Alugar um cofre no banco é uma das mais seguras formas de guardar bens pessoais pois beneficia de todo o sistema de alta segurança que o banco usa para se proteger. É importante saber quanto custa alugar um cofre no banco antes de avançar por esta via, visto haver custos menos claros envolvidos.
Em certos casos, alugar um cofre no banco pode custar centenas ou mesmo milhares de euros por ano, dependendo de vários fatores incluindo o tamanho do próprio cofre. O que pode guardar lá, no entanto, é apenas limitado pelo espaço disponível. Pode guardar dinheiro, joias, coleções, ou qualquer outro objeto que para si tenha valor.
Os custos de alugar um cofre no banco
Para alugar um cofre precisa apenas de contactar instituições bancárias e pedir para fazer um contrato de aluguer de um cofre. Vai precisar de ver as dimensões necessárias para o que quer guardar e fornecer alguns documentos para abrir uma conta na instituição bancária.
Depois de passar pelas verificações do sistema bancário que ajudam a prevenir atividades ilícitas, pode celebrar o contrato e terá acesso a uma chave para o cofre. Além de uma anuidade fixa que varia de acordo com o banco e com o tamanho do cofre, terá de lidar com custos extra:
- Comissão de celebração de contrato: Nem todos os bancos cobram esta comissão, mas alguns pedem o primeiro pagamento quando o contrato é celebrado;
- Caução: O valor da caução tem de ser pago para receber a chave, mas se tudo correr bem o valor da mesma é-lhe devolvido quando o contrato terminar;
- ·Comissões de visita: Quando visitar o seu core, o banco pode pedir-lhe um pagamento para o levar ao mesmo. Alguns bancos apenas cobram estas comissões depois de um determinado número de visitar ao cofre por ano;
- Manutenção de conta à ordem: Por norma, terá de abrir uma conta à ordem no banco para poder alugar um cofre. Esta e outras comissões bancárias devem também ser consideradas se abrir conta apenas para ter acesso a esta segurança.
Há ainda um custo imprevisto que deve ter em conta: se perder a chave de acesso ao seu cofre, terá de pagar uma comissão de arrombamento ao banco para chegar ao que tinha assegurado no seu interior.
Todos os custos mencionados variam de banco para banco. A anuidade em si terá por norma um custo de cerca de 50 euros para os cofres de menores dimensões, mas pode ultrapassar passar os 1.000 euros para cofres de maiores dimensões.
Note que qualquer pessoa pode alugar um cofre, desde que tenha uma conta com a instituição bancária. Por vezes, a oferta de cofres é limitada, logo pode ter de alugar um com dimensões superiores às que pretendia – e assim pagar mais – ou pode até ter de subscrever produtos que não queria para ter acesso a um cofre.
Vantagens e desvantagens de alugar um cofre
A mais clara vantagem de alugar um cofre no banco é o benefício da segurança de que o próprio banco beneficia: o que tiver dentro do seu cofre está tão ou mais seguro quanto os valores que o banco tem nas suas instalações.
Guardar dinheiro em casa ou outros bens acaba por ser mais arriscado, visto que tudo pode desaparecer em caso de roubo, incêndio, ou desastre natural. Mesmo que tenha um seguro a proteger os seus bens, receber do seguro pode demorar mais do que queria, além de que estes pagamentos têm limites e há coisas que são insubstituíveis e que não há dinheiro que cubra a sua perda.
O que está dentro do seu cofre é secreto: o banco não pergunta o que lá está dentro. A segurança e potenciais grandes dimensões de um cofre podem permitir-lhe também por exemplo guardar ouro, joias, e outros bens preciosos. Se os guardasse num cofre em sua casa, este poderia estar mais exposto em caso de assalto e o custo seria elevado.
Do lado das desvantagens, é necessário salientar que os bancos não têm cofres em todas as sucursais. Por norma estes cofres estão em balcões em grandes centros urbanos, aos quais terá de se deslocar para aceder aos seus bens.
Outra desvantagem é a falta de oferta de cofres. Nem todos os bancos têm cofres para alugar, e o espaço é tão limitado que por vezes apenas estão disponíveis a quem subscrever a produtos financeiros com o banco.
Por fim, os bens guardados nos cofres não estão protegidos por qualquer seguro, visto que os bancos não estão em posição para assegurar os bens que tem lá dentro sem saber o que são.
Guardar dinheiro no cofre do banco
Algumas pessoas perderam a confiança no sistema bancário após sucessivos escândalos financeiros como o do BPN, BES ou Banif. O resultado foi tirarem o dinheiro dessas instituições e passarem-no para cofres protegidos pelas mesmas.
É importante aqui considerar que a inflação afeta também o dinheiro guardado em cofres. A inflação caracteriza-se pelo aumento geral dos preços de bens e serviços. Isto significa que se a inflação anual for de 1% e tiver sempre os mesmos 1.000 euros para gastar, não conseguira comprar exatamente as mesmas coisas. Neste caso, para conseguir comprar o mesmo cabaz de produtos teria de gastar mais 10 euros. Ou seja, o dinheiro que fica alojado num cofre vai perdendo o valor à medida que a inflação aumenta.
De acordo com dados do Banco Central Europeu, a inflação em Portugal subiu 0,5% relativamente ao ano passado. Por norma, esta perda de poder de compra pode ser contrariada com o rendimento de juros em depósitos a prazo. Estes estão, no entanto, atualmente em mínimos históricos, mas dispõe de alternativas seguras como certificados de aforro ou do tesouro entre outros.
Além disso, a poupança aplicada em depósitos a prazo beneficia da segurança do Fundo de Garantia de Depósitos, que garante até 100 mil euros por depositante. Esta garantia de reembolso bancário, note-se, apenas é valida para instituições autorizadas a operar a atividade bancária pelo Banco de Portugal.
O dinheiro guardado num cofre, por outro lado, não beneficia da segurança do Fundo de Garantia de Depósitos, apesar de beneficiar da segurança física do banco. Joias, moedas de ouro ou de coleção, e outros bens preciosos não podem ser guardados seguramente em contas bancárias, apenas em cofres.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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