosta de jogar, tenha cuidado e siga as dicas que se seguem para evitar perder dinheiro e ficar viciado no jogo.
Se o seu objetivo ao fazer apostas online é diversão, deve apenas preocupar-se com o tempo e o dinheiro que gasta. Porém, se a sua meta é ganhar (muito) dinheiro para ter sucesso precisa de ter alguns cuidados. Principalmente, agora que as odds disponibilizadas pelas casas de apostas em Portugal são baixas.
O que são odds? São cotações atribuídas pelas casas de apostas a cada jogo e que indicam as probabilidades de determinado cenário acontecer. Estas probabilidades são traduzidas em números e em valores que pode ganhar. Assim, cabe aos especialistas das casas de apostas apontarem as probabilidades, com base em estatísticas várias realaionadas com cada uma das situações.
Assim, o rigor e o controlo emocional são fatores essenciais. Muitas vezes, os apostadores, entusiasmados com os ganhos obtidos, fazem apostas sem sentido ou tentam recuperar rapidamente o que perderam.
Dessa forma, são mais importante as apostas que não faz do que as que faz. Se quer ganhar de forma regular, tem obrigatoriamente de evitar as apostas em que perde.
Em suma, não existe uma forma mágica e única para acertar nas apostas online e ganhar dinheiro, mas se tiver alguns cuidados pode aumentar as probabilidades de ter sucesso.
12 dicas para ter sucesso nas casas de apostas online
1 - Não aposte em algo que que não controla
Por exemplo, se quer ganhar dinheiro com apostas desportivas, é essencial conhecer bem os desportos, as equipas e os jogadores em que aposta. Caso contrário, irá perder rapidamente o seu dinheiro.
2 - Obtenha o máximo de informação possível
Para além de conhecer bem os desportos em que aposta é importante obter o máximo de informação antes de apostar. Ou seja, deve consultar estatísticas, classificações, a formação das equipas e o estado físico dos jogadores, castigos, entre outros. Deve igualmente informar-se sobre o site ou casa na qual está a apostar (para garantir, por exemplo, se é legal).
Com o trabalho de casa feito, pode, inlcusive, chegar à conclusão de que aquela que até parecia ser uma boa aposta, afinal não é, com a odd oferecida a não compensar o grau de incerteza.
3 - Estabeleça valores limite para apostar
Não deve gastar o que não tem. Assim, defina a quantia máxima que está disposto a arriscar e nunca utilize dinheiro que lhe faça falta para coisas mais importantes.
Comece por fazer apostas com valores baixos durante algum tempo, antes de aplicar quantias mais elevadas. Deste modo, pode analisar como funcionam as apostas, ganhar experiência e ver se tem “jeito para a coisa”.
4 -Casas de apostas online: devagar se vai ao longe
Certamente, já ouviu a expressão popular “grão a grão enche a galinha o papo”. Pois é, um dos erros mais comuns é querer ganhar muito dinheiro rapidamente. Pode até acontecer uma vez, mas com frequência é praticamente impossível.
A ”fome” de fazer dinheiro no imediato, é meio caminho andado para fazer demasiadas apostas e perder mais vezes. Não faça muitas apostas em simultâneo e evite incluir vários jogos numa única aposta. Estas famosas apostas múltiplas, apesar de ampliarem a odd final, aumentam significativamente o risco de perder.
O ideal é fazer poucas apostas, mas fundamentadas para assim tentar reduzir o número de apostas em que perde.
5 - Não aposte para recuperar dinheiro
Sempre que perder uma aposta, o melhor a fazer é “ficar quieto“. Ou seja, a enorme vontade de querer recuperar o dinheiro perdido tende a retirar o discernimento necessário e leva, muitas vezes, a novas apostas erradas.
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6 - Casas de apostas online: não jogue quantias elevadas
Não deve apostar quantias demasiado altas (tendo em conta o valor disponível na sua conta). Se perder uma aposta em que arriscou grande parte do seu saldo, vai demorar mais tempo a recuperar e fica mais vulnerável a decisões erradas.
7 - Registe as suas apostas
Se possível, registe as suas apostas, principalmente se efetuar várias e em desportos diferentes. Desta forma, tem a noção onde ganha e perde o seu dinheiro. Como resultado, pode redefinir as suas escolhas e começar a apostar nos eventos onde mais acerta.
