Já parou para pensar porque não consegue poupar mais dinheiro todos os meses? Embora possam existir várias explicações para esta dificuldade, há uma forte probabilidade de estar a cometer os principais erros de quem tenta poupar.
Conheça-os neste artigo, e perceba como evitá-los.
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7 erros de quem tenta poupar
1 - Nunca criou um orçamento
Se nunca criou um orçamento familiar, que facilita o processo de saber quanto é que ganha e quanto (e como) gasta, o mais provável é estar a despender mais do que devia, sem ter essa consciência. Pode não parecer muito relevante, mas sem este tipo de organização é difícil poupar de forma adequada.
Afinal, um orçamento familiar identifica todos os seus rendimentos e despesas. A categoria das despesas deve ser dividida entre gastos essenciais e não essenciais. Assim, se precisar de fazer ajustes, sabe exatamente que gastos pode cortar ou reduzir. Além disso, ao ter um orçamento pode estipular um valor fixo para direcionar para uma poupança.
Leia ainda: O que são gastos essenciais e não essenciais?
2 - Não controlar os pequenos gastos
Por vezes, os pequenos gastos representam uma fatia maior do orçamento do que pode pensar. Falamos de encargos como cafés, pequenos-almoços e lanches fora de casa e aquela bebida ao final do dia.
Mas será que sabe quanto é que gasta nestes pequenos encargos? Imagine que todos os dias bebe dois cafés na rua. Se cada café custar 0,80 euros, por dia, vai gastar 1,60 euros. Em 30 dias, esse encargo representa 48 euros. Caso tome o pequeno-almoço fora durante 15 dias do mês e se este custar 5 euros, este gasto será de 75 euros.
Ou seja, se cortar nesses dois pequenos gastos vai gerar uma poupança mensal de 123 euros. Dito isto, é aconselhável fazer contas a estes pequenos gastos do dia a dia e identificar quanto poderia poupar se fizesse este corte.
Leia ainda: Preciso de fazer cortes no orçamento familiar. Por onde começo?
3 - Fazer compras por impulso
Outro dos principais erros de quem tenta poupar é, por vezes, ceder a compras por impulso. E quando tem essa tendência, além de afetar as suas possibilidades de constituir uma poupança, pode até colocar as suas finanças em risco.
Uma forma de prescindir das compras por impulso é perceber quantas horas tem de trabalhar para pagar aquele bem ou serviço. Por exemplo, se quiser comprar um bem com um custo de 500 euros, tendo um salário líquido mensal de 1.200 euros em que trabalha 40 semanais, precisa de trabalhar 56,31 horas. Estamos a falar de cerca de 7 dias de trabalho.
Para ficar consciente do impacto das suas compras, recorra ao desmotivador de compras.
4 - Não procurar soluções para reduzir o seu endividamento
Quando tem vários créditos a decorrer ao mesmo tempo, corre o risco de as prestações levarem uma parte significativa dos seus rendimentos mensais. Por isso, é aconselhável rever as condições contratuais e tentar renegociar os seus créditos.
Caso tenha mais de dois créditos ao consumo, tem a possibilidade de consolidar os seus créditos num só. E qual é a vantagem? Pode baixar o montante total que paga de prestações de crédito até 60%. Com este alívio no seu orçamento, pode obter uma poupança de centenas de euros.
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5 - Ter objetivos de poupança vagos
Para criar uma poupança ou várias, vai precisar de uma estratégia para alcançar as suas metas. No entanto, se estiver a poupar sem um propósito específico ou estabeleceu objetivos pouco realistas, é natural que se sinta desmotivado rapidamente. E quando surge a desmotivação, são muitas as pessoas que deixam de poupar.
Porém, pode facilmente inverter esta situação. Basta que estabeleça metas de poupança concretas, como criar um fundo de emergência, ter uma poupança para pagar um carro, férias, entre outras. Depois, defina um valor que pode direcionar, todos os meses, sem afetar o seu orçamento familiar.
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6 - Não fazer transferências no início do mês
Outros dos erros de quem quer poupar, mas enfrenta inúmeras dificuldades, está associado à disciplina de guardar a poupança mensal logo no início do mês. Se querer atingir certos objetivos, precisa de colocá-los no topo das suas prioridades. E se deixar o valor que quer direcionar para a sua poupança para o fim do mês, é provável que surjam imprevistos que impossibilitem esta "missão".
Uma forma de não ter de se preocupar com a constituição da sua poupança é transferir para uma conta o valor mensal que quer poupar. Assim, todos os meses, esse valor é retirado da sua conta à ordem (no dia acordado) e transferido automaticamente para uma conta poupança.
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7 - Aumentar o estilo de vida sem ponderação
Por último, existe um erro muito comum que passa despercebido, mas é um entrave na hora de aumentar uma poupança. Imagine que foi promovido no seu trabalho e, neste momento, está a ganhar mais 500 euros líquidos do que antigamente. Esta promoção traz uma nova folga financeira à sua vida. No entanto, se alterar o seu estilo de vida na mesma proporção dos seus novos rendimentos, acaba por não conseguir poupar como poderia.
Assim, é essencial que, caso os seus rendimentos aumentem, pondere bem o que vai fazer com esse dinheiro adicional. Claro que pode dar novos passos e concretizar objetivos, mas estes não devem ser um impeditivo para aumentar a sua estabilidade financeira.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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