Ter um aumento salarial no seu emprego ou receber um bónus é sinónimo de dinheiro extra no final do mês. Independentemente de se tratar de algo pontual ou periódico, existem diversos benefícios em ter uma maior folga financeira. No entanto, estes benefícios também trazem consigo responsabilidades.
Assim, reunimos alguns pontos relevantes que merecem especial reflexão antes de decidir entre poupar ou gastar esse dinheiro extra.
Já tem um fundo de emergência?
Já tem um fundo de emergência que cubra despesas inesperadas? Este é um dos fatores que lhe permite avaliar a sua estabilidade financeira. Independentemente da sua situação profissional e económica, não é prudente deixar a constituição do seu fundo de emergência "na prateleira". Se não tiver poupanças que cubram situações urgentes, como desemprego, um acidente de trabalho em que não possa exercer a sua atividade, entre outros exemplos, então pode passar por dificuldades.
O aconselhável é que tenha um "pé de meia" que assegure, pelo menos, seis meses de despesas. No entanto, isto não invalida que possa estender-se por um período superior, até porque, dependendo do seu estilo de vida e estabilidade profissional, pode mesmo ter de fazer face a situações imprevisíveis e adversas.
Assim, se ainda não tem um fundo de emergência, pondere então usar todo o dinheiro extra conseguido para este fim.
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Poupar mensalmente para a reforma
Idealmente, a reforma é o período da vida em que temos mais tempo para usufruir de certos momentos, mas também traz alguns desafios. No que diz respeito à parte financeira, nem sempre a pensão de velhice permite pagar todas as despesas. Com o avançar da idade, os custos com a saúde têm tendência a aumentar e, muitas vezes, consomem uma grande fatia da reforma.
Assim, é particularmente relevante "construir" uma poupança ao longo do tempo, de forma a garantir a sua estabilidade financeira quando deixar a vida ativa. Se ainda não subscreveu um produto financeiro, como um Plano Poupança Reforma (PPR), este pode ser uma resposta à questão "o que fazer com o meu dinheiro extra". Além de criar uma poupança, pode ter certos benefícios ao subscrever um PPR.
Em primeiro lugar, pode ter uma dedução anual no seu IRS até 400€, se tiver menos de 35 anos. Para usufruir deste benefício fiscal, deve contribuir 2000€ anualmente para o seu PPR. Isto significa que, para obter a maior dedução, deve contribuir cerca de 166€ por mês. Ainda que, com os seus rendimentos, até possa não ser possível contribuir com este valor mensal, não desanime.! Este processo é uma maratona e não um sprint.
Sempre que fizer uma contribuição, seja mensal ou extraordinária, pode deduzir 20% daquilo que investiu. Na prática, é como se tivesse uma taxa de juro de 20% ao ano, até um investimento máximo de 2000€. No entanto, tenha em consideração que, se tiver a necessidade de retirar parte ou a totalidade do dinheiro, existem condições para evitar penalizações.
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Tem capacidade financeira para continuar a investir em si?
Ter dinheiro extra na sua carteira é dar mais um passo rumo à sua liberdade financeira. No entanto, esse dinheiro adicional traz consigo uma maior responsabilidade. Da mesma forma que é importante aumentar os seus rendimentos e reduzir as suas despesas, não deve deixar de investir em si próprio. Ou seja, pondere usá-lo em formas de obter novas competências e melhorar a sua situação profissional.
Por outro lado, se já tem uma situação financeira confortável, em que pode continuar a investir em si próprio, independentemente do dinheiro extra, equacione, ocasionalmente, utilizá-lo em algo que goste ou na concretização de um "capricho". Isto, desde que o faça de forma cautelosa.
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Comprar carro ou casa não estão nos planos
A compra de um carro ou de uma casa faz toda a diferença no orçamento familiar. Por essa razão, requer planeamento e, geralmente, implica "tocar" nas suas poupanças para, por exemplo, pagar a entrada para o crédito habitação ou automóvel. Mas, é claro, estes investimentos avultados não são uma constante na nossa vida.
Com dinheiro extra todos os meses, é expectável que sinta "tentações" e possa gastá-lo, especialmente se não tiver este tipo de objetivos "de peso". Contudo, mesmo que não pretenda comprar carro ou casa tem, certamente, que continuar a pagar renda e a gastar em mobilidade.
Se tem este tipo de despesas, não deve encarar o seu dinheiro extra como "dinheiro para gastar". Situações inesperadas acontecem e o extra pode fazer toda a diferença para não ter de recorrer às suas poupanças ou, nos piores casos, ter de se endividar.
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Não tem quaisquer dívidas de momento
As dívidas podem consumir uma grande fatia do seu orçamento e, como tal, todo o dinheiro extra é bem vindo para amortizar empréstimos. Dependendo das taxas de juro associadas às suas dívidas, existirão poucos investimentos com um retorno tão elevado como a amortização antecipada de um empréstimo. Especialmente, se tiver grandes quantias em créditos pessoais ou em cartões de crédito.
Ainda que até possa estar numa situação financeira confortável, se não tiver em vista nenhum investimento que lhe possa trazer um retorno razoável com o seu dinheiro extra, então a amortização antecipada pode ser uma boa solução. Não se esqueça que todos os juros que paga é dinheiro que está a sair da sua carteira desnecessariamente. Por isso, se tiver forma de evitar essa situação, não deve perder tempo.
Já se estiver numa situação financeira complicada, qualquer dívida que tenha torna-a ainda mais difícil. Por isso, todo o dinheiro extra que conseguir obter, deve redirecioná-lo para o pagamento destas dívidas.
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Investir o seu dinheiro regularmente
Existem diversos ativos financeiros que podem levá-lo a patamares mais altos da liberdade financeira. Fundos de investimento, ações, imobiliário, criptomoedas, entre outros ativos são algumas das possibilidades que pode estudar e perceber se lhe interessam. O dinheiro extra também pode fazer a diferença neste processo.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
Gosto imenso das sugestões que aquí são dadas e deixadas … mas gostaria de sugerir que deixassem sugestões também no âmbito de gerir dinheiro vivo, tipo Caixa … muitas pessoas realmente poupam dinheiro que têm no banco e até conseguem investir, mas por vezes é dificil gerir trocos e dinheiro que temos em casa, tendo de ir recorrer ao dinheiro depositado na conta corrente…. penso que devemos ter em casa perto de 100 euros para emergências mais imediatas, idas a cafés, pequenas compras, realçando uma poupança mais básica entendem…. sugestões nesse sentido, as empresas têm dinheiro em caixa conta 11 e claro os depósitos a ordem conta 12 …. no fundo peço sugestões de como gerir melhor os dinheiros de bolso
Olá, Sérgio.
Obrigada pelo seu comentário. 🙂