Investimentos

Porque devo investir?

Se ainda não investe, ou se está com dúvidas sobre continuar a investir, saiba qual o impacto entre avançar ou manter o dinheiro parado.

Se ainda não investe, ou se está com dúvidas sobre continuar a investir, saiba qual o impacto entre avançar ou manter o dinheiro parado.

A forma como cada indivíduo interage com o seu dinheiro é um tema cada vez mais importante, e com um elevado impacto na evolução da sua vida pessoal e financeira.

Investir nos mercados financeiros tem mostrado ao longo do tempo trazer benefícios impactantes e significativos, quando feito de forma responsável, informada, consistente e disciplinada. Tornar o investimento parte do planeamento financeiro poderá vir a aportar consideráveis benefícios ao longo do tempo e ajudar a alcançar objetivos financeiros e pessoais.

O que é investir?

Em termos financeiros, investir passa pela alocação de dinheiro a ativos financeiros, na expectativa de obter um retorno positivo num determinado horizonte temporal.

Por exemplo, ao investir no mercado acionista o investidor compra uma fatia de uma ou mais empresas, esperando atingir retornos positivos ao longo do tempo, por via do crescimento da empresa da qual é acionista. Ao investir no mercado obrigacionista, o investidor empresta dinheiro disponível a uma ou mais entidades, acumulando um juro pré-determinado ao longo do horizonte temporal de empréstimo.

Leia ainda: Como investir em ações: As estratégias e os erros a evitar

Inflação: O maior inimigo (invisível) do seu dinheiro

A taxa de inflação caracteriza-se como a taxa de crescimento dos preços na economia, tratando-se da evolução de preço de um cabaz-tipo de bens e serviços para as famílias. Quando a taxa de inflação é superior a zero, existe a necessidade para uma família de despender mais dinheiro para comprar exatamente os mesmos bens e serviços.

A inflação pode ser interpretada como a perda do poder de compra de uma determinada moeda ao longo do tempo. De facto, a inflação pode ser vista como um inimigo invisível que reduz a riqueza do consumidor, sem que o mesmo tome consciência da verdadeira magnitude desta contínua destruição de valor.

Por exemplo, um cabaz-tipo de bens e serviços que custava 100 euros há 20 anos, custa agora mais de 170 euros. Por outro lado, 10.000 euros poupados no ano de 2000 equivalem agora a menos de 6.000 euros.

Assim, de forma “invisível”, a evolução da inflação reduz continuamente o poder de compra do dinheiro, assim como o valor real das poupanças.

Investir nos mercados financeiros tem evidenciado ser uma das principais vias que permite preservar e/ou incrementar o poder de compra. Desde 2000, por exemplo, os retornos médios obtidos tanto no mercado acionista como obrigacionista são superiores aos valores da inflação (considerando índices diversificados de referência destas duas classes de ativos).

O poder do tempo no investimento

Quando consideramos investimentos nos mercados acionista e obrigacionista, a simples passagem do tempo tende a ajudar o investidor a alcançar melhores resultados.

De facto, a título de exemplo, o índice das maiores 500 empresas norte-americanas (S&P 500) apresenta valorizações médias anualizadas entre os 8% a 10% ao longo dos últimos 30 anos.

Gráfico de evolução do S&P500 desde 1990 até 2025

Ao longo das últimas décadas, um investidor que tivesse mantido o seu investimento no S&P 500 durante pelo menos 5 anos, obteve um retorno positivo em cerca de 85% dos casos. Este número incrementa-se para mais de 90% quando o investimento foi mantido por 10 anos, por exemplo. Ainda, um investidor que no passado tivesse mantido o seu investimento no S&P 500 durante 20 anos consecutivos, teria atingido no melhor cenário um retorno anualizado superior a 17%, e no pior cenário um retorno anualizado superior a 2%.

Investidores que mantêm o investimento no S&P 500 durante períodos mais extensos, têm registado retornos médios anualizados claramente positivos na vasta maioria dos casos. A consistência dos retornos anualizados positivos tende a incrementar-se quanto maior o horizonte temporal do investimento.

