Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo de investimento negociado na bolsa de valores, gerido de forma passiva e que segue um determinado cabaz de ativos.
Este fundo pode seguir o comportamento de vários tipos de ativos. De seguida, destacam-se os principais:
- Ações: trata-se da categoria de ETF mais negociada a nível global. Este tipo replica o comportamento de um índice acionista. Alguns dos ETF mais populares seguem o comportamento do S&P 500, índice norte-americano, que agrega as 500 maiores empresas cotadas na bolsa de Nova Iorque;
- Matérias-primas: este tipo segue a variação de preços das matérias-primas, como por exemplo, petróleo, ouro, gás natural, entre outros;
- Obrigações: seguem índices de obrigações, como as governamentais ou de empresas. De notar, que as obrigações são títulos de dívida e proporcionam um rendimento fixo, designado de cupão.
Para perceber em termos práticos como funciona um ETF, há várias composições e tipos, sendo que podem ser constituídos com ativos com pesos diferentes ou iguais.
Neste último caso, imagine um ETF que segue um índice de ações, constituído por 100 empresas em que cada uma delas tem um peso de 1%. Para replicar o índice, este fundo compra ações de cada uma das 100 empresas, aplicando o mesmo montante em cada uma. Esta é apenas uma abordagem, mas há outras.
No fim de contas, a rentabilidade do ETF acaba por ser semelhante à do índice que este segue.
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Tipos de ETF de ações
Caso pretenda investir em ETF de ações saiba que tem à sua disposição um conjunto grande de opções, que podem ser classificadas, de acordo com vários critérios:
- Geográficos: seguem os mais variados índices mundiais, como o índice japonês (NIKKEI 225), vários índices europeus e ainda o principal índice norte-americano, designado de S&P 500. Assim, dividem-se considerando a localização geográfica do índice que visam seguir.
- Setoriais: seguem um determinado índice que agrega um conjunto de ações pertencentes a um determinado setor. Como por exemplo, empresas do setor da saúde;
- Estratégia de investimento: agregam um conjunto de ações mais adequadas para um determinado tipo de estratégia de investimento. Por exemplo, caso tenha preferência por ações de dividendos, saiba que é possível investir num fundo constituído apenas por este tipo de ações.
Note, contudo, que caso pretenda uma grande diversificação, este tipo de ETF mais ligados a um determinado setor, geografia ou estratégia não são a melhor opção para si.
No entanto, existem ETF que seguem o comportamento das bolsas mundiais no seu geral, o que pode ser interessante em termos de diversificação.
Para o ajudar na procura pelos ETF mais adequados ao seu perfil, existem motores de pesquisa gratuitos disponíveis na internet.
ETF de distribuição e de acumulação
É importante perceber também que, havendo empresas que distribuem lucros, ou seja, que pagam dividendos, ao investir num ETF de ações não significa que vai receber os dividendos distribuídos. Tudo depende do tipo de ETF em que está a investir.
Existem ETF de distribuição e de acumulação. A diferença entre ambos está na forma como os dividendos são geridos. Ou seja, no caso de um ETF de distribuição, este distribui aos seus investidores dividendos pagos pelas empresas nas quais investe. Pelo contrário, o de acumulação reinveste os dividendos recebidos nos ativos do ETF, não pagando aos investidores qualquer montante.
A escolha por um destes tipos depende do seu objetivo de investimento. Opte por um ETF de acumulação, caso tenha uma perspetiva de investimento de longo prazo. Isto porque, neste caso, o valor dos dividendos são reinvestidos de forma automática, não sendo sujeitos a imposto. Portanto, o ETF de acumulação, exponencia o efeito do juro composto, dado que reinveste valores que noutra situação seriam pagos ao Estado.
No entanto, saiba que no caso de um ETF de acumulação, apenas ganha através da sua valorização, o que se designa como mais-valia. Por oposição, no caso de um ETF de distribuição, para além das potenciais mais-valias, recebe, periodicamente, os dividendos pagos pelas empresas.
Caso queira, para além de mais-valias, ter outro tipo de rendimento mais regular e previsível, o ETF de distribuição é uma opção a considerar. Para verificar se um ETF é de distribuição ou acumulação, consulte a ficha técnica do mesmo.
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Vantagens de investir num ETF de ações
Investir num ETF de ações tem um conjunto de vantagens. Assim, as mais importantes são as seguintes:
- Facilidade de investimento: o investimento em ações individuais exige um nível de conhecimento elevado e a necessidade de dedicar algum tempo importante no estudo das empresas e no acompanhamento das mesmas. Com o investimento num ETF não necessita de tanto tempo, ainda que seja recomendável que perceba exatamente em que é que está a investir;
- Diversificação: os ETF permitem ter um elevado grau de diversificação de uma forma simples. Isto porque um ETF investe num conjunto variado de títulos;
- Custos reduzidos: em comparação com um fundo de investimento, o ETF tem comissões mais reduzidas, dado que é gerido de uma forma passiva, o que não acontece no caso de um fundo de investimento que é gerido de forma ativa, exigindo um maior tempo e dedicação. Face ao investimento em ações, existe uma poupança em comissões, já que ao comprar uma unidade de um dado ETF está, de forma indireta, a investir em várias ações.
E quais são as desvantagens?
Apesar deste investimento apresentar vantagens claras, a verdade é que este também apresenta desvantagens que deve conhecer. A principal desvantagem em investir neste tipo de produtos está relacionada com o facto de serem geridos de forma 100% passiva.
Assim, caso invista num ETF diversificado, dificilmente consegue superar a performance do mercado em geral. Pelo contrário, ao investir em ações individuais selecionadas por si, ou num fundo de investimento gerido de forma ativa, pode conseguir "bater" o mercado. Claro que o inverso também é uma realidade.
Em resumo, considere o investimento em ETF de ações, na medida em que são instrumentos com rentabilidades interessantes, fáceis de investir e que não exigem grande tempo de estudo e acompanhamento, quando comparado com o investimento em ações individuais.
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