8 - Faça apostas “ao vivo”
Em alguns jogos, é possível apostar enquanto estão a decorrer, ou seja, apostar em tempo real. Uma possibilidade que pode trazer odds mais elevadas. Por exemplo, pode apostar numa equipa que está a perder ao minuto 30 mas que a probabilidade de ainda vir a ganhar é significativa. Nestes casos, por norma, a odd é mais elevada.
9-Compare as odds
Os diversos sites de apostas podem oferecer odds diferentes para o mesmo acontecimento e, nalguns casos, as diferenças podem ser significativas. Assim, estude a possibilidade de ter contas em vários sites e aposte naquele que tiver melhores odds.
10 - Se perde dinheiro, regularmente, não insista
Se é daqueles que perde de forma regular, não insista. Ou seja, o pior que pode acontecer é persistir no erro e continuar a tentar mesmo quando a realidade lhe mostra que não tem perfil para apostar.
11 - Não vá atrás dos bónus
Para seduzir os apostadores, muitas casas de apostas oferecem bónus ou promoções. Se, em alguns casos (freebets), podem ser um extra adicional, muitas vezes são uma mera ilusão. Por exemplo, é muito comum as casas de apostas oferecerem uma percentagem do valor do próximo depósito, que, às vezes, é de 100%o. Ou seja, se depositar 50 euros oferecem-lhe mais 50.
Contudo, na maioria das situações, esse dinheiro apenas fica disponível na sua conta quando o apostar um determinado número de vezes, em odds superiores a uma quantidade de vezes também previamente estabelecida, normalmente elevadas, e fixadas no tempo (na próxima semana, por exemplo).
Nesse sentido, o mais provável é mesmo perder o valor do bónus antes de ser depositado na sua conta. Assim, acaba por perder o bónus e fazer um depósito que, certamente, não faria se não tivesse cedido à tentação do bónus.
A decisão entre apostar, ou não, em determinado acontecimento não deve ser influenciada por fatores externos à análise que efetuou, neste caso, condicionada por um hipotético bónus.
12 - Casas de apostas online: jogue de forma responsável
Como resultado, as apostas online, à semelhança de outros jogos, podem ser viciantes e, por conseguinte, condicionar a vida de quem as faz. Muitas vezes, as pessoas arruínam as suas vidas, financeiramente e não só, na falsa esperança de obterem ganhos aparentemente fáceis e rápidos, bem como pelo prazer que estas apostas lhes dão.
Ao mesmo tempo, a este lado sombrio acresce a situação dos menores de 18 anos que, por lei, estão proibidos de apostar. Contudo, conseguem fazê-lo em nome de outra pessoa e passam imenso tempo netse universo das apostas.
Assim, para promover o jogo responsável, estão previstos alguns mecanismos que devem ser acionados em caso de alerta. Por exemplo, todos os sites de apostas permitem que os apostadores se autoexcluam da prática de jogos online. Ou seja, o próprio apostador tem a possibilidade de barrar o seu acesso a estes sites.
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Quais as casas de apostas desportivas autorizadas?
Até 28 de Junho de 2015, as casas de apostas desportivas online não estavam legalizadas. Isto é, havia um vazio na lei. Contudo, a partir desta data, passaram a ser reguladas e inspecionadas pelo Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ) do Turismo de Portugal.
Ainda assim, a primeira licença apenas foi atribuída apenas a 25 de maio de 2016. A partir deste momento, os portugueses passaram a poder apostar online, e de forma legal, em várias modalidades: futebol, ténis, entre outras.
Para saber se determinada casa de apostas está autorizada, pode consultar o sítio do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos - SRIJ.
Casas de apostas online e as perdas de dinheiro
Em outras palavras, o sistema está montado para as casas e sites de apostas ganharem dinheiro, e não para os apostadores ganharem.
Mas, estaremos efetivamente "condenados" a perder dinheiro? Em seguida, conheça algumas das razões que explicam os sucessivos "finais infelizes".
Odds baixas
As odds dos eventos com maiores probabilidades de acontecerem são baixas. Isto leva, muitas vezes, o utilizador a apostar elevadas quantias ou a juntar várias apostas como forma de poder vir a ganhar mais dinheiro. Contudo, o que acontece, por norma, é precisamente o contrário: perder dinheiro.