Evidentemente, é inevitável acontecerem crises sócio-económicas, assim como turbulências geopolíticas que afetam o negócio das empresas, e, por isso, existirão sempre períodos negativos e desfavoráveis na evolução dos mercados financeiros. Contudo, se o investidor permanecer focado no seu investimento a longo prazo, de forma conhecedora e disciplinada, evitará uma postura emocional, e alcançará melhores retornos ao longo do tempo.

Considerando o efeito nefasto da inflação no real valor do dinheiro, assim como os benefícios do poder do tempo no investimento, pode-se afirmar que o risco do dinheiro estar parado ao longo do tempo é significativo. De facto, deixar o dinheiro parado poderá mesmo ser mais arriscado do que estar continuamente investido!

Gráfico que mostra o aumento do risco associado ao facto de ter o dinheiro parado.

Começar a investir: Quanto mais cedo melhor!

Incluir a jornada de investimento no planeamento financeiro, de forma informada, consistente e disciplinada deverá ser sempre uma decisão favorável para o futuro.

Contudo, quanto mais cedo na fase da vida este planeamento acontece, mais fácil será atingir um ritmo de crescimento mais acelerado do dinheiro investido numa ótica de longo prazo. O gráfico em baixo compara três cenários, nos quais a única variável é o momento de iniciar o investimento. No primeiro caso, os investimentos periódicos de 200 euros por mês são iniciados aos 25 anos de idade (linha azul), aos 35 anos (amarela) e aos 45 (verde). A ilustração assume um retorno médio anualizado de 7% do ativo subjacente.

De facto, alocar dinheiro de forma periódica e sistemática a ativos financeiros (índice de mercado acionista global, por exemplo) desde cedo, mesmo que por via de contribuições reduzidas, poderá apresentar um expressivo e positivo impacto financeiro a longo prazo, beneficiando do efeito de juro composto.

Definir objetivos e investir em literacia financeira

Ao definir um plano de investimento com base nos seus objetivos específicos, sejam eles financeiros ou de outro cariz, o investidor prioriza o que é considerado mais relevante para o seu futuro, podendo traçar metas específicas e diversas a alcançar ao longo do tempo por via dos seus investimentos.

Por fim, destacam-se igualmente diversos benefícios qualitativos desta jornada:

  • Incremento gradual de disciplina e foco no processo;
  • Resiliência e paciência na espera pelos resultados desejados e, em particular, ao longo de períodos adversos;
  • Melhor capacidade de gestão de risco e gestão emocional, nomeadamente em momentos de retornos negativos;
  • Incremento natural de conhecimento e de literacia financeira são alguns exemplos.

De facto, o incremento contínuo da literacia financeira origina diversos benefícios para cada pessoa. Alguns exemplos passam por uma gestão mais informada do seu dinheiro e um planeamento financeiro mais consciente, uma melhor definição de objetivos financeiros futuros, uma boa compreensão sobre perfis de risco enquanto investidor, um conhecimento mais vasto sobre os mercados financeiros, assim como o aprofundamento de conhecimento sobre temas chave que poderão ser considerados ao longo da jornada de investimento, entre outros.

Leia ainda: 7 passos para começar a investir

Antes de começar a investir…

É importante frisar que retornos passados em momento algum representam qualquer garantia de desempenho futuro. É sempre muito importante cada investidor ser conhecedor dos riscos intrínsecos a cada investimento, avaliando se cada tipo de investimento está devidamente alinhado e concordante com o seu nível de conhecimento, perfil de risco, objetivos e preferências.

Assim, fatores como uma adequada compreensão e definição do perfil de risco como investidor, adequado conhecimento sobre cada produto financeiro que poderá ser considerado, alinhamento de objetivos de investimento assim como compreensão de preferências individuais são alguns exemplos de fatores chave a desenvolver antes de iniciar uma jornada de investimento informada.

Toda a informação partilhada ao longo deste artigo apresenta um caráter puramente informativo, e em momento algum deve ser considerada como qualquer recomendação de investimento.

O Banco de Investimento Global (BiG) é uma instituição financeira com 25 anos de experiência. Presente em Portugal e Espanha, alia inovação digital a um serviço ao cliente de excelência, oferecendo soluções de poupança, investimento, acesso a mercados globais e produtos financeiros para particulares e empresas.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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