Face à atual subida da taxa Euribor é importante que reveja o seu empréstimo, quer seja para antecipar dificuldades em pagar as prestações ou porque existem melhores opções no mercado. Fique a conhecer algumas situações que abrem a porta a uma eventual redução dos encargos com o seu crédito habitação.
Melhores opções no mercado para crédito habitação
Só porque decidiu fazer o seu crédito habitação num determinado banco, isto não significa que esteja "preso" para sempre a essa entidade bancária. Se existirem melhores opções no mercado, pode e deve mudar. Em muitos casos, pode poupar milhares de euros em juros.
Por exemplo, suponha que o spread do seu crédito à habitação é cerca de 1,5%, para uma quantia de 150.000€ num prazo de 40 anos. Se negociar com o seu banco, ou encontrar outro que lhe faça uma proposta de 1%, pagará menos 36,5€ por mês. Esta quantia pode parecer insignificante, mas em 40 anos, vai conseguir poupar cerca de 17.500€. Se a quantia pedida ao banco for mais elevada (por exemplo, 250.000€), esta poupança chega aos 29.000€.
Por outro lado, deve ter em atenção os produtos que necessita de subscrever para usufruir de uma bonificação por parte do banco. Por vezes, os custos associados excedem o que pode poupar na redução do spread. Assim, esteja também atento ao MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor), TAN (Taxa Anual Nominal) e TAEG (Taxa Anual Efetiva Global) do contrato.
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Dificuldades em pagar as prestações mensais
Outra razão para renegociar o crédito habitação com o seu banco são as eventuais dificuldades em pagar as prestações mensais. Se estiver perante uma possível situação de incumprimento deve recorrer ao seu banco o mais rápido possível para encontrar soluções. Existem diversos instrumentos para atenuar o impacto das prestações no seu orçamento mensal.
Em primeiro lugar, os gastos com o seu crédito habitação não estão apenas relacionados com a prestação em si. Também deve considerar o seguro de vida, multirriscos e outros produtos que teve de subscrever para ter bonificação do spread. Além da prestação, todos estes produtos podem ser negociados. Por isso, a margem para diminuir os seus gastos ainda é considerável. Em alternativa, pode sempre adquirir esses produtos fora do seu banco, se efetivamente a poupança for superior às eventuais penalizações.
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Período de taxa fixa está a terminar
Se o período de taxa fixa estiver a terminar deve dirigir-se ao seu banco para negociar as condições do seu crédito habitação. Independentemente do prazo a que esteve sujeito durante a taxa fixa é recomendável analisar as condições. Quer pretenda fazer taxa variável ou taxa fixa, a meta deve ser a mesma: poupar.
Se não sentir-se confortável com a taxa variável, devido às incertezas do momento, estude a opção de contratar uma taxa fixa novamente. No entanto, devido ao valor das taxas Euribor atuais, provavelmente não vai conseguir as mesmas condições que usufruiu até agora.
Ao contrário da taxa variável, em que a qualquer momento a pode alterar, na taxa fixa isso não acontece. A somar, a comissão em caso de reembolso antecipado é quatro vezes superior em comparação com a taxa variável. Por exemplo, se quiser amortizar o seu crédito habitação no valor de 100.000€, terá de pagar cerca de 2.000€ se tiver taxa fixa. Já se tiver taxa variável, o valor desce para apenas 500€. Por isso, antes de contratar uma taxa fixa, avalie bem os prós e contras de cada uma destas opções e o que faz mais sentido para si.
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Consolidar os seus créditos
Seja para atenuar as suas dificuldades financeiras, seja para diminuir os seus gastos de forma pro-ativa, consolidar os seus créditos pode ajudá-lo em vários sentidos. Ao juntar todos os seus créditos num só, pode poupar centenas ou milhares de euros por mês, consoante a sua situação.
No entanto, tenha em consideração que não pode consolidar os seus créditos sem cumprir alguns requisitos. Nomeadamente, o facto de não ter prestações em atraso e a necessidade de ter um fiador ou dar uma garantia ao banco. Se estiver desempregado, saiba que apesar de ter a possibilidade de pedir a consolidação dos seus créditos, o mais provável é que o banco recuse, considerando que se trata de um cliente de risco.
Mas, atenção, apesar de a consolidação de créditos ter vantagens a curto prazo, pois vai ajudá-lo a reduzir a sua taxa de esforço, pode não ser uma solução para o longo prazo. Ao juntar todos os seus créditos num só, paga mais juros até ao final do prazo contratado. Por isso, deve aproveitar a folga financeira após a consolidação para ir amortizando o seu empréstimo ao longo do tempo.
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Situação financeira alterada
Embora muitas pessoas negoceiem o crédito habitação quando estão em dificuldades, saiba que existem vantagens também quando a sua situação financeira melhora. Um emprego mais estável, com uma remuneração superior, ou menos encargos com outros créditos, são vantagens para negociar melhores condições com o seu banco. Na prática, isso oferece maior segurança junto do banco de que é capaz de cumprir com as suas obrigações.
Em algumas entidades bancárias, consegue uma redução de spread significativa se tiver rendimentos superiores a um determinado valor. Da mesma forma, se tiver património mobiliário também pode ter outras vantagens na contratação de produtos e serviços junto do banco, o que ajudam também a reduzir os encargos do crédito habitação.
Por isso, não recorra ao seu banco apenas quando sente dificuldades. Muito pelo contrário. Deve recorrer ao seu banco sempre que a sua situação financeira se altere, seja para melhor ou pior.
Se tem estas e outras contas para fazer, não tem de as fazer sozinho. O Doutor Finanças, de forma inteiramente gratuita, pode estar ao seu lado e ajudar a encontrar as melhores decisões financeiras, simplificando os processos, tanto em crédito habitação como em consolidação de crédito.
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