Investimentos

Como investir sem correr riscos?

Os investidores mais conservadores procuram produtos em que o risco de perder o dinheiro é muito reduzido, como certificados ou depósitos.

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Como investir sem correr riscos?

Os investidores mais conservadores procuram produtos em que o risco de perder o dinheiro é muito reduzido, como certificados ou depósitos.

Quer começar a investir, mas não quer correr riscos por ter receio de perder o dinheiro das suas poupanças? Se quer investimentos mais seguros, saiba que também existem produtos adequados ao seu perfil.

Até porque investir vai além de ações, ETF ou matérias-primas. E embora estes produtos tenham rentabilidades potencialmente superiores, têm também um maior risco associado. É assim com todos os investimentos: quanto maior o risco, maior o retorno potencial.

No entanto, existem diferentes perfis de investidor: uns mais agressivos, outros mais conservadores. Saiba quais os produtos mais adequados para quem quer investir sem correr riscos.

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Depósitos a prazo

Neste tipo de produto, entrega o dinheiro a um banco por um período de tempo acordado. A taxa de juro também é conhecida, pelo que fica desde logo a saber quanto é que o investimento vai render.

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Em alguns casos, é possível pedir a mobilização antecipada dos montantes investidos. No entanto, lembre-se de que, se tiver de o fazer, o investimento não vai render tanto como estava previsto.

É ainda importante destacar que a segurança destes produtos deve-se também ao Fundo de Garantia de Depósitos. Na prática, este mecanismo protege até 100 mil euros por depositante em caso de insolvência da instituição de crédito.

À data em que escrevemos o artigo, os dados mais recentes do Banco de Portugal mostram que a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo foi de 2,75% em abril de 2024. Ao mesmo tempo, é possível perceber que os depósitos com prazo até um ano foram aqueles que ofereceram melhores condições, com uma taxa de juro média de 2,79%.

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Certificados de Aforro

Quando subscreve certificados de aforro, está a emprestar dinheiro ao Estado português. No final do prazo (ou antes, desde que se cumpra o período mínimo de investimento) recebe o dinheiro e os respetivos juros.

Atualmente, pode investir neste produto a partir de 100 euros, estando o montante máximo de subscrição fixado nos 50 mil euros. O prazo máximo é de 15 anos, mas pode pedir o reembolso total ou parcial a partir dos três meses sem qualquer penalização.

A taxa de juro é calculada trimestralmente com base na Euribor a três meses. No entanto, na série atualmente em vigor (série F) não pode ser inferior a 0% nem superior a 2,5%. A partir do segundo ano, acresce um prémio de permanência, que evolui ao longo do tempo até chegar a 1,75% nos últimos dois anos. Feitas as contas, a taxa de juro máxima é de 4,25% (2,5% base + 1,75% de prémio).

Além de serem um produto de capital garantido (e, portanto, bastante seguro), os certificados de aforro beneficiam da capitalização de juros. Ou seja, o valor calculado é somado automaticamente à poupança, o que faz com que esta renda mais a cada trimestre.

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Certificados do Tesouro

Tal como os certificados de aforro, os certificados do Tesouro são instrumentos de dívida pública. Ou seja, quando os subscreve, empresta dinheiro ao Estado. Ainda assim, existem diferenças entre os dois produtos.

Começamos pelo prazo máximo de subscrição: se nos certificados de aforro é de 15 anos, nestes certificados é de sete anos. Além disso, os juros são calculados anualmente e as taxas aplicadas são conhecidas previamente: começam nos 0,7% nos primeiros dois anos e terminam em 1,6%.

Tal como nos outros certificados, também existe prémio de remuneração. Neste caso, é calculado com base crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Outro fator a ter em consideração é que não há capitalização de juros, ou seja, os juros calculados anualmente têm como base apenas o valor incialmente investido (mínimo de 1.000 euros e máximo de um milhão de euros).

Por fim, saiba que pode pedir o reembolso antecipado ao fim de um ano.

Leia ainda: Certificados de Aforro e do Tesouro: Quais as diferenças?

Planos Poupança Reforma (PPR)

Os Planos Poupança Reforma (PPR) são dos produtos de investimento mais populares entre os portugueses. Ainda assim, dependendo do tipo de PPR, podem já apresentar algum nível de risco.

Se quiser manter a segurança, os PPR constituídos sob a forma de seguro garantem, regra geral, o capital investido, bem como um rendimento mínimo. Por norma, pode subscrever este tipo de produto junto de seguradoras.

Outra forma de subscrever um PPR é sob a forma de fundo. Ao contrário dos seguros, este investimento já pode ser mais arriscado, uma vez que o fundo pode investir o dinheiro em ações ou matérias-primas. Ainda assim, saiba que a entidade gestora disponibiliza toda esta informação aos clientes que queiram investir no Plano Poupança Reforma.

Dependendo dos ativos e dos mercados em que o dinheiro é investido, os fundos PPR são classificados numa escala de risco entre um (mais seguro) e sete (mais arriscado).

Assim, se quer investir sem riscos, pode optar por um seguro PPR um por um fundo com um nível de risco mais baixo.

Saiba ainda que os PPR apresentam vários benefícios fiscais. Por um lado, pode deduzir à coleta de IRS 20% dos montantes investidos anualmente, até aos limites previstos na lei. Por outro, as mais-valias são tributadas a taxas mais baixas do que os habituais 28%. No melhor cenário (reembolso dentro das condições previstas na lei) a tributação é de 8% e no pior é de 21,5%.

Leia ainda: Que tipos de PPR existem e como posso distingui-los?

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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