A gasolina low cost está sempre associada a preços mais em conta para o bolso das famílias. E por vezes podem também levantar-se mitos que condicionam o seu uso.
Existe o mito de que o seu uso danifica o motor e provoca um desempenho de rendimento menor. Contudo, não há comprovativos nesse sentido, pelo que deverá realmente perceber alguns benefícios e outras desvantagens da gasolina low-cost.
O que é uma gasolina low-cost?
Os combustíveis simples é um combustível geralmente prestado em grandes superfícies comerciais e é um combustível que não recebe aditivos.
O termo low-cost ganhou o nome devido a ser mais barato e por ser comercializado fora das redes de gasolineiras maiores, como Galp, Repsol, BP, Cepsa, etre outros.
O facto dos preços praticados nos hipermercados que têm postos de combustível serem relativamente mais baixos do que a concorrência tem a ver com o facto dos custos operacionais terem uma dimensão mais reduzida.
Daí que muito dificilmente poderá encontrar os mesmos preços em bombas das principais empresas que vendem o mesmo produto pois tanto os modelos de negócio como os meios operacionais envolvidos nesta operação são muito distintos.
Gasolina Low Cost: objetivos principais de diferenciação
Pode-se apontar algumas diferenças à gasolina low-cost, tais como:
- Diminui a emissão de gases poluentes nocivos ao meio ambiente;
- Contribui para que o rendimento do motor sofre uma ligeira melhoria ao nível do desempenho em circulação de estrada;
- Reduz o consumo efectuado;
- Existe uma melhor eficiência no motor.
Relativamente aos impostos aplicados, nomeadamente o ISP, o imposto que incide sobre os produtos petrolíferos, os combustíveis low-cost têm a mesma taxa de tributação do que os combustíveis ditos tradicionais.
Estando o mercado liberalizado, em que cada operador pode definir livremente o preço a cobrar pelos combustíveis, convém não esquecer que a gasolina low-cost tem o IVA aplicado à taxa normal.
O que não invalida que este tipo de combustível veja o seu preço reduzido em alguns postos, nomeadamente os ligados a grandes superfícies do comércio a retalho.
Como é calculado o preço final?
Tanto a gasolina como o gasóleo são produtos com cotação em termos mundiais.
Na saída das refinarias isso está em linha de conta com o preço aplicado. Os preços têm sempre em atenção a lei da oferta e da procura, havendo por isso uma flutuação nos preços praticados. A gasolina, tal como o gasóleo, é cotada em dólares sendo que ao converter para o euro o preço acaba por subir. A taxa de conversão dos biocombustíveis, fruto do compromisso de Portugal na redução da emissão de CO2, influencia o preço a aplicar.
Não esquecer as margens dos retalhistas com postos de abastecimento têm de ser largamente compensadas. Os impostos aplicados como o IVA e o ISP determinam o valor a cobrar pelo abastecimento. Na gasolina o valor dos impostos que influenciam o preço praticado é de 60%.
Mediante estes fatores, abastecer com gasolina low cost, compensa?
Tomemos o seguinte exemplo :
Suponhamos que precisa de abastecer o carro todas as semanas para ir trabalhar e que opta pela gasolina low cost. Num dos postos vai encontrar a gasolina normal, a 1,39€/litro e noutro o mesmo tipo de gasolina, mas considerada low cost, com o valor de 1,29€/litro.
Num depósito de 40 litros, pagará no primeiro 55.6€ e no segundo 51.6€, uma diferença de 4€. Se fizer dois abastecimentos por mês, poupa 8€ por mês e no final do ano 96€.
Ao juntar ao valor do depósito, deve também avaliar o número de quilómetro/ ano que faz, pois o consumo de low cost pode ainda assim compensar.
Segundo simulações efectuadas pela Deco, se abastecer o veículo sempre com gasolina e combustíveis low cost a poupança pode ser considerável: entre 156 a 208 euros por ano. Se fizer cerca de 20.000 quilômetros por ano num carro movido a gasolina, com um consumo regular de cinco litros aos 100€ a poupança ronda os 130-150 euros ano.
Que conclusão tirar?
Na relação preço a pagar e poupança associada, abastecer os carros com combustíveis low cost pode compensar na medida que são mais acessíveis à carteira. Ainda assim, compare e analise sempre os preços em vários operadores.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
Bom dia. Venho aqui comentar a minha experiência nesta matéria.
Já fiz a experiência por três vezes abastecendo em postos low cost e em postos “regulares” com o gasóleo “normal” destes postos e devo dizer que o gasóleo Low cost não só me fez sempre uma média de 90 km a mais num tanque cheio como ainda tive problemas com o motor, aliás, a única vez que tive problemas no motor como meu carro em 15 anos.
Tirem as vossas conclusões.