Na maior parte dos casos, feitas as contas, os apostadores perdem dinheiro. E os que mais perdem são precisamente aqueles que sem darem conta, já estão viciados no jogo.
Odds mínimas para poder apostar
As odds mínimas que as casas de apostas impõem podem condicionar os ganhos dos jogadores, os quais ficam privados de apostar em eventos com elevada probabilidade de acontecimento. Na prática, isto significa que todas as apostas têm de perfazer o mínimo exigido. Assim, podem ser vistas como uma forma de "obrigar" os jogadores a correr mais riscos e a fazerem mais apostas erradas.
Imprevisibilidade dos resultados nas casas de apostas online
Em primeiro lugar, como em qualquer jogo, os resultados por mais prováveis que possam ser, nunca são certos. Este será, porventura, o maior obstáculo para poder ganhar dinheiro de forma regular. Por outro lado, as odds para os acontecimentos prováveis são muito baixas, o que limita muito qualquer hipótese de ter sucesso a médio/longo prazo.
Odds elevadas com probabilidade de sucesso reduzido
De igual forma, se a odd for muito elevada, a probabilidade de acertar é muito reduzida, pois significa que esse acontecimento é altamente improvável.
Descontrolo emocional
Basta um pequeno momento de descontrolo emocional para “deitar fora” todo o dinheiro que juntou ao longo de dias ou semanas. Na verdade, as emoções influenciam as tomadas de decisão em qualquer área económica ou social e o jogo não foge à regra.
Limitações ao montante das apostas
Por fim, e não menos importante, embora as casas de apostas não possam legalmente discriminar os jogadores, muitas têm nos seus termos e condições, cláusulas que permitem limitar os montantes apostados em determinadas situações.
Casas de apostas online só para maiores de 18 anos: Pais são responsáveis
A lei é clara: jogos de azar online só para maiores de 18 anos. Mas há sempre quem contorne esta questão. Assim sendo, a responsabilidade é dos pais, não dos filhos.
Com a nova legislação, em vigor desde 2015, passou a ser proibido o acesso de menores às casas de jogo e apostas online. Até então, qualquer pessoa podia registar-se e apostar sem precisar de comprovar a sua idade. Isto é, apenas estava obrigado a enviar um documento de identificação no momento de levantar o prémio.
Ainda assim, existem sempre formas de contornar a lei. Por conseguinte, muitas vezes, com o consentimento destes, os jovens recorrem a documentos de identificação de pais, avós ou irmãos mais velhos e, assim, criam a tão desejada conta de jogador.
Tratando-se de menores, a lei coloca a responsabilidade nos pais, que têm o dever de vigiar os atos dos filhos. Igualmente, são também responsáveis por qualquer consequência ou dano causado pelos filhos menores, ficando obrigados a indemnizar os eventuais lesados.
Se lhe for retirado dinheiro da conta, pouco ou nada vai adiantar protestar, a menos que prove que o casino é responsável por esta situação. Atenção, ao roubar a identidade de alguém, mesmo que seja a dos próprios pais, o seu filho pode ser acusado de crime.
Dos 12 aos 16 anos, a prática de crime pode ter as seguintes consequências:
- aplicação de uma medida tutelar educativa, nomeadamente, reparação ao ofendido;
- admoestação, isto é, repreensão por práticas incorretas;
- ou imposição de regras de conduta, por exemplo).
Contudo, a partir dos 16 anos, os jovens já podem ser julgados e condenados.
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Casas de apostas online: lei clara mas pouco controlada
Após a revisão da lei, as casas de apostas online passaram a ter de exigir alguns dados pessoais para abertura de uma conta, como por exemplo:
- o nome completo do jogador;
- a data de nascimento;
- a nacionalidade;
- a profissão;
- morada de residência;
- e-mail;
- número de identificação civil ou do passaporte;
- número de contribuinte;
- dados da conta bancária (NIB, IBAN ou SWIFT) onde serão debitados os pagamentos e creditados os prémios.
