Carreira e Rendimentos

Quanto pode custar a licenciatura do meu filho?

Saber quanto pode custar uma licenciatura exige ponderar um conjunto de diferentes despesas. É tempo de planear e ajustar o orçamento.

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Quanto pode custar a licenciatura do meu filho?

Saber quanto pode custar uma licenciatura exige ponderar um conjunto de diferentes despesas. É tempo de planear e ajustar o orçamento.

O seu filho está prestes a iniciar uma etapa importante do seu percurso escolar, a entrada no ensino superior e há muito se questiona: quanto pode custar a licenciatura? É hora de fazer contas às despesas que vai ter a partir de agora. Para o ajudar nesta tarefa e saber quanto pode custar uma licenciatura, reunimos as áreas que deve contemplar nos ajustes ao seu orçamento familiar.

Propinas

Quando falamos em quanto pode custar uma licenciatura, uma das primeiras despesas que nos vem à cabeça são naturalmente as propinas. O valor máximo estipulado para as propinas nas instituições públicas de ensino no ano letivo de 2021-2022 foi de 697 euros. Desta forma, para os três anos de licenciatura do seu filho, vai ter um custo total de aproximadamente dois mil euros.

Caso opte por uma instituição de ensino privado, os valores já se tornam um pouco mais elevados. Dependendo da instituição, as propinas podem variar entre 2300 euros e os 5900 euros por ano. Antes do seu filho se candidatar, informe-se sobre o valor junto da instituição de ensino.

Para além das propinas, lembre-se que tem que pagar igualmente a inscrição, cujo valor depende também de cada instituição de ensino. O valor pode variar entre 65 euros (instituições públicas) e 600 euros (instituições privadas).

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Alimentação

Com a entrada do seu filho no ensino superior, além das propinas deve naturalmente ter em conta outros custos, como por exemplo o da alimentação. Em média uma senha para uma refeição completa, composta por pão, bebida, sopa, prato principal e sobremesa, ronda os 2,65 euros nas instituições públicas. É importante, contudo, que pesquise o valor das senhas de refeição na universidade que o seu filho pretende frequentar, nomeadamente se for privada, pois o valor vai ser certamente diferente.

Muitas instituições dão a possibilidade de comprar packs de senhas, o que possibilita uma poupança no valor unitário das mesmas.

Não se esqueça de contabilizar os custos com outras refeições como por exemplo, o pequeno almoço e o lanche. Se o seu filho estiver deslocado da sua área de residência, lembre-se das despesas que ele vai ter no supermercado.

Deslocação

Quando estiver a fazer a previsão das despesas que vai ter com o seu filho ao entrar na universidade, tem que ter em conta os custos da deslocação da residência para a instituição de ensino. O ideal é sempre a utilização dos transportes públicos, pois é a opção mais económica. Contudo, em certas situações pode não ser possível e nesse caso deve prever as despesas com combustível, manutenção do veículo e portagens (caso se aplique).

Jovem estudante estuda no seu quarto

Habitação

Caso a instituição de ensino superior que o seu filho vai frequentar não fique na sua área de residência, tem que ter em conta os custos com a habitação.

A opção mais económica são as residências universitárias. Contudo, pode ser algo difícil conseguir uma vaga, pois estas são bastante limitadas. Na maior parte das vezes estas residências são ocupadas por estudantes bolseiros. No entanto, não perde nada em apresentar uma candidatura.

Os valores dependem de cada instituição de ensino, mas para ter uma ideia, por exemplo, na Universidade de Lisboa, o custo mensal para um aluno bolseiro é de 77,56 euros. O valor para alunos sem bolsa pode ir dos 155 euros aos 200 euros mensais, dependente do rendimento do agregado familiar. Ainda neste exemplo, no custo mensal estão incluídos a utilização dos equipamentos instalados nas áreas comuns, o uso de internet e a roupa de cama com a respetiva substituição semanal.

Outra das opções é o arrendamento de um quarto a um particular, que dependendo da zona (por norma no litoral é mais caro que no interior), pode chegar em médias aos 250 euros mensais. Existe também a possibilidade de arrendar um apartamento, mas nesse caso, o custo já se torna muito elevado, podendo chegar, dependendo da zona e da tipologia do imóvel, aos 600 euros mensais.

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Livros e restante material

Ao fazer o planeamento das despesas, não pode deixar de contabilizar os custos com os livros que o seu filho vai ter que adquirir, bem como todo o material necessário ao estudo, como por exemplo, fotocópias, cadernos, computadores, tablets, impressoras, entre outros.

Erasmus

Frequentar um programa Erasmus pode ser uma experiência enriquecedora tanto a nível académico como pessoal. No entanto, deve também ter a noção dos custos que vai ter caso o seu filho pretenda ir estudar ou fazer um estágio no estrangeiro. Antes de mais, deve fazer um orçamento.

O seu filho pode apresentar uma candidatura à bolsa Erasmus+, se o destino escolhido fizer parte da União Europeia. Se ele conseguir a bolsa, é-lhe atribuído um determinado valor que depende do custo de vida do país para onde ele pretende ir estudar.

Tal como numa instituição de ensino nacional, ao ir estudar para o estrangeiro, tem que ter em conta algumas outras despesas, como por exemplo: viagens, alojamento, despesas fixas (água, luz, gás, internet, etc).

Bolsas de estudo

As instituições de ensino, quer sejam públicas ou privadas, atribuem sempre bolsas de estudo para estudantes mais carenciados ou com melhor aproveitamento escolar.

As candidaturas às bolsas de estudo para os alunos mais carenciados devem ser efetuadas junto dos serviços de ação social da instituição de ensino. A bolsa tem sempre a duração de um ano letivo, ou seja, numa licenciatura de três anos, tem que fazer três candidaturas, uma por cada ano.

Já as bolsas de mérito, para alunos com melhor aproveitamento escolar, são atribuídas independentemente dos rendimentos do seu agregado familiar. Estes apoios são concedidos aos alunos com um aproveitamento excecional.

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Trabalho em part time

Muitos pais têm algum receio que o rendimento escolar dos filhos baixe se os mesmos trabalharem enquanto estudam. Contudo, é uma opção que deve considerar, pois para além do seu filho estar a ajudar financeiramente nos custos com a sua formação, é uma experiência enriquecedora a nível curricular.

Existem muitos estudantes que trabalham no período das férias, ou mesmo no período letivo, durante o fim de semana ou ao final do dia, por forma a ajudarem nas despesas. Existem várias opções, como por exemplo, trabalhar em lojas, na restauração, ou até mesmo dar explicações de cadeiras/matérias que ele esteja mais à vontade.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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