Os produtos de marca branca trazem poupanças significativas nas compras de supermercado e são já a escolha de muitas muitas famílias. Contudo existem pessoas que ainda mostram algumas reticências. Neste artigo fazemos as contas e mostramos a diferença de preço de alguns produtos de marcas brancas e marcas original.
Pedro Pais é o fundador do financaspessoais.pt e do forumfinancas.pt. O Pedro é um dos maiores promotores de literacia financeira em Portugal contribuindo com centenas de artigos, ferramentas e simuladores que ajudam as pessoas a poupar, a investir ou a decifrar os mistérios da fiscalidade.
Hoje em dia não há hipermercado que se preze que não tenha um conjunto variado de marcas de distribuição (por vezes chamadas de marcas brancas), que cobrem produtos tão variados como detergentes, papel higiénico ou géneros alimentícios. A particularidade dos produtos de marcas de distribuição é que são imensamente mais baratos e, em muitos casos, a diferença de qualidade é inexistente ou insignificante.
Ainda que as vantagens dos referidos produtos sejam evidentes, há quem ainda se oponha à sua compra, essencialmente por desconfiança quanto à qualidade e status associado.
Quanto à qualidade, posso afirmar por experiência própria que na grande parte dos casos não há diferenças significativas, e certos produtos até são melhores que marcas consagradas, isto já para não falar que quase todos estes produtos têm a máxima "100% satisfeito ou devolvemos o seu dinheiro". Já quanto ao status, pode ser que com as contas que lhe vou mostrar passe a pensar que mais vale dinheiro no bolso.
As contas
Para mostrar o potencial de poupança que existe na compra de marcas de distribuição, fiz um pequeno exercício para perceber qual seria a diferença entre comprar um cabaz de marcas conhecidas e um cabaz de marcas de distribuição. Neste exercício só analisei guardanapos, papel higiénico, detergente para a loiça, sabonete e bolachas.
Neste pequeno cabaz, o valor gasto nas marcas conhecidas é €219,62 e nas marcas de distribuição é de €122,50, uma diferença de €97,12. É evidente que dependendo das escolhas concretas a diferença pode ser menor ou maior, mas é evidente que o potencial de poupança com as marcas de distribuição é enorme - neste exemplo "poupámos" quase € 100, agora imagine as centenas de euros que poderá poupar se adoptar esta solução para muitos mais produtos.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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@ Eliveira,
Penso que essa menção é obrigatória, pois este tipo de produtos tem um código de produtor e os códigos começados por PT são produtos fabricados em Portugal).
@José,
É possível que a sua lógica tenha algum fundamento, mas as questões económicas são muito complexas e vê-las de um só prisma não é muito adequado. Por exemplo, ao pouparmos também temos mais rendimento que podemos utilizar noutros produtos (eventualmente produzidos em Portugal), pelo que efeito na economia é claramente difícil de calcular.
@Pedro Leite,
É possível que sim, mas usar guardanapos de tecido parece-me tão pouco prático… Se calhar é apenas uma questão de hábito, não?
Oh Pedro, experimentar usar guardanapos de tecido e vais ver que poupas muito mais e é mais ecológico.
Apenas acho que deveria ser obrigatório mencionar o pais de origem desses produtos. Tambem consumo imensos produtos desde higiene, alimentação, roupa, etc.
Apenas queria acrescentar que os produtos de marca branca são normalmente negociados entre as empresas de Marca e os Hipermercados e que hoje em dia as grandes redes de hipermercados verificam todos os lotes de produtos em laboratório antes de os colocarem à venda logo salve raras excepções, produtos de marca branca ou de Marca têm a mesma qualidade.
Lembrem-se que as marcas apenas custam aquilo que o cliente quer que elas custem é a lei da oferta e da procura. Pouca oferta e grande procura = preços altos
Muita oferta e pouca procura = preços baixos
Se é verdade que a poupança existe em muitos dos produtos de distribuição, convém não esquecer que muitos desses produtos, quando atingem uma escala de consumo significativa, permitem a sua fabricação em países externos, diminuindo, desse modo, a capacidade da indústria nacional gerando desemprego e, logo, menos consumidores. Ou, mantendo a produção nacional, importam, especificamente para essa fabricação, matéria-prima de menor qualidade e/ou oriunda de países pouco recomendáveis em condições de emprego, sociais e ambientais. Em suma, o ganho directo é, muitas vezes, suplantado pelos custos indirectos que o país – e todos nós enquanto contribuintes – acabamos por suportar. Cumprimentos
José Rocha
Boa tarde,
Mas não esquecendo que certos produtos chamados “linha branca”, em alguns casos são os mesmo que os das marcas de elite, só muda o rótulo.
Boa Tarde,
Obvio que este tipo de produtos são uma boa forma de poupança mas não nos podemos esqueçer que além disto tem que existir garantia de investigação e criação de novos produtos, pois as marcas brancas são muitas das vezes produtos a base de “cópias”, se assim lhe podemos chamar, de outros produtos de marca.
Não quer dizer com isto que os produtos de marca branca são de qualidade inferior, mas sim que o facto de se comprarem só estes produtos acaba por contribuir para o aumento de certas carteiras, fecho de empresas, concorrência desleal para com aqueles que não teêm capacidade de negociação, …
Posso também aqui dizer que muito deste ganho está nos produtos de higiéne tal como está referênciado anteriormente! E já agora também compro destes produtos!!
Iogurtes e enlatados também costumamos usar, nem sei como não me lembrei. Acho é que nunca experimentei produtos de charcutaria. Tens alguma recomendação em particular?
todas as categorias que listaste são habituées na lista de compras lá de casa, e somava iogurtes, enlatados e produtos de charcutaria…poupa-se bastante e a qualidade é similar!