Da mesma forma, a revisão da lei obriga a um maior controlo de meios informáticos para impedir os menores de 18 anos de se registarem nos sites. Por conseguinte, existe uma plataforma que, no momento do registo, permite a estas entidades verificar a idade do jogador, através de bases públicas já existentes. Portanto, a lei está bem feita, é clara e previne todas as questões relevantes.
No entanto, já não podemos dizer o mesmo sobre a fiscalização. Segundo o SRIJ (Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos), entre 2015 e 2020 foram enviadas 680 notificações a operadoras ilegais de jogos online para encerrarem atividade. Por outro lado, esta entidade notificou 675 sites para serem bloqueados e fez 14 participações ao Ministério Público para instauração de processos-crime. Assim, estes números mostram que apesar da lei estar clara, a fiscalização da mesma ainda não é a mais eficiente.
Vicio do jogo online: o que é, como evitar ou sair?
O vicio do jogo online existe e não pode ser ignorado. Não existe uma cura mas é possível tratar esta adição.
Hoje em dia, é fácil aceder à internet e entrar em qualquer página de apostas desportivas ou até num casino online. O mercado das apostas online cresceu no ultimo ano cerca de 284%. Esta tendência já vem de à alguns anos, mas com a pandemia disparou pois muitas pessoas olham para as apostas como uma oportunidade, por vezes errada, de fazer algum dinheiro.
Consequentemente, há mais gente que não consegue controlar o quanto gasta ou o tempo que passa em frente ao ecrã a jogar. Assim, existem cada vez mais pessoas a pedir para que o acesso a estes jogos lhes seja barrado. Ou seja, simplesmente, não conseguem parar.
Deste modo, cada vez mais se assiste ao aumento dos pedidos de autoexclusão, ou seja, jogadores que pedem para que o acesso a estes jogos lhes seja impedido.
Alguns fatores explicam o crescimento das apostas online e a passagem para um estado de “vicio”. A diversidade de apostas online que existe, as facilidades de acesso, a ilusão dos ganhos potenciais, a confiança nos sites e nos métodos de pagamento e/ou recebimento, a possibilidade de dinheiro rápido, são alguns exemplos. Isto, associado à cultura, à facilidade de acesso à internet nas camadas mais jovens e à publicidade, explica o "boom" de jogadores online.
Como funciona o mecanismo de autoexclusão?
Primeiro, tem de estar registado nos sites de apostas. Depois, pode preencher um formulário a pedir para ser excluído de jogar durante determinado período de tempo (por exemplo, uma semana, seis meses ou tempo indeterminado).
Mas como perceber que já estamos viciados no jogo?
Tal como em outra dependência, quando começamos a alterar as nossas rotinas e prioridades, para fazermos sempre a mesma coisa, está criada uma dependência.
Ou seja, se ficar viciado no jogo, provavelmente, vai passar menos tempo com a família ou jogar durante o tempo de trabalho. Em casos mais graves, pode deixar de ter dinheiro para pagar as contas fixas do mês e gastar dinheiro que já estava destinado a outra coisa. Muitas vezes, aparecem conflitos conjugais pelo tempo gasto no jogo, entre outras coisas.
Há uma série de sinais aos quais devemos estar atentos: a perda de controlo, a troca de prioridades, os conflitos, os gastos exagerados. a irritabilidade, por exemplo.
Pode ser comparável a outros vícios?
O vicio do jogo é uma dependência, tal como o álcool ou drogas, por exemplo. Aliás, está classificada como tal por várias entidades, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Apresenta semelhanças com outras dependências, mas com significativas diferenças. Neste caso, o perfil da pessoa é diferente. As pessoas com esta dependência, regra geral, têm algumas habilitações literárias. Por outro lado, são pessoas inseridas na sociedade, com emprego, ambiciosas, muito para o poder e o controlo.
Além disso, fisicamente não chegam ao "fundo do poço" como no abuso de álcool e substâncias e, tendencialmente, os envolvidos mostram uma maior disponibilidade para fazer tratamento. No fundo, apesar de ligeiras diferenças, é uma dependência como tantas outras.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
Por amor de Deus, eu sou reformada e organizo eventos que não declaro, o que declaro vocês não me dão crédito porque não tenho IRS, estou isenta! Por isso se não me dão o credito parem de me enviar propostas tenho a caixa cheia! Vocês só dão a quem não precisa!
Olá, Cristina.
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