Sabemos que a poupança deve estar presente nas diferentes fases da vida. Mas fará sentido também poupar na reforma? O auge da poupança deve acontecer na vida ativa, uma vez que os rendimentos são maiores (e a energia, por norma, também!). No entanto, dependendo da capacidade que teve para amealhar dinheiro durante a vida ativa, deve ou não continuar a fazê-lo.
Consegui poupar ao longo da vida: tenho reforma e usufruo de PPR
Este é o melhor cenário de todos. Se conseguiu amealhar durante toda a vida ativa para um Plano Poupança Reforma e ainda beneficia da reforma, está tranquilo. Todavia, há questões que deve colocar a si próprio antes de ficar completamente “livre” de preocupações:
- Ainda tem dívidas: crédito habitação, automóvel ou pessoal?
- Tem pessoas dependentes financeiramente de si?
Estes são encargos que não finalizam automaticamente com o início da reforma, por isso, convém analisar todo o panorama financeiro para depois usufruir de uma vida financeira tranquila e sem percalços.
Ainda tenho encargos importantes: devo também poupar na reforma?
Se as respostas às questões que se colocou no ponto anterior foram positivas, então o caso muda um pouco de figura. Deve analisar a capacidade de liquidar totalmente os encargos que tem com alguma poupança que conseguiu fazer ao longo da vida. Se não for possível, terá que definir um plano para conseguir poupar e eliminar as dívidas ou assegurar o pagamento de encargos (como a formação superior de um filho) o mais rapidamente possível.
Por exemplo, se tem vários créditos, esta pode ser uma boa altura para os consolidar num só e com o remanescente, conseguir poupar para o liquidar mais cedo do que o previsto.
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Não tenho muitos encargos, mas a reforma não dá para muito mais
Infelizmente há muitos reformados em Portugal que vivem nesta situação. Com as despesas base (renda, luz, água, alimentação) e, em muitos casos, extras como a medicação, há reformados que não têm margem de manobra, mesmo sem encargos maiores.
Nestes casos, é importante garantir pelo menos um fundo de emergência, para alguma despesa inesperada. Mesmo com as despesas a levarem praticamente a totalidade da reforma, deve-se procurar poupar mensalmente, mesmo que seja um valor baixo, a fim de constituir esse fundo. Se está nessa situação:
- Aproveite, por exemplo, a folga do 13.º e 14.º mês;
- Peça a algum familiar que o apoie na negociação de serviços que tenha contratado, de telecomunicações, por exemplo;
- Recorra a apoio social se a situação for mesmo insustentável.
Seja qual for a sua situação, o ideal é viver a reforma com tranquilidade. Se está perto desta fase da sua vida, saiba com o que pode contar: simule no site da Segurança Social Direta quanto irá receber na reforma.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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