Como já referimos várias vezes, a poupança é algo que deve estar presente ao longo da sua vida e, quanto mais cedo começar a poupar, melhor. Conheça algumas formas de poupar de acordo com a fase da vida em que se encontra.
Quando falamos em poupança, a primeira coisa que pensa é num porquinho mealheiro onde colocar uma moedinha ou outra, verdade? De facto, desde que esteja a poupar, qualquer método é valido. No entanto, existem métodos que geram mais poupança do que outros. E, neste caso, falamos em formas mais eficazes de poupar do que o tal porquinho que acaba sempre por ser partido antes do tempo.
Este pode ser um método eficaz para ensinar os seus filhos a poupar, porém, com o passar dos anos, convém ajustar outros métodos de poupança aos seus rendimentos e aos seus gastos, de maneira a gerar ainda mais poupança. Fique a conhecer no artigo de hoje alguns desses métodos.
No entanto, antes de revelarmos mais detalhes, gostaríamos de relembrá-lo que embora seja fundamental ter uma carteira saudável nos tempos que correm, nunca se poupe de viver a vida.
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Dos 18 aos 30 anos
Entre os 18 e os 30 anos é o período em que, por norma, conclui os estudos, que entra para o mercado de trabalho e que consegue ganhar a independência financeira dos pais.
Este é um período de maior instabilidade financeira e até mesmo emocional, pois a entrada para o mercado trabalho nem sempre é fácil. Isto porque é nesta fase que ainda está a explorar a área em que quer trabalhar, mas, é também nesta fase que os gastos e rendimentos são mais baixos, logo, se ganha menos a poupança também será menor.
No entanto, por mais pequena que seja a poupança, convém que ela exista de forma mensal e regular. Será com esta poupança que concretizará alguns dos seus sonhos na etapa de vida que se segue (entre os 30 e os 45), tais como: comprar uma casa, comprar um carro ou para ter o primeiro filho.
Como as poupanças nesta fase são baixas, aconselhamos investimentos de baixo risco, tais como os seguros de capitalização.
O que é um seguro de capitalização?
O seguro de capitalização é um produto financeiro realizado pelas companhias de seguros, que disponibiliza diversos produtos que facilitam a poupança com benefícios fiscais associado. Sendo este um produto de capital e com taxa de juro garantida, o principal risco que corre ao investir neste tipo de produto é o risco de falência da instituição seguradora.
Desde que a seguradora se mantenha a operar o seu dinheiro será devolvido nas condições acordadas inicialmente. Os seguros de capitalização podem durar até 8 anos e 1 dia, podendo fazer o resgate após o segundo ano sem perder dinheiro.
Atualmente é possível obter níveis de retorno superiores a 1%, quando a generalidade dos depósitos a prazo confere taxas muito perto de zero. Se ficar com interesse em fazer um seguro de capitalização, o Doutor Finanças pode ajudá-lo a conseguir o seguro de capitalização que mais se adapta a si e conseguir ainda as melhores condições de regaste (caso seja necessário).
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Dos 30 aos 45 anos
À partida, nesta fase da vida, encontra-se em crescimento na carreira e por consequência com rendimentos mais elevados. Embora existam mais custos nesta fase da vida, a probabilidade de conseguir uma maior poupança também é superior. Nesta etapa pode correr mais riscos do que quando era mais jovem.
Para quem procura arriscar mais do que na fase anterior, mas mesmo assim manter um certo nível de segurança, pode optar pelos Fundos de Investimento de Tesouraria ou pelos fundos de investimento de obrigações, com a taxa variável. Mais tarde, pode aplicar uma parte destes investimentos para uma nova casa ou para a educação dos seus filhos.
No entanto se tiver possibilidade de aumentar a sua exposição, pode pensar em investir em fundos de ações, onde o risco pode ser maior, mas o retorno também. Aconselhamo-lo a ler o nosso artigo "Sabe o que é um fundo de investimento?" para que conheça as vantagens e os riscos associados aos fundos de investimento.
Para poder cumprir os seus compromissos financeiros ao longo do tempo e manter o estilo de vida, é importante estabelecer uma poupança desde cedo.
Ao chegar aos 40 anos, está sensivelmente a meio da sua carreira contributiva, porém, para assegurar um estilo de vida confortável na reforma, é aconselhável fazer um Plano Poupança Reforma (PPR). Convém ter em mente que o PPR apenas poderá ser reembolsado em situações de reforma, incapacidade de trabalhar, entre outras. Antes desse prazo, se liquidar antecipadamente o capital investido sofrerá penalizações que lhe poderão fazer perder algum do dinheiro investido.
Tal como na fase de vida anterior (18-30 anos), também poderá apostar no seguro de capitalização, visto esta ser uma solução procurada pelas famílias como alternativa aos produtos bancários para poupanças a curto e médio prazo e sem risco.
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Dos 45 aos 55 anos
Sabia que é nesta fase da vida que pode gerar mais poupança? É verdade! As suas necessidades de consumo são mais baixas, os seus rendimentos são mais elevados e as responsabilidades financeiras com os filhos são menores, pois, à partida, no final desta fase, estes já devem estar no mercado de trabalho.
Neste ciclo, talvez seja boa ideia pensar em fazer uma amortização antecipada dos seus créditos, seja para mudar de casa, comprar uma segunda casa ou simplesmente ver a sua dívida liquidada. Contudo, tenha atenção antes de amortizar as suas dívidas, pois esta opção não é isenta de custos: haverá uma comissão cobrada pelo banco.
Para conseguir calcular qual será a sua nova prestação após amortização pode utilizar o nosso simulador de prestação de créditos após amortização antecipada, descobrindo de imediato qual o impacto que esta amortização terá no seu orçamento e quanto poupará na diminuição dos juros. Como alternativa ao nosso simulador, aconselhamo-lo a entrar em contacto com o seu banco para conseguir avaliar as vantagens e/ou desvantagens da amortização antecipada.
Neste período, e visto que à partida a sua vida profissional e as suas finanças pessoais estarão estabilizadas, aconselhamos, caso tenha capital disponível, a fazer um reforço do PPR. Esta também pode ser uma boa altura para investir em ativos com maior risco, mas também com maior rentabilidade. Paralelamente, pode ainda continuar a apostar num seguro de capitalização, visto que o seu risco é praticamente inexistente.
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Dos 55 aos 67 anos
Neste momento, aproximar-se-á da reta final da sua carreira. Logo, comece a programar o valor da sua reforma para que consiga perceber como será a sua vida quando atingir a idade da reforma. Par tal, comece por analisar se pretende receber o seu PPR de uma só vez ou se pretende recebê-lo através de uma renda mensal. Ao valor do PPR adicione o valor das suas poupanças e ainda o valor a que tem direito por parte da segurança social.
Por esta altura também deve rever as suas apólices do seguro de saúde e verificar quais as coberturas das quais já não precisa, pois é muito comum algumas delas ficarem esquecidas e gerarem mais gastos do que é suposto.
Não se esqueça ainda de ajustar a formatação dos seus investimentos de maneira a reduzir o risco dos mesmos.
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A partir dos 67 anos
Depois de adotar um programa de poupança ao longo da sua vida, após os 67 anos, aproveite para viver a sua reforma com a maior qualidade possível. No entanto, embora esta seja a fase do merecido descanso e de aproveitar para fazer coisas que antes não tinha tempo, não deixe de fazê-lo de uma forma ponderada.
É importante que nunca perca as rédeas da sua vida financeira, seja em que idade for.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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