As dívidas são algo comum, que não significam necessariamente um problema ou uma má gestão da situação financeira. Por exemplo, se está a pagar um crédito à habitação, tem uma dívida para com o banco. No entanto, é normal que assim seja, e o pagamento desse empréstimo é algo com que terá de contar durante alguns anos.
O problema das dívidas é quando começa a perder o controlo sobre elas. Quando pede empréstimos por razões desnecessárias. Quando, perante uma situação de aperto financeiro, opta por gerar mais dívidas. Esta última situação é algo que deve evitar. Uma das principais estratégias para garantir a estabilidade financeira passa pela eliminação das dívidas que é possível evitar como, por exemplo, as despesas com cartões de crédito. Ao fazê-lo, vai eliminar um encargo mensal e contribuir para o equilíbrio do seu orçamento. Neste artigo, vamos explorar formas de evitar novas dívidas, especialmente quando se encontra em situação de aperto financeiro.
Se não consegue pagar sem cartão de crédito, não compre
Uma regra importante para evitar a criação de novas dívidas é evitar gastos que não consiga suportar sem recorrer ao cartão de crédito. Muitas vezes, a possibilidade de comprar algo sem ter de pagar na hora é muito apelativa. No entanto, deve lembrar-se que terá de saldar as contas, num momento posterior. Se, nessa altura, estiver numa situação parecida, "terá" de recorrer novamente ao cartão de crédito. Entra, assim, num círculo vicioso e as dívidas parecem nunca ter fim.
De modo a evitar a criação de novas dívidas, especialmente em alturas de maior aperto financeiro, compre apenas aquilo que efetivamente necessita e que pode pagar.
Se precisa mesmo de ter alguma folga no final do mês, pondere consolidar créditos, caso tenha vários contratos a correr. Este mecanismo permite unir várias prestações numa única, com um único prazo e assim conquista alguma poupança. Em alguns casos, chega mesmo aos 60%. Fale com os nossos especialistas e conheça a esta alternativa.
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Utilize orçamentos
Os orçamentos são uma boa forma de organizar as suas finanças e de controlar as suas dívidas. Definir um orçamento é uma estratégia que se baseia na atribuição de um valor máximo a determinada categoria de despesas. Por exemplo, se pretende gastar 150 euros em alimentação este mês, este é o seu orçamento para esta despesa, e o objetivo é que não seja ultrapassado. Como é que esta estratégia o pode ajudar a evitar novas dívidas? É simples. Ao atribuir um valor máximo às suas despesas terá em conta os seus rendimentos mensais. O que significa que, se cumprir o plano, não será "forçado" a contrair novas dívidas.
Para isso, é fundamental que tenha motivação e autocontrolo. Uma vez que um orçamento não cria uma obrigatoriedade de cumprimento, é necessário que se mantenha disciplinado. Seja com um simples papel e caneta, seja de forma mais interativa, usando uma folha de Excel ou um aplicação específica, tem várias formas de criar orçamentos. O objetivo é sempre o mesmo: maximizar a poupança e garantir que não gasta mais do que aquilo que ganha. Desta forma, vai ter mais controlo sobre os seus gastos e evitar dívidas indesejadas.
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Crie um fundo de emergência
Outra forma de evitar dívidas passa por criar um fundo de emergência. Como o próprio nome indica, é dinheiro que deve ter de lado para emergências ou outras situações imprevistas. Por exemplo, se o seu carro avariar, a despesa do arranjo é algo para o qual não estava preparado. Assim, se tiver um fundo de emergência pode utilizá-lo para cobrir esta despesa, seja na totalidade ou parcialmente, dependendo do valor que já tiver acumulado. Se não tiver um fundo de emergência, terá de pagar com dinheiro que poderá precisar para cobrir outras despesas, gerando um desequilíbrio no seu orçamento.
O seu fundo de emergência deve ser construído ao longo do tempo e deve encará-lo como uma despesa obrigatória. Pode definir um objetivo mensal - por exemplo, reforçar o seu fundo com 100 euros todos os meses - ou variar o montante, consoante a disponibilidade.
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Garanta o pagamento das suas contas a tempo e horas
Para evitar novas dívidas, é fundamental que faça o pagamento de todas as suas contas a tempo e horas. Seja a renda da casa, a conta da luz e da água, seja os seguros e as obrigações fiscais. Uma forma simples de garantir que não falha pagamentos passa pela organização das suas despesas numa folha de Excel ou num simples caderno. Todos os meses, verifica todas as despesas que tem a pagar, incluindo aquelas que só paga uma vez por ano como, por exemplo, o seguro do carro. É importante ter presente estas despesas anuais, já que é mais fácil esquecer-se delas. Da mesma forma, é importante perceber que nos meses em que tem despesas extra, a gestão deve ser feita com mais atenção para garantir que os gastos não excedem os ganhos.
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Pague em dinheiro sempre que possível
Pagar em dinheiro, sempre que possível, é uma forma de controlar os seus gastos e tê-los mais presentes. Com o crescimento dos cartões de débito e crédito, o pagamento em dinheiro caiu um pouco em desuso. Hoje em dia, os pagamentos são, maioritariamente, feitos através de cartões. Porquê? Pelo simples facto de ser mais rápido, prático e, desde a pandemia, mais higiénico.
São várias as vantagens dos cartões. O problema é que acaba por não ter uma noção tão clara de quanto dinheiro tem e de quanto está a gastar.
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Evite compras por impulso
Compras por impulso são um grande inimigo da poupança, e podem abrir caminho à contração de novas dívidas. Uma compra por impulso é, por definição, uma compra não planeada, pelo que o mais certo é que seja um gasto evitável. Procure manter-se fiel ao seu orçamento e comprar apenas aquilo de que necessita. O dinheiro que gastar em algo supérfluo, poderá fazer-lhe falta para o que é essencial.
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Comece a poupar o mais cedo possível
Por fim, mas não menos importante, uma forma de evitar dívidas passa por adotar, desde cedo, hábitos de poupança. Poupar o máximo que puder e iniciá-lo o mais cedo possível. Este comportamento será determinante no futuro, colocando-o numa situação financeira mais estável e sustentável. Terá mais dinheiro para fazer face a despesas inesperadas, evitando assim a necessidade de recorrer a empréstimos